sábado, 6 de dezembro de 2008

APELANDO PARA UMA IMAGEM DO KRZYZSTOF KIESLOWSKI!


Mas tudo o que eu queria era um pouco de atenção...
Agora mesmo é isso o que quero!
Receio que não estejas a dar importância ao que falo,
Como soubeste fazer em vezes passadas,
O que me entristece e faz doer,
Sentindo uma impotência que nem mesmo tu acreditas!

Vi em teus olhos reações diferentes ao longo dos meses
Inspirei diferentes estados de espírito provindos de ti
Cerceei-te de formas que pareceram perversas,
Esperei-te por todo esse tempo
Não tenho vergonha em confessar que ainda espero.
Tu te manifestas concretamente para mim
E, se erro, é porque penso muito em ti

Me desculpa por não desistir e te procurar...
Infelizmente, pensamos de formas diferentes
Rastejaria por ti, se me pedisses
Agora mesmo, se for o caso!
Nada me fará desistir, caro amado!
Dói-me agora e sei que doerá mais e mais...
Acima de tudo isso, porém, eu amo você!

Se isso te ofende, desculpa.
Amor é assim mesmo, assustador!
Não me arrependo de nada do que fiz por ti, até então...
Te respeito muito, pense o que pensares.
Oro para que não me odeies tanto,
Sabendo eu que não te esquecerei jamais!

Wesley PC>

"E, hoje em dia, como é que se diz: 'Eu te amo'?"


Wesley PC>, citando...

A BRUXA NOEL ANDA SOLTA EM GOMORRA!


A família de Ferreirinha brigou porque não aceita a opção sexual dele, Rafael Maurício discutiu com a dona da sua casa alugada, Rafael Torres não conseguia ler as legendas de um filme e teve que se deitar um pouquinho, Eliane Charnoski teve algum arranca-rabo negativo com o namorado e precisou chegar mais cedo em casa e se empanturrar de chocolate, Rafael Coelho terminou o namoro e eu ando enfrentando esse estresse doloroso por parte de meu amado Marcão... A Bruxa Noel anda solta em Gomorra – e resolveu aprontar deveras neste sábado!

Depois de um sábado de trabalho estafante, passei na casa mais amada do Rosa Elze e deparei-me com pessoas que costumam estar sempre bem-humoradas meio jururus... Que maldição teriam jogado sobre nós? Arruda com alho! Largaram a pôrra da Bruxa Noel sobre nós! Sempre detestei o Natal e, pelo visto, não vai ser de todo diferente este ano...

A Gomorra, porém, não se entrega fácil. Cheguei lá por volta das 19h, conforme prometido, entreguei o pedaço de bolo de aniversário que sobrou do DAA mais um panetone que trazia na bolsa e comemos com café. De repente, falta energia elétrica (o grande “trauma” de Leno!). Pegamos um chocalho, um tambor, o chapéu “Jamiroquaaaaai” de Jeane, duas câmeras fotográficas e fizemos a maior farra! Os gurizinhos da rua todos surgiram na escuridão, para verificar a algazarra que fazíamos! Manda esta pôrra maligna de Bruxa Noel para a casa do caralho (risos)...

PS: adivinha quem eu quero agradar xingando tanto desse jeito?

Wesley PC>

Deve ser porque estou escutando o V


Por que uma pessoa sente-se mal ao pensar em ter feito o que não queria fazer, ou melhor, que uma outra pessoa aproveitou-se dela quando dormia pra fazer o que normalmente não faria com ela acordada, já que essa não deixaria em HIPÓTESE ALGUMA acontecer?

Como pode uma pessoa aproveitasse do sono de outra pra tirar vantagem??

Como pode uma pessoa responder: não toque em minha barriga, pois tenho cócegas e quero dormi... E ser mal interpretada, ao ponto de ser entendida como: só não toque em minha barriga, no resto pode!!??

Agora me diz em que momento eu lhe deixei que me abraçasse a baixo da cintura??


“Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.”

Sereníssima, Legião Urbana (essa citação é pra aqueles que gostam de citação. Os que não gostam, como já disse antes, problemas deles!!!).


As pessoas confundem os meus limites com homofobia. E ninguém venha me dizer que os amigos se abraçam. Eu sei, os amigos se abraçam sim! Mas não ficam se agarrando não, querendo quase que comer a outra pessoa viva, sugar a boa vontade da mesma... vocês pensam que sou cego??? Não vejo Wesley abraçar a ninguém como ele quer me abraçar... E que fique bem claro pra qualquer FILHA DA PUTA, eu não sinto e também nunca senti atração por nenhum homem, muito menos por wesley. “Contra minha própria vontade sou teimoso, sincero e insisto em ter vontade própria” (L´âge d’or, Legião Urbana). E eu estou com raiva mesmo! Mas “tudo passa tudo passará” (metal contra as nuvens, Legião Urbana), só não sei quando, mas agora, enquanto não passa, eu ainda estou furioso e não quero ver wesley nem se ele viesse com o Renato Russo, tocando vento no litoral (canção que estou ouvindo agora, e que mais gosto) eu não queria falar com ele... No mais, deixa outras coisas que tenho pra falar sobre a gomorra, diretória e minha vida sexual pro Ataque Soviético.

Pense num lugar que não haja ladrões
Um lugar que não haja polícia
Pense num lugar que não haja pobres peões
Um lugar que não haja milícia.

Até mais a tod@s!!!

Marcos Vicente.

EM BREVE, EU EXPLICO DO QUE SE TRATA...


Enquanto a oportunidade não chega, fico cá imaginando porque Marcos é tachado de “masturbador contumaz”, porque Rafael Maurício mantém o dvd da “Deusa 300” tão à mostra, porque Cleidson não está mais aparecendo em Gomorra, porque só eu que não vi Rafael Coelho desfilar nu com suas micoses por aí, porque Rafael Torres disfarça tão bem, porque Juliana me cativa tanto, porque Luiz Ferreira se sente perseguido, porque Gomorra me sensualiza tanto que o próprio ato de solidão erótica se torna secundário...

Depois eu explico.
Por ora, eu sinto saudades...
... e amo!

Como diz Glauco/Madruga: "o movimento é frenético"!

Wesley PC>

IMPLORANDO AJUDA... (OU CLAMOR DE UM SENSACIONALISTA)


Alguns segmentos anti-semitas da História costumam alegar que o Holocausto Judeu foi invenção de um segmento racial para chantagear emocionalmente seus opositores. Eu acredito que esta atrocidade realmente tenha acontecido, mas concordo que há uma re-exposição contínua destes cruéis eventos com a finalidade de enternecer os observadores e fazer com que estes relevem erros atuais de pessoas que sofreram no passado. No programa do neo-fascista apresentador Bareta, por exemplo, é diuturnamente alegado que “estuprador não merece perdão. Tema mais é que apanhar mesmo! E ‘ai’ de quem me vier com essa estória de que eles foram abusados na infância... Ta com peninha? Leve para casa!”.

Fico cá eu prensando: serei eu um estuprador? Em potência, ao menos? Tanto que eu me controlo, tanto que eu rezo... Sou fraco, acho. Ah, gente, tem pena de mim, vai... Fui abusado na infância. Alguém aí quer me levar para casa? Gomorra me aceita do jeito que sou. Dá-lhe, curso de História da UFS!

