sábado, 13 de dezembro de 2008

Pra ter um sorriso largo e um abraço apertado...
Eu ressignifico! E se eu quero, eu paro, eu perco, eu insisto!
Mas só suplico, quando sinto que vivo, em pró de um amor vivo!
Pq há de preferir me esconder do que me mostrar?!Por medo!Oras...
mas eu prefiro, para de de pensar,ressignificar, pra que o medo
se torne, uma vaga lembrança! E se não conseguir, afinal meus sentimentos
nobres e sensações afins nem sempre são capazes...
PREFIRO O ÓDIO SINCERO DO QUE O AMOR FALSO!
Mas...se preferir, crie novos amores...
pq não há de haver nenhum sentimento mais livre, mais pleno e intenso
do que o amor!
E debruçada nas janelas do da vida, eu olhos os vizinhos sentimentos...
ate encontrar o mais novo dono do meu coração, e edificá-lo como eterno...
"que seja eterno enquanto dure!"
e que seja...
e se perca, afinal perder-se também é um caminho...
e nos descaminhos que levam ao amor, perde-se pra encontrar
uma nova paixão pode ser o caminho...

By: Anne!

2 AVISOS RÁPIDOS:


1- Rafael Torres mija quando está em Gomorra.
2- Se for fazer sexo oral num menino que gosta de mulheres, o truque é enfiar o pênis completamente endurecido na garganta com força!

Wesley PC>

É HOJE O DIA!


Daqui a algumas horas, estaremos todos lá no parque da Sementeira, desfrutando do momento único de desfrutar de Os Mutantes ao vivo, por mais que não venha a banda inteira (pelo menos, não com a formação que inebriou tantos e tantos de nós em inúmeros momentos. Hoje mais cedo, re-ouvi “Meu Refrigerador Não Funciona” e, Deus, que coisa linda!)... Como diria o Paulo Bruno e seus amigos afetados, “vai ser ‘mara’!” (risos)

E, na foto, uma metonímia: Charlisson fazendo aquilo que o torna lendário enquanto Rafael Maurício parte de volta à sua casa... Neste exato momento, ele está em Bahia, relaxando antes de acordar cedo no domingo, para fazer Vestibular para História na UNEB. Pediu-me ele que lhe mandasse uma mensagem de celular dizendo que o concerto d’Os Mutantes foi ruim, para que ele não se sinta tão chateado por ter perdido... Só me resta esperar o momento de desobedecê-lo (risos)!

Wesley PC>

REABILITAÇÃO


Na próxima quinta-feira, dia da Gomorra Secreta, Charlisson quer que exibamos apenas filmes tristes. Ou seja, pagaremos a nossa dívida com o maravilhoso filme de Alan Parker sobre o Pink Floyd, porei uns 8 ou 9 para chorar graças a um filme do Lars Von Trier protagonizado pela Björk e, se der tempo, acho que “O Beijo Amargo” (1964, de Sam Fuller) é uma boba pedida, pois é o melhor sobre reabilitação que já vi na vida – e é de reabilitação que eu preciso agora, pois me sinto culpado sem crer que cometi crime nenhum...

Não queria adiantar muita coisa sobre a trama, mas digamos que esta mulher careca da foto (primeira cena do filme, absolutamente ímpar e genial!) é uma prostituta, que vive dependente de gigolôs toxicômanos e, após ser abandonada e roubada por um deles, resolve mudar de cidade e começar nova vida como enfermeira num hospital para crianças com câncer terminal. Ela passa a amar a nova ocupação (orquestra um número musical engendrado por infantes aleijados que partirá o coração de qualquer espectador!), mas o passado volta à tona, ah, ele sempre volta! E isto me faz lembrar algo muito triste de que participei ontem:

Como todos sabem, mesmo sem dormir um segundo na madrugada anterior, passei 10 horas intermitentes trabalhando com a análise da documentação dos aprovados no Vestibular à Distância de cidades do interior do Estado. Um dos documentos exigidos é o comprovante de votação ou um equivalente Certificado de Quitação Eleitoral, que pode ser adquirido facilmente na Internet. Lá pelas 16 horas, quase no finalzinho do expediente, atendi a um rapaz com cara de poucos amigos. Fui conferindo seus documentos (ele passara para o curso Geografia no pólo de Arauá) e, aparentemente, estava tudo em ordem. Até chegar no seu Certificado de Quitação Eleitoral, onde se lia: O ELEITOR NÃO ESTÁ QUITE COM A JUSTIÇA ELEITORAL EM VIRTUDE DE SUSPENSÃO DO TÍTULO DE ELEITOR (CONDENAÇÃO CRIMINAL). Nunca havia visto tal informação na vida e perguntei ao rapaz do que se tratava. Ele respondeu, com um tom mais do que intimidador: “é que eu fui preso por porte ilegal de armas”. Conclusão: não pude realizar a matrícula dele, o que o deixou furioso, possesso de cólera, esbravejando, atirando todos os seus documentos no chão, etc.. Mas foi embora, triste, arrasado, coitado... Por que peste, então, iludiram este coitado deste menino, deixando ele estudar para o Vestibular, mesmo apresentando documentos irregulares e irremediáveis de antemão? Fiquei irritadíssimo com o Sistema no qual me inseria...

Duas horas depois, o rapaz volta, ainda mais irritado e ameaçador, gritando com minha chefe: “tu vais ter que fazer a minha matrícula. Foi o Juiz quem mandou!”. Mentira! Foi o próprio Juiz Eleitoral quem o enganou, entregando um documento paliativo que não atende a uma exigência básica do Edital de Vestibular a que ele se submeteu. Fiquei mais irritado ainda. O menino idem. Ameaçou-nos mais e mais. Assustados, os funcionários do DAA trancaram as portas naquele momento, às 19h! Um clima de tensão e medo permeava o recinto. Todos estavam apavorados, enquanto eu me preocupava com as ilusões desfeitas daquele jovem, que foi orientado a abrir um processo contra a Justiça Eleitoral. Mas quem disse que ele vai obter êxito em sua reivindicação? É fogo! Isso é que dá se submeter a leis que se dizem democráticas...

...e que venha a quinta-feira da Gomorra Secreta e dos filmes tristes!
Wesley PC>

ESTA INCRÍVEL RELAÇÃO ENTRE A MÚSICA E A VIDA...


Na alvorada desta sexta, eu estava apresentando alguns videoclipes da Björk ao meu bondoso vizinho Charlisson e deparei-me com “Hyberballad”, canção que foi executada quando consegui fazer com que meu vizinho “fornecedor” ejaculasse pela primeira vez, de forma ostensiva, há uns 5 ou 6 anos atrás. Foi impressionante o como o simples fato de ouvir aquela canção me transportou àquela situação. Se já não estivesse tão contente pela ótima madrugada em Gomorra, teria uma ereção. Não precisei. Ao invés disso, fomos ouvir Radiohead na TV e lembrei que, depois de “Come Together” (de The Beatles), “2+2=5” é a canção que, quando cantada pelo meu amigo Rafael Torres, me faz lembrar mais carinhosamente de minha terra Gomorra...

Seguindo em frente nesta enumeração de canções que me trazem recordações, uma faixa que ouvi muito esta semana foi a fixa 05 do maravilhoso álbum triste “Sea Change” (2002), de Beck, fã confesso d’Os Mutantes, banda imortal que, em breve, estarei vendo pessoalmente cá em Sergipe. Voltando à tal faixa 05, de nome “Lost Cause”, digamos que a letra da mesma diz muito acerca de que tipo de comportamento eu deveria adotar em relação ao motivo de minha doença, à causa das dores e blocos de ranho que tanto preocupam minha mãe neste momento, mas... Não consigo obedecer aos conselhos do cantor e compositor experimental que, quando triste, apenas geme, que nem eu faço... Portanto, acho linda a canção, mas não farei o que ele fez:

"There's a place where you are going
You aint never been before
Theres no one laughing at your back now
No one standing at your door
Is that what you thought love was for?