Wesley PC>

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

E, COMO SEMPRE, O SEMIDEUS


Como agora também é um fotógrafo, o precioso ser que é batizado na Terra por Rafael Maurício aparentemente não se incomoda tanto com a minha necessidade de fotografá-lo de 10 em 10 segundos. A minha obsessão por ele é pior que vício em ‘crack’ (risos). Meu computador já está entupido com suas imagens, mas quem disse que eu me satisfaço?

Como agora todos concordam que ele é “perfeito” (risos), vai aqui uma imagem curativa, dele reagindo ao violento ‘flash’ de uma máquina fotográfica, ás 4h da manhã, durante uma das mágicas madrugadas sem dormir na Gomorra...

Lindo, lindo!

Wesley PC>

CONVITE DE SÁBADO, PARA QUEM NÃO TEM LUAU...


Trabalharei o sábado e o domingo inteiros... Além de já estar naturalmente triste por causa das circunstâncias triviais de minha vida de rejeições, estarei cansado, violentamente cansado. Sendo assim, precisarei de um programa que não somente descanse meu corpo como também incremente a minha alma. Uma sessão do filme “O Outro Lado de Hollywood” (1995, de Rob Epstein & Jeffrey Freidman) virá a calhar...

Para quem não sabe do que se trata o filme, é um documentário de longa-metragem que analisa o uso, o desuso, a manutenção e a proibição da homossexualidade nos filmes famosos norte-americanos, contendo um rico inventário de cenas censuradas e/ou polêmicas de apelo homoerótico. É um documento obrigatório para quem se interessa pelo tema e estará sendo exibido, pontualmente, às 19h deste sábado, no templo de Gomorra. Quem não tiver luau para ir, sinta-se o nosso mais importante convidado.


Wesley PC>

“Se eu morrer, desculpa por tudo o que te fiz. Se eu viver, desculpa por tudo o que eu vou te fazer”...

Wesley PC>

POR CAUSA DE “A TEMPESTADE OU O LIVRO DOS DIAS” (1996)


Como é que alguém pode ouvir este álbum e ficar com raiva “por causa do que poderia ter acontecido”, mas não aconteceu?

Como é que alguém pode ouvir este álbum e odiar alguém por amá-lo?

Como é que alguém pode ouvir este álbum e ser tão superficial na aplicação prática de sua sensibilidade pessoal?

Como é que alguém pode ouvir este álbum e, por achar que o compreende, usá-lo para atacar outra pessoa, apenas porque esta não se comporta como ele queria?


“É complicado estar só
Quem está sozinho que o diga
Quando a tristeza é sempre o ponto de partida
Quando tudo é solidão...”


Não consigo me arrepender quando tenho certeza que não fiz nada errado!
Mas, mesmo assim, se for necessário, eu peço desculpas, ok?

Wesley PC>

NOÇÕES BÁSICAS DE ÉTICA EM GOMORRA


Acima de qualquer coisa, Gomorra é uma aula de vida em sociedade.
Em Gomorra, pessoas diferentes interagem.
Em Gomorra, pessoas aprendem a lidar com as diferenças alheias.
Em Gomorra, eu me sinto um ser humano.

Em Gomorra, eu me chateio com a barulheira enquanto vejo um filme.
Em Gomorra, eu mesmo sou convidado a fazer parte da barulheira.
Em Gomorra, eu me decepciono um pouco, mas, se me decepciono em Gomorra, é porque fiz aquilo que o herói constitucional norte-americano Abraham Lincoln sempre prega contra: “quando se procura o mal na raça humana, acaba-se por encontrá-lo”. Se eu me decepcionei, talvez seja porque eu tenha procurado isso! Gomorra não é lugar para expectativas. É lugar para surpresas!

Digamos que, para mim, o momento registrado na foto seja a maior surpresa de Gomorra. Não descreverei minuciosamente o ato, pois ainda preciso conversar com algumas pessoas sobre ele, mas foi surpreendente para mim, surpreendente e ótimo, surpreendente e factualmente diferente (no plano emotivo) do que foi para as pessoas em volta... Tentava insistentemente acordar o moço deitado no chão, ciente de que não conseguiria velar por seu sono da forma adequada. Queria que ele se deitasse num quarto mais reservado, a fim de que eu não pudesse praticar atitudes que me fariam sentir-se arrependido demais – ou, pior: que eu NÃO praticasse atitudes que me fizessem sentir-se arrependido depois. Chances grandiosas não aparecem sempre diante de nós! Quando acordou, porém, tudo o que Marcos Vicente reclamou foi que “não se consegue dormir em Gomorra”. Pior: “a mesma pessoa que reclamou que eu estava deitado no chão [Rafael Coelho], cinco minutos depois estava deitado no mesmo lugar!”. Seria Marcos demasiadamente inocente? Seria eu demasiadamente corrupto? Pelo menos, não me arrependi – ah, disso eu posso ter plena certeza!

Está chegando o Natal. Gomorra está enfeitada com decorações tipicamente vendidas em dezembro. “Às vezes, o pessoal de Gomorra faz justamente aquilo que nós esperávamos que pessoas que não são de lá fizessem”, reclama Marcos comigo pela manhã. Fiquei chateado porque fizeram muito barulho enquanto tentávamos assistir a “O Show Deve Continuar” (1979, de Bob Fosse), mas, não tem jeito: Amo Gomorra! É lá que aprendo a ser gente! É lá que ponho em prática meus instintos mais básicos! É lá que está quem amo!

Wesley PC>

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Bossa Nova




Bossa Nova

Não! A dor não é aqui
Falo da dor crua
Que poderia arregalar teus olhos
E esticar teus ossos
Se as paredes não abafassem seu grito
E o mau-cheiro

E agora estamos em nossas belas mesas
Consumindo dor perfumada
Como uma antiga bossa nova

Quem de nós será o próximo jantar?


Leno de Andrade - 27 de dezembro de 2007

na foto - Boi chorando no abate

Leno

Para Zita

Essa é a letra de uma música que fiz há uns dois anos, acho.


Para Zita

Em meu castelo eu era rei
Sugava vida de uma flor
Mas não lembrei
As flores são mortais
E ela era sim
E enfim se deitou
E hoje eu canto
Pra quem não ouve mais:

- Dai-me sangue
Me faz viver
De ti, por ti,
Baby.

Seu corpo precisa de cor
Pra pintar o meu
As flores vão como isopor
Que o vento varreu
Sem você minha capa não tem mais valor
Sem você eu saio sem o sol se pôr.

Dai-me sangue
Me fa viver
De ti, por ti,
Baby.


Leno de Andrade

Gomoooooooooooooooooooooorra!

Amor e vida...


Não tenho muito o que comentar do filme que Wesley citou, que fomos assistir no cinema ontem, que se chama:"Vicky Cristina Barcelona"...
Somente que é perfeito,e que a maneira de compreensão sobre o amor que o filme aborda é magnífica.
E por fim me identifico com a personagem Cristina(Scarlet Johasson), que sempre busca novas aventuras, e que gosta de experimentar o que o amor tem de melhor numa grande intensidade, esquecendo até mesmo muitas vezes de sua responsabilidade...
Recomendo a todos que assistam pois é ótimo...

EXTRA! EXTRA! 54 MENINAS PULAM NA FRENTE DE UM METRÔ EM TÓQUIO!


E, para dar uma pausa aqui no ‘blog’, uma advertência: hoje, quinta-feira de CineGomorra, levarei o filme “O Pacto” (2002) em minha bolsa. Para quem ainda não sabe do que se trata, “O Pacto” é a horrível tradução brasileira para “Jisatsu Saakuru”, que quer dizer mais ou menos “clube do suicídio”.

É um filme ‘pop’, bobinho até, mas creio que retrata brilhantemente as agruras desta contemporaneidade exibicionista que nos cerca. O que tem de morte chocante no filme não está no ‘mangá’! (risos) Cinema de terror japonês é de primeira qualidade – e a trilha sonora, muito importante no desenvolvimento da trama, é uma gracinha!

Não percam!
Wesley PC>

QUEM DIRIA QUE IA FUNCIONAR TÃO BEM?


Não lembro quem foi que deu a idéia. Se foi João Paulo quem cantarolou antes, se foi outra pessoa quem entrou rápido no jogo, se fui eu quem logo fez questão de citar o desenho animado do videoclipe, mas o fato foi que Bruno/Danilo possuía a música gravada e “Basket Case”, clássico adolescente da banda Green Day, rendeu uma das mais divertidas proto-orgias de Gomorra!

Hoje eu levo um ‘pen-drive’ com as fotografias para que Marcão ou Leno ponha no Orkut. Como dizem os afetados amigos de Paulo Bruno, “foi mara!” (risos)

“Do you have the time to listen to me whine
About nothing and everything all at once?
I am on oh those
Melodramatic fools
Neurotic to the bone no doubt about it

Sometimes i give myself the creeps
Sometimes my mind plays tricks on me
It all keeps adding up
I think I'm cracking up
Am I just paranoid?
I'm just stoned”


Wesley PC>

POR QUE TANTA INSISTÊNCIA?


Porque tudo para mim se reduz à percepção da falta, tal qual o monstro da foto, que persegue seu criador, apenas para exigir: “eu quero uma companheira!”.

Quantas e quantas vezes eu não fiz isso também? Quantas e quantas preces similares fiz a Deus, oh Deus, oh um amado e silencioso Deus!

Quantas e quantas vezes não temi apelar para os trabalhos de macumba mal-intencionados, cortar cabelo de meninos e jogar sabugo de milho na encruzilhada para estragar o relacionamento dos outros. Quantas e quantas vezes, oh, Pomba-Gira!

A sorte é que descobri o Cinema e, dentre os milhares de filmes a que assisti, lá estava “A Noiva de Frankenstein” (1935), pérola maior do homossexual sarcástico James Whale, repleto de indiretas contra o preconceito, obra-prima insuperável que, numa noite destas, estará abrilhantando Gomorra, abrindo espaço para que eu suplique novamente aos meus (re)criadores: “I need a lover!”

Wesley PC>

MINHA MÃE, DE VEZ EM QUANDO, PRECISA DAR BANHO NO CACHORRO...


Aí, eu fico pensando: “caramba, eu tenho uma família!”.
E gosto dela, com tudo o que a mesma representa enquanto Aparelho Ideológico de Estado:

“O que ‘os homens’ ‘representam para si’ na ideologia não são suas situações reais de existência, seu mundo real; acima de tudo, é sua relação com essas condições de existência que se representa para eles na ideologia. É essa relação que está no centro de toda representação ideológica, portanto imaginária, do mundo real. É nessa relação que se acha a ‘causa’ que tem de explicar a deformação imaginária da representação ideológica do mundo real. Ou então, deixando de lado a linguagem da causalidade, é necessário formular a tese de que a natureza imaginária dessa relação é que subjaz a toda a deformação imaginária que se pode observar (quando não se vive em sua verdade) em qualquer ideologia”.

ALTHUSSER, Louis. “Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado” IN: Um Mapa da Ideologia. Slavoj Zizek (org) – Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. (p.127)

Deu para entender o que sinto diante desta foto?

Wesley PC>

ACRÓSTICO Nº 2


Recursos para esquecê-lo?
Ah, me faltam!
Fico triste quando ele se ausenta?
Ah, pode ter certeza!
Ele é importante em minha vida?
Literalmente, sim!

Mais uma vez estou aqui,
A falar daquele que me obseda
Uma vez mais louvo teu nome
Recorrendo ao poder da poesia sem rima
Ígneo é um belo adjetivo,
Com pouca utilização na Gomorra, entretanto.
Iniciada está a fogueira em meu coração,
Onde nem mais enfarto faz parar de bater...

Sinto muito por repetir este truque.
Infelizmente, sou um moço fraco.
Luto para não te chatear com meus clichês,
Vivo em função deles, porém.
Amo você, anti-desgraçado!

Wesley PC>

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

MAIS UMA BENDITA DECLARAÇÃO DE AMOR!


“Somente o amor não realizado pode ser romântico”

Assim diz Maria Elena, a personagem de Penélope Cruz em “Vicky Cristina Barcelona” (2008), mais novo filme do Woody Allen, que tive a honra de assistir ontem à noite, ao lado de Joel Costa Jr. e de meu amigo Ferreirinha. Tinha convidado o “semideus”, mas este não pôde ir por causa de uma prova de História Moderna. Ele não sabe o que perdeu... Ou melhor, até sabe, por isso talvez tenha melhor ter ficado em casa (risos). Imagina se ele tivesse visto este filme a meu lado: eu teria um ataque histérico na certa!

Admito: entrei no cinema esperando um filme menor. Woody Allen trabalhando longe da cidade de Nova York, num filme romântico em que não atua? Ih, não sei não... Estava desconfiado. Após 2 minutos de narração, porém, fui fisgado: ninguém põe os atores para gaguejar tão magnificamente quanto este brilhante diretor judeu nova-iorquino. Amei o filme, amei mesmo. Amei porque amo, aliás. Tremi durante os 96 minutos de projeção. Tremi mesmo, gemi, sorri alto! Acho que só não chorei porque tinha muita gente de meu lado e não queria me exibir depois (tipo: “olha como eu sou sensível! Choro nos filmes que me fazem lembrar de Rafael Maurício” – vulgo: todos)...

Não quero entregar muito o roteiro, pois verei o filme novamente e queria muito que todo o pessoal de Gomorra fosse assistir. Quem já conversou mais de 5 minutos comigo, principalmente! Caralho, velho, o filme me destroçou! Lindo demais! Vivo como a vida, humano como os homens, belo como um moço baiano... Fantástico!

Recomendo a todos – e quero ler o texto de Ferreirinha sobre ele.
Escreve, Luiz Ferreira Neto!

Wesley PC>

QUATRO IDIOSSINCRASIAS CONFESSIONAIS WESLEYANAS A RESPEITO DO SEXO E DO HOMEM QUE AMO EM PENSAMENTO [AO SOM DE “ALL I NEED”, DO RADIOHEAD]:


1- Quando me apaixono, não me imagino transando com a(s) pessoa(s) em questão. Comumente, envio declarações na linha “te amo da cintura para cima”. Fiz isso todas as vezes que me deixaram quase ensaiar um namoro e farei isso de novo inúmeras vezes. Porém, não pensem que isto me faz de todo impotente. Daria qualquer coisa no mundo para ver Rafael Maurício completamente nu! Qualquer coisa!

2- Nesta terça-feira, depois de assistir sem vontade a um programa jornalístico de TV sobre as enchentes em Santa Catarina, chupei o pênis de um garoto bonito de 19 anos, que ejaculou diretamente em minha garganta. Foi bom! Fazia tempo que isso não acontecia. Mal terminou o ato prazeroso, pensei de novo em Rafael Maurício, um rapaz de 19 anos que não sai de minha cabeça. Teria eu traído a devoção que manifesto por ele? De forma alguma! Se ele quiser que eu pare, eu paro! (risos)

3- No mesmo dia, algumas horas antes, eu estive num local, acompanhado por duas amigas, em que revivi uma lembrança perdida de minha infância. Elas mostraram a vagina e pediram que eu mostrasse o pênis em seguida. Fiquei um tanto envergonhado porque estava num estágio de máxima flacidez. Fui ao banheiro, passei um pouco d’água sobre a glande e voltei para a sala onde elas estavam. Mostrei meu órgão sexual e todos perceberam uma coisa: meu saco escrotal está muito grande. Perguntei a Rafael Coelho – que também não usa cuecas – se isto o afligia e ele me disse que não. Ok, tenho mais com o que me preocupar...

4- Apesar de a foto em questão ser muito bonita e de eu ter ficado bastante empolgado para ver o referido filme, “Help Me Eros” (2007), do taiwanês Lee Kang-Sheng me decepcionou um pouco. A cena mostrada é espetacular: depois de fazerem sexo convencional, uma garota resolve enfiar o dedo no cu de seu parceiro sexual, que, no momento em questão, está conversando no MSN com uma mulher gorda, que mente sua imagem, sendo que ele assina como “Maconha é Deus”. No momento imediatamente posterior, o rapaz e a moça fazem sexo novamente. Haveria amor? Quem se importa com isso nesta hora?

“I'm a moth
Who just wants to share your light
I'm just an insect
Trying to get out of the night

I only stick with you
Because there are no others

You are all I need
You're all I need
I'm in the middle your picture
Lying in the reeds”


Wesley PC>

CIÊNCIA DA SOBRA OU CHANTAGEM EMOCIONAL?


Por mais que a gente tente, sempre fica algo sem resolver... Ele tem prova amanhã e depois de amanhã... Eu tive minhas provas anteontem... Jeane trabalha num setor da Biblioteca... O braço que poderia ser visto à esquerda picava o gelo de uma bebida... São vidas, cada um deles pensa, age e sente... Estou olhando para um lado oposto ao deles dois. Tenho consciência de que peço demais ou apenas ponho em prática mais um vício de masoquista? Não sei... Não queria escrever um texto sobre isso, mas preciso de respostas!

Wesley PC>

CINEGOMORRA DE AMANHÃ (PRÉVIA)


Olá, seres vivos de Gomorra.

Estou com algum problema no Orkut e não consigo acessá-lo daqui de casa. Então, pergunto aqui mesmo: alguém tem alguma sugestão de gênero de filmes? Porque eu estava pensando em levar um monte de obras de terror!

Tive uma semana muito complicada (no pior sentido da palavra) e só consigo vislumbrar duas possibilidades de catarse: ou eu seguro Rafael Maurício por todos os cantos de tua pele e asfixio-o com meu parasitismo (coisa que não poderei fazer, já que ele tem prova de Antropologia I no dia seguinte) ou me esgoelar de tanto medo enquanto invento pretextos para tocar em marcos, supondo que ele vá (risos). Mas, já antecipo: vou ver se consigo levar “Terráqueos” (2005, de Shaun Monson). Carnívoros, tremam! (risos)

Agora, mais um lembrete: gente, que sessão-surpresa maravilhosa foi aquela da semana passada, hein, quando vimos “Snoopy, Volte Para Casa” (1972, de Bill Melendez) apenas como aperitivo? Gente, foi lindo! Charnoski, Eduardo, Jeane e eu rindo alto, Charlisson curtindo as canções como se as composições fossem suas, Ferreirinha se identificando com o passarinho que voa de cabeça para baixo, Rafael Maurício (“perfeito, perfeito!”) do meu lado, gostando muito do filme, mesmo tendo perdido o começo, todos se emocionando com a choradeira interminável dos personagens... Ah, foi lindo!

Vou ver se descolo outro longa-metragem da turma do Minduim também!
Wesley PC>

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Arco-íris preto e branco




Um trabalho, vou procurar
Já estou com o meu currículo
RG, CPF, reservista e o título
Só que antes, tenho que pescar
- Então espere, próximo ano tem eleição
E ai, sim, você vai encontrar o seu tubarão.

Ganho um salário mínimo pelo meu trabalho
Ele trabalha comigo e o seu salário é maior que o meu
Mas nós trabalhamos fazendo a mesma coisa, entendeu?
E ainda tem lá em casa, onde malho
E porque mesmo você ganha mais que eu?

Todos olham e se afastam quando chego
Quando eles chegam se juntam contra mim
Sinto-me excluído como se eu fosse um leigo
Mas porque vocês fazem tudo isso, assim?
Eu também sou um de vocês
A única diferença é que eu falo francês

Eu tenho um carro no qual ando pra cima e pra baixo
Mas quem manda nele é o carona, o macho
E por mais que eu queira vir pra cá ele não sai de lá
E por mais que eu o receba com um sorriso
Fico sem saber onde piso
Pois ele só quer, comigo, reclamar.

Todas essas cores juntas fazem de ti o melhor
Já eu, que nem cor e nem bolso tenho
Sou comparado ao pó
Mesmo assim, vou e venho
Já que nem o sol consegue refletir em mim uma cor
Sou igual à farinha, quando fingem não querer sentir o meu sabor.



Marcos Vicente Miranda Santos, 2008

Minha tentativa de Trip Hop rsrsrsrsrsrrss

Todo esse papo sobre Serge Gainsbourg e Portshead me deu vontatde de tentar fazer um Trip Hop. Acabei de realizar esta tentativa em acordes menores que variam entre a sétima e a sétima aumentada. A letra é o seguinte:


Espumas de Urano
(Leno de Andrade)

Cavalgue em teu animal predileto
Sem capote, livre, sem capotar
Solte a fera vinda longe do inferno
Jorrando fogo pelo ar
Perde a direção
Corre pelo vento
O tempo o céu há de sangrar
Leve teu encanto
Entre o vai-e-vem das ondas do mar
Fervem espumas de Urano
Afrodite nascerá.



Leno de Andrade

"ELE"





Por que, meu Deus, por quê?




Wesley PC>

JÁ QUE FALARAM DO ‘TRIP-HOP’, RECOMENDO O SOFRIMENTO DANÇANTE AO SOM DO PORTISHEAD



Não sei se é bom falar deste álbum perfeito para quem ainda não conhece o Portishead, no sentido de que o som deles mudou bastante ao longo de seus três excelentes álbuns, mas, caralho, velho, Portishead é muito foda! No sentido mais literal do termo, inclusive, visto que esta banda é senso-comunalmente conhecida como “música ideal para fazer sexo”, conforme concordou uma vez o próspero Anderson Luiz (com S).

“Empty in our hearts
Crying out in silence
Wandered out of reach
Too far to speak
Drifting unable”


A capa de “Third” (2008) é simples e direta, mas o conteúdo do mesmo é devastador. Começa com um capoeirista brasileiro falando que “você só ganha o que você merece”, na faixa “Silence”, e avança pelos choramingos de “Hunter”, “Nylon Smile” e “The Rip”. Com “Plastic”, faixa 05, a agonia freneticamente lenta se intensifica.

“Don’t you know life turns me
Always wants me
I can hardly pray”


E, seguida, “We Carry On” restabelece o elemento ‘in crescendo’ do disco, de maneira que após o ‘blues’ curto de “Deep Water”, somos agraciados pelo momento máximo desta obra: “Machine Gun”, cujo videoclipe já pode ser conferido na MTV há alguns meses:

“I saw a saviour
A saviour come my way
I thought I'd see it
In the cold light of day
But now I realize that I’m
Only for me”


Eu poderia aqui aproveitar a oportunidade para nomear em quem penso quando pronuncio o termo “salvador” durante esta canção (risos), mas sigamos em frente, pois o disco ainda possui a psicodélica faixa “Small”, a cambaleante “Magic Doors” e o final lamentoso com “Threads”:

“I'm worn, tired of my mind
I'm worn out, thinking of why
I’m always so unsure”


50 minutos preciosos de música.
Recomendo Portishead para qualquer um, qualquer um!

Wesley PC>

“UM ASSALTANTE BEM TRAPALHÃO” (1969), de Woody Allen.


Ontem eu estava contente. Havia combinado de ver o novo filme do Woody Allen no cinema, extraordinariamente bem-acompanhado e aguardava um resultado institucional que, na minha cabeça “academicamente vendida”, seria importante para mim... Então, o resultado não foi o que eu queria e a companhia extraordinária que carecia para entender adequadamente os dilemas cômico-existenciais do filme “atrasou o dia inteiro” e eu tive que desmarcar todas as combinações que havia feito para a segunda-feira. Meu estado de contente foi ás favas. Quem mandou eu criar expectativas?

Que seja, a fim de não perder por completo meu dia, revi “Um Assaltante Bem Trapalhão” (1969), primeiro longa-metragem dirigido por Woody Allen. Ri demais. Ri alto. Minha mãe até acordou, assustada: “do que é que tu tanto estás a sorrir, Wesley?”. “Do filme, Rosane”, respondi eu.

Três cenas merecem destaque: a que é mostrada na foto, quando o personagem principal resolve acompanhar uma banda marcial de colégio, depois que aprende a tocar violoncelo; a antológica cena do assalto, em que os funcionários de um banco não conseguem ler o bilhete escrito pelo meliante; e a cena da revista policial que termina em cócegas. Não vou dar mais detalhes para não estragar a surpresa, visto que veremos este filme em Gomorra muito em breve.

De resto, mais uma confissão: a primeira pessoa em que pensei quando acordei e a última em que pensei antes de dormir foram a mesma. Por sorte, ao contrário do protagonista do ótimo filme, já sei diferenciar quando estou apaixonado e quando estou com varíola (risos).

Wesley PC>, cinéfilo.

A LÓGICA D’A FAMÍLIA ADDAMS:


Num dado episódio, Mortícia diz a Gómez Addams: “ninguém pode ser um perdedor completo, meu querido. Pois até mesmo quem vive tentando alguma coisa e nunca consegue é vitorioso, pois falha em falhar voluntariamente”.

Eu sou um filho-da-puta que acredita nisso. Ultimamente, todas as empreitadas em que ando arriscando-me falham. Nada está dando certo para mim e, infelizmente, não tenho um substituto de Mortícia, que possa me encantar com o “meu querido” no final da frase. Tenho amigos que fazem isso para mim, entretanto – e é a todos eles que dedico aqui a minha satisfação de perceber que falho em falhar, o que me torna um vencedor desistente (risos). Vencedor, palavra derivada do latim, derivada diretamente do termo ‘vicente’, segundo nome de uma de minhas grandes falhas contemporâneas, que ultimamente se atreve a me endereçar sorrisos. Gosto muito dele e é por isso que também agradeço:

Obrigado a todos,
Wesley PC>

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Valter Di Lascio - Parte II


Encontrei num site uma entrevista de Valter Di Lascio realizada por um estudante de jornalismo de Fortaleza. Segue:

Como que você vê sua condição de poeta marginal? Acredita nesse estereótipo?

Quem colocou esse estereótipo não fui eu. “Ah, porque você dorme no terminal”. Durmo no terminal. Durmo no terminal porque eu não tenho grana porra, só por isso. Se tivesse grana, claro que eu não ia tá dormindo no terminal. Quero escrever, não tenho condições de escrever legal. Quero trabalhar não posso. Tô querendo estudar não posso. Como que eu vou estudar no terminal? Não tem condições. Tô querendo trabalhar num projeto que são contos, fiz alguns contos e tal, mas pô, não tem condições, porra. Eu mal durmo. Eu cochilo, não durmo... Isso é uma conseqüência da própria cultura oficial porra. Se os caras não têm o hábito de ler, como toda hora eu tô escutando: “não gosto de ler”, “vixe, tem que ler?”. Quer dizer, se as pessoas não gostam de ler, não vendo. Se não vendo, não tenho como me manter. Tenho que tá na rua. Que nem agora, quero ir embora pra Jeri. O que acontece? Passo a noite, o que eu consigo de grana? Consigo de grana pra chegar no terminal comer, comprar cigarro, o básico. De manhã faço a merenda, no terminal, lógico, óbvio e vou pra rua. Vou pra Universidade, fazer cópia... Enfim, vou fazer o que eu tenho pra fazer. O que me sobra no dia seguinte é a grana pra refazer o material, às vezes não dá nem para almoçar.

A tua poesia é de subsistência?

Total, total, total... Por mim eu não venderia dessa forma que eu vendo. Por mim eu venderia o produto final, ele completo, o livro. O livro com 130 poemas, ilustrado, do jeito que foi feito.

Como tu produz esses livretos?

É feito num computador a matriz. Eu pago pra fazer, amigo meu faz, o que tiver mais fácil no momento. Se tiver dinheiro eu mando fazer, porque é aquela coisa às vezes o cara pega dinheiro pra fazer, na maior boa intenção. Porém, no entanto, o cara estuda, o cara trabalha, o cara tem a vida dele. Eu não posso ficar no pé dele cobrando: “Porra, você já fez? Quando você me entrega?”. Pô, o cara tá fazendo de graça, na maior boa vontade, e eu ainda vou ficar pegando no pé? Não é legal. Tenho que pagar. Eu fui fazer agora o cara me cobrou 1,50 por página. Depois que eu mandei fazer o cara chegou pra mim: “Porra, por que tu não falou comigo?”. Como é que eu vou saber? Eu não vou ficar perguntando de um por um, “você pode fazer?”, “você pode fazer?”. Então é feita a matriz no computador, depois tirado xerox. Custeado por mim.

Quais os pontos que tu mais vende?

Não tem os pontos que eu mais vendo, são os únicos que eu vendo. É Universidade, Ponte Metálica e Dragão do Mar.

Existe alguma coibição no Dragão do Mar?

Existe. Eu não tenho autorização. Agora que a segurança tá pegando no pé. Cheguei de Jeri agora, preciso vender, eles não tão deixando. Só pode vender na praça, se não for na praça eles vêm pegar no pé. Só nos bancos, ali eu posso vender. Debaixo do planetário eu não posso, próximo do cinema eu não posso, debaixo da passarela eu não posso. São dependências do Dragão do Mar. Onde é o limite, onde termina o Dragão do Mar e onde começa? Não sei, aliás nem eles [seguranças] sabem, é ordem superior, é ordem do chefe... Eles não questionam nada.

O que você acha desse tipo de proibição em um ponto cultural?

Totalmente imbecil. Se eu não posso vender um livro num centro que se diz de arte e cultura, porque eu não tenho a suposta autorização, eu vou vender aonde? Porra, no show do Calcinha Preta? Ou no Castelão em dia de jogo Ceará e Fortaleza? Não tem cabimento porra, invés de ser proibido devia ser incentivado. Quando eu converso isso ai com turista, o cara fica dizendo: “Porra, não pode”, se espantam. Por que que não pode? Vai perguntar pra ele porra. Nêgo vende o cacete a quatro lá, mas tem autorização. Não sei que porra de autorização é essa. Pra botar um crachazinho no peito? Não tem cabimento porra...

A tua relação com Fortaleza é opressora?

Ah sim, me incomoda. Eu não agüento mais viver em cidade grande, isso também em outras cidades grandes. Eu não consigo mais viver nessa neura. Nos meus textos, tu vai ver que tem toda uma temática urbana. Eu não consigo me imaginar escrevendo cordel, seria uma violência, seria eu massacrar o cordel. Então as informações que eu trago são outras, são influências urbanas.

Já tentou desistir da poesia?

Não, não pensei.

Por quê?

Você já pensou em parar de respirar?

Não.

Então, é a mesma coisa. É uma coisa vital. Não dá mais, chegou num ponto que não tem mais volta, agora é só continuar, onde vai dar não sei. Pelo menos não vai ficar que nem a Ponte Metálica. Espero que não, porque a Ponte Metálica é uma ponte surrealista, é uma ponte que não vai pra lugar nenhum. E não é uma ponte na realidade, porque toda ponte implica que você saia de um ponto A para um ponto B. Tem início e fim. Tá ultrapassando um obstáculo, né? Essa ponte não, ela só começa, não termina. Pra mim é um negócio surreal isso aí. Então eu não quero que meu trabalho fique assim, também interrompido, então eu vou continuando... Essa ponte minha vai continuando, aonde vai chegar não sei e não tô preocupado. O que eu quero, que fique bem claro, é paz e sossego, me deixar trabalhar sossegado, só isso porra.

Você tem compromisso com que valores?

É uma coisa que eu venho me questionando há muito tempo. O que realmente é importante pra você?

Pra mim?

Pra você que eu digo pra todos. Pra você também. Pra você é importante terminar o curso de jornalismo, ter uma profissão... Não sei se você quer carro, casa na praia, cacete a quatro. O que eu quero? Não quero carro, não quero porra nenhuma, o que eu quero é trabalhar sossegado, ter um canto pra poder trabalhar, pra poder receber meus amigos, viver um pouco dignamente. Não passar fome como eu passo, não passar sede como eu passo e isso não quer dizer luxo entendeu, continuo com minha havaiana no pé. Não quero 10 calças como eu tinha antigamente, não quero uma porrada de livros, o livro pra mim é outro lance que eu mudei meu relacionamento com ele. O que que adianta está com uma estante com uma porrada de livros apodrecendo lá se eu já li. Então, se você me dá um livro, como já aconteceu e tem acontecido, então... se você tá me dando, não espere que ele fique na minha mão. Não vai ficar. Já li? Já absorvi? Eu passo pra frente, porque eu prefiro que ele passe pra frente do que fique parado na estante. Quantas pessoas estão sendo privadas de ler enquanto ele tá privado na estante? Pessoas que não têm condições de comprar o livro. Isso é com tudo. Eu tô cada vez mais querendo o mínimo.
-------
postado em http://www.overmundo.com.br/overblog/sobre-o-cimento-frio



Leno de Andrade

Valter Di Lascio




O PRESENTE DA SAUDADE

TENHO SAUDADE DAS BRUXAS
NÃO DAS FOGUEIRAS
TENHO SAUDADE DOS GUERREIROS INTRÉPIDOS
NÃO DAS GUERRAS
TENHO SAUDADE DAS PUTAS E DOS CABARÉS
NÃO DA GONORRÉIA
TENHO SAUDADE DOS SORRISOS E DAS ALEGRIAS
NÃO DOS MOTIVOS
TENHO SAUDADE DA COMPANHEIRA
NÃO DA NAMORADA
TENHO SAUDADE DAS ORGIAS
NÃO DAS RESSACAS
TENHO SAUDADE DAS NOITES E DOS DIAS
NÃO DOS MESES
TENHO SAUDADE DA POESIA
NÃO DO ESCREVER
TENHO SAUDADE DA VIDA
NÃO DA MORTE
TENHO SAUDADE DO ÚLTIMO SUSPIRO
AQUELE QUE DEI AGORA!

(VALTER DI LASCIO)
----------------------------

Há muito tempo eu estava querendo escrever sobre Valter Di Lascio, há muito tempo quero compartilhá-lo.
No início do ano quando fui para João Pessoa participar do EREH(Encontro Regional dos Estudantes de História) confesso que frequentei mais mesas de bares do que as mesas de discussão que rolava no encontro. Não me arrependo. E não me arrependo porque foi numa mesa de bar que conheci a figura mais brilhante que eu poderia conhecer nessa viagem. Valter Di Lascio chegou nos apresentando seus livros de poesia que eu logo gostei e comprei um chamado "Bis Coito Com Champagne", e ele me deu de presente a poesia que escrevi no início da postagem.
Depois descobri que Valter estava no alojamento do pessoal da UFAL de Alagoas, que ficava vizinho do nosso alojamento. Então, eu, assim como Rafael Barba, conversamos várias vezes com o poeta e ficamos muito entusiasmados com ele e seu estilo de vida. Pena que a maioria daqueles universitários acéfalos desdenhavam Valter e não davam importância para sua poesia. Lembro que Rafael, muito furioso, discutiu com Danilo Feop, pelo tratamento deste que fez com que Valter Di Lascio se retirasse do local que antes conversávamos com ele. Mas, como eu disse pra Rafael, Valter foi a melhor coisa que me aconteceu no encontro.

Valter estava vestido quase sempre com a mesma roupa, levava na bolsa várias sapuparas (por isso muita gente o tratava apenas como um velho bêbado), cantou várias vezes uma música do Lingua de Trapos, se emocionou quando eu toquei Nosso estranho amor de Caetano Veloso, e me elogiou pelo meu conhecimento musical (ele se impressionou porque eu conhecia a banda Joelho de Porco com quem ele teria trabalhado na juventude). E hoje eu também tenho o presente da saudade...
-----------
P.S: na foto Valter Di Lascio


Leno de Andrade

Je T'aime Moi Non Plus

Enquanto Coelho não vem no Blog escrever seu texto sobre a relação do disco de Caetano com o sexo...
Lembrei da música mais erótica de todos os tempos, muito usada em comerciais de Motel. Francesa, tinha que ser, tem sotaque mais erótico?
Tô falando de Je T'aime Moi Non Plus, de Serge Gainsbourg, o tio-avô dessa coisa bacana que temos hoje chamada Trip hop.

Pra quem não lembra da música, veja o video no youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=2bNsI9eXpAc


Je T'aime Moi Non Plus (tradução)
Serge Gainsbourg & Jane Birkin
Composição: Serge Gainsbourg

Eu te amo
oh, sim eu te amo!
eu mais ainda
oh, meu amor...
como a onda irresoluta
Eu vou, eu vou e eu venho
entre seu dorso
Eu vou e eu venho
entre seu dorso
E eu, eu me retenho

Eu te amo,
oh, sim eu te amo!
eu ainda mais
oh meu amor...
você é a onda, eu a ilha nua
você vai, você vai e você vem
entre meu dorso
você vai e você vem
entre meu dorso
e eu junto a ti
Eu te amo
Sim, eu te amo!
Eu mais ainda
Oh, meu amor...
como a onda irresoluta
Eu vou, eu vou e eu venho
entre seu dorso
Eu vou e eu venho
entre seu dorso
E eu me retenho

Você vai, você vai e você vem
entre meu dorso
Você vai e você vem
entre meu dorso

E eu junto a ti

Eu amo você!
Oh, sim eu amo você!
Eu ainda mais
Oh meu amor...
O amor físico é sem-saída

Eu vou, eu vou e eu venho
entre seu dorso
Eu vou e eu venho
e eu me retenho

Não! Agora! Venha!


Leno de Andrade

"Saindo do Armário"


A minha semana passada foi muito interessante e o fim de semana também porque...Conversava com meu colega e ele me relatava o quanto estava triste por ele ser gay não-assumido (apesar de não gostar da utilização do termo), e o pai dele estar criticando os gays e dizendo que estes deveriam morrer, pois são aberrações da natureza; eu dizia a ele que não devia ficar triste e sim mostrar pra sociedade e para seus pais que somos pessoas normais, e que temos que nos impor diante da sociedade para que nos respeitem.

Lembro que no fim de semana meu pai conversava algo semelhante comigo, ele falava sobre Deus e dizia que devíamos rezar mais porque as coisas estavam piorando, por isso tantos gays por aí, e o interessante é que ele enfatizava que mesmo assim respeitava o gosto de cada um. E diante daquela situação ficava imaginando como seria pra ele saber do que gosto.

E para completar na noite do domingo para segunda assisti a esse filme citado acima, e que por mais que meu amigo Wesley utilize recorrentemente este termo, era a história da minha vida. O filme fala de um garoto de 16 anos que é gay, mas que não é assumido, a história começa com ele indo a um banheiro público no parque para encontrar algum homem, e numa dessas idas ao dito banheiro, ele acaba descobrindo que o amigo dele, que era tido como o machão da escola, era gay também. A partir daí começa uma linda relação entre eles dois, na qual os dois afirmavam que se amavam. E diante disso tudo lá no final do filme, ele resolve assumir para todo o colégio e seus pais que ele era gay, conseqüentemente ele abriu mão do seu amor.

Então me questionava um quão difícil é para um individuo ter que assumir, diante de uma sociedade preconceituosa, que é gay. E quantas vezes julgamos estes mesmos sem procura saber a sua história de vida, sem entender o que faz com que eles não tenham coragem para mostrarem que verdadeiramente são; toda essa pressão social lhe dizendo que você que tem ser alguém moldado.

Ás vezes tenho vontade de chorar e desistir de lutar pelo que quero, porém paro e penso que o melhor mesmo é rir e mostrar que tenho o direito de ser feliz do jeito que sou...

Encerro com uma música de Los Hermanos:

“De onde vem a calma daquele cara ?
Ele não sabe ser melhor, viu?
Como não entende de ser valente
ele não saber ser mais viril
Ele não sabe não, viu?
Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil
O mundo todo é hostil
De onde vem o jeito tão sem defeito
que esse rapaz consegue fingir?
Olha esse sorriso tão indeciso
Esta se exibindo pra solidão
Não vão embora daqui
Eu sou o que vocês são
Não solta da minha mão
Não solta da minha mão



Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só
não vou ceder
Deus vai dar aval sim,
o mal vai ter fim
e no final assim calado
eu sei que vou ser coroado rei de mim.


Ferrerinha

REFLEXÕES (AUTO)PORNOGRÁFICAS


Nunca fui uma pessoa muito lembrada por ter pênis. Por mais que isto seja um componente bastante identitário de minha personalidade, já que é este órgão sexual que faz com que eu sempre receba adjetivos genéricos terminados em O e, por causa disso, não seja correspondido pelos meninos heterossexuais por quem me apaixono, meu pênis não foi visto por muitas pessoas. Digamos que, apesar de minha completa virgindade penetrativa, já tive um bom punhado de experiências sexuais. Em pouquíssimas delas, precisei usar o pênis, o que me obriga agora a rever alguns de meus conceitos...

Penso neste dilema erótico neste exato momento porque, ao vasculhar minhas fotos nuas disponíveis no computador de minha casa, percebi que eu nutriria atração sexual por mim mesmo se eu não fosse eu. Posso não ter um pênis grande, mas gosto de minhas proporções, me acho bonito (dou-me nota 7,5, no mínimo) e pertenço ao tipo de moços por quem me atraio sexualmente, onde a cara de menino travesso e a palidez da pele são traços essenciais de minha libido reivindicante.

Seguindo em frente nesta percepção, resolvi ver um filme pornográfico italiano que tinha gravado faz tempo, mas que ainda não havia tido a oportunidade de assistir. Seja porque não gosto muito do gênero (apesar de admitir sua relevância industrial), seja porque esse tipo de filme exige condições adequadas de “recepção” (risos), não havia tido tempo nem espaço para analisar o referido filme, que sequer dispõe da fama de “clássico”, que permite que eu veja os filmes maravilhosos do Gerard Damiano em frente a minha mãe.

O nome do filme em questão é “La Professoressa di Lingue” (2001), de um tal de Steve Morelli, também autor do roteiro. Vi-o sem legendas, a fim de treinar meu aprendizado com a língua-natal de meu tio espiritual Pier Paolo Pasolini. A trama é bem simples, como costuma acontecer em filmes desse tipo: uma professora de inglês (vivida por Milly D’Abbraccio, candidata a vereadora na Itália, que lutou por uma zona de prostituição livre de impostos) resolve migrar para a Sicília (cujas locações foram em Budapeste, na Hungria), onde encontra alunos rebeldes, que desafiam sua autoridade docente. Depois que ela consegue domá-los através do sexo, volta para casa, onde declara amor eterno a seu marido. Só isso, basicamente isto!

O filme tem 103 minutos de duração e 7 cenas de sexo: a primeira é entre a protagonista Sonia e seu marido, numa despedida; a segunda é entre este último e uma amiga de Sonia, que não sabia que ela havia viajado; a terceira é entre Sonia e a sua amiga de profissão, Lucía, que a hospeda em sua casa e, depois de uma massagem espontânea, evolui para novos níveis de intimidade; a quinta é entre Sonia e uma banana madura; a sexta é entre Sonia e o namorado de Lucia, mas logo se transforma num autorizado ‘menáge a trois’; e a sétima e última, definitiva e mais demorada, começa com Sonia e seu aluno mais bonito Rocco (vivido por um abençoado jovem de nome Andrea Dioguardi), mas logo se transforma numa bacanal, envolvendo 5 mulheres e 3 homens.

A quarta e mais elaborada cena de sexo do filme merece um parágrafo à parte: quando entra no auditório em que ministra suas aulas, Sonia depara-se com uma baderna tremenda entre os alunos. Ela reclama, tenta impor ordem, mas Rocco a desafia. Ela sai da sala, chateada, e vai ao banheiro, desabafar. Rocco a segue e, quanto estava prestes a cometer o mais consentido dos estupros, sua namorada chega, baixa a sua calça e pede que Sonia fique contemplando-a enquanto ela chupa o pênis de Rocco por sobre a cueca branca. Após alguns minutos de felação intensa, com Sonia acuada e desejosa num canto, um faxineiro entra no banheiro, com vassoura e rodo nas mãos. Pede desculpas por ter interrompido o coito, mas Rocco logo se antecipa: “pode entrar”. “Posso mesmo?”, pergunta ela, contente, ao que Sonia se adianta em responder, ajoelhando-se diante de sua genitália, gemendo enquanto segura com firmeza o seu órgão sexual rijo e masculino. Esta sim, eu admito, foi uma bela cena de sexo cinematográfico!

Terminado o filme (e passada a excitação – risos), continuo a achar o sexo algo secundário, diante da extrema pulsação amorosa que me move a cada dia e que me faz pensar 500 milhões de vezes por segundo numa mesma pessoa, cujo nome não vou aqui revelar, a fim de não macular a sua egrégia imagem com o conteúdo erótico desse texto, o qual, por precaução, ainda não quero depositar sobre ele. Sou um homem que ama, antes, durante e depois de (pensar em) fazer sexo!

Abaixo, um dos polêmicos cartazes da campanha eleitoral de Milly D’Abbraccio, cujo jargão público era nada mais nada menos que “basta con queste facce da culo!”. Preciso traduzir o que a frase quer dizer?

Wesley PC>

domingo, 30 de novembro de 2008



Será que eu consigo me redimir se falar que gosto muito da Billie Holiday e que lamento que hajam linchamentos no mundo?

“Strange Fruit” na cabeça!

Wesley PC>

FUTUCANDO A LATA DE LIXO DE MINHA MENTE...



“Acordando, eu vejo agora que tudo está bem
Pela primeira vez em minha vida, é tão bom
Devagar, eu olho em minha volta e eu estou tão impressionado
Eu penso nas pequenas coisas que fazem a vida ser boa
Eu não mudaria nada sobre isso
Essa é a melhor sensação”


Assim começa uma aproximada tradução da canção “Innocence”, faixa 08 do álbum “The Best Damn Thing” (2007), da Avril Lavigne.

Poderia indagar a partir de agora: eu não tenho vergonha de abrir a boca (no caso, de mexer os dedos) para falar de uma adolescente canadense, com a voz esganiçada, presa aos ditames da moda, que só fala de meninos por quem foi obcecada e que foram embora? Não tem nada mais interessante para falar não, Wesley?

Ter, eu tenho... Mas, por outro lado, esta moleca do CD foi uma importante coadjuvante em minha vida, mais precisamente no começo do ano, quando, antes da existência supra-elogiosa dos meus amigos de História, eu andava de braços dados nos ônibus, ao lado de um molequinho de 15 anos. Chamavam-no de burro, à época, mas, algum tempo depois, pensaram melhor e disseram: “ele só está reagindo de acordo com sua idade”.

Ter 15 anos em 2008 é algo difícil. Os valores estão cada vez mais decadentes, o alcance da Indústria Cultural está cada vez mais amplo, as lembranças estão cada vez mais dolorosas... Pior ainda é ter 27 e “comportar-se como se tivesse 17”! Assim me disse Marcos Miranda, através do MSN, passada a meia-noite... Tinha que dormir cedo para trabalhar neste domingo... Dormi tarde. Acordei melancólico (sono tem esse tipo de efeito). Liguei o meu reprodutor de MP3. Avril Lavigne aparaceu e cantou a música lá de cima... Sou besta mesmo!

“It's innocence is brilliant
I hope that it will stay
This moment is perfect
Please don't go away
I need you now
And I'll hold on to it
Don't you let it pass you by?”


Faz de conta que não leram isso, ta?
É efeito colateral do trabalho burocrático...

Wesley PC>

ATACANDO ANTES DA DEFESA


E, tal qual este alce sequer percebeu que sua vida era tomada de assalto por um carro em disparada, fui eu tomado pelas mais burguesas manifestações sentimentais, pela demonstração de que Sigmund Freud estava coberto de razão ao definir os sonhos, os sonhos mais comuns, como sendo “manifestações re-significadas de desejos não-realizados”.

Sonhei quando cheguei do trabalho. Sonhei depois de desmaiar de sono. Sonhei sem ter controlado e, após ter acordado, preferi manter o sonho, ao invés de qualquer outra atitude mais nobre. Redigi algumas linhas que o sistema de telefonia celular predominante no Brasil não me deixou entregar (“não queria te ver como melhor nem mais perfeito que ninguém, mas o tipo de coisa que leio ou assisto só retroalimenta este sentimento doentio... Gosto tanto de ti quanto gosto de miojo ou da cultura de Taiwan!”). Que venha o ataque! Que venha a “defesa”, como ele diz...

Observação: após o atropelamento da foto, os responsáveis pela fotografia anteciparam-se em avisar que nenhum dos passageiros do automóvel ficou gravemente machucado. Que a História se repita!

Wesley PC>

O Próprio

Contando com as 69 vezes que a minha alcunha é repetida em uma simples postagem, fui o ser mais citado no blog, apesar de jamais ter me apossado do poder a qual é a mim conferido(já que sou sabedor da senha do cofre), e ter postado no blog, mas hoje eu vim, vim para defender-me de todas as citações aclamáticas da qual fui alvo enquanto estava mudo, defender-me de todos os elogios voltados a quem hoje vos fale, hoje, hoje, só que ainda estou estudando a possibilidade de tal ação. Aguardem.



Rafael Maurício

Tato

Me aproprio de idéias, modos e gostos. Sempre fiz, não vou parar, senão eu paro, paro aqui e assim. Quero descobrir novas, redescobrir as velhas, quero me surpreender, me abalar, quero redefinir, reconceituar e me surpreender denovo. Sou mutável, sempre fui, senão eu paro aqui e assim, definitivamente, eu não vou parar. Utilizo-me. Utilizo-me. Utilizo-me até de recursos linguísticos que não são meus.



Rafael Maurício