Baby Im a lost
Baby Im a lost
Baby Im a lost cause
Im tired of fighting
Im tired of fighting
Fighting for a lost cause"


A tal causa pode até ser perdida, mas lutarei até o final de minhas ditas forças. Sou que nem as personagens femininas em “Farrapo Humano” (1945, filme de Billy Wilder), como bem notou Rafael Coelho: exaspero-me, destruo-me, mas sou persuasivo, insistente. O nome disso é amor, seres vivos!

Wesley PC>

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

UM RESUMO SINTÉTICO, SUCINTO E SOPORÍFERO...


O mundo inteiro a dormir e a gente acordados...

Sei que já é banal e redundante elogiar as madrugadas em Gomorra, mas hoje todos se superaram: depois de dois filmes cômicos sobre a luta de classes e o marxismo e Hollywood (risos), inventamos de jogar mímica de música. Foi incrível fabuloso. Uma experiência magnífica. Nunca pensei que alguém fosse capaz de transmitir através de pantomima o título “Capelinha de Melão”, bem como fiquei encantado quando Coelho fez com que eu adivinhasse o título “Bachianas Brasileiras” ao dar um murro na parede... Foi lindo! Adorei a brincadeira... Duas equipes se dividiram: de um lado, João Paulo (mais tarde substituído pro Elaine Charnoski), Rafael Maurício, Charlisson e Rafael Torres. Do outro, eu, Rafael Coelho, Helen e Anderson Luiz. Na primeira partida nós perdemos, na segunda eles perderam e, na terceira, nós ganhamos...

Não vou me estender sobre o assunto, pois ainda vivenciamos a epifania de acompanhar a alvorada enquanto encantávamo-nos com os videoclipes do Radiohead... Foi incrível! Estou há 36 horas sem dormir e, puxa, poucas vezes na vida me senti tão satisfeito... Gomorra redime!

Na foto, um Papai Noel suicida, idéia de Coelho, Maurício e Ferreirinha, que demonstraram que Gomorra não é o ambiente adequado para os estratagemas cromáticos do capitalismo. Por isso, André Buzuzo insistia em espatifar aquela árvore de natal, fingindo que era acidente (risos)...

Em breve, mais fotos e textos!
(Agora, preciso dormir!)
São mais de 22h e trabalhei das 8h da manhã até às 20h!
Estou estafado, mas muito, muito satisfeito!

Wesley PC>

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

SERÁ QUE ELE VAI MESMO?


O destino humano só se realiza no fracasso” [“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (2001), de Jean-Pierre Jeunet]

Mas não pensem que isto é ruim. Quando fracassamos, percebemos o quão humanos somos e que não há situação que não possamos corrigir ou remediar, se realmente tivermos motivação para tal. Hoje é dia de Cine Gomorra. Talvez Marcos Vicente vá e tenhamos a oportunidade de conversar um pouco e, na pior das hipóteses, resolver os nossos problemas pessoais sem incomodar as pessoas que nos cercam. Aliás, reformulando a frase: acho que não, não é possível. Tudo o que acontece conosco, acontece também com as pessoas que nos cercam, pois amor é reciprocidade, “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe”...

Vou deixar o filme em Gomorra, só por precaução.

Wesley PC>

The Wall - Pink Floyd




"Promotor:
Bom dia, verme sua excelência.
A coroa pretende mostrar que
O prisioneiro diante de você
Foi pego em flagrante mostrando sentimentos
Mostrando sentimentos de uma natureza quase humana;
Isto não presta"


Essa é a parte do filme/album The Wall que mais me emocionou. Não tive uma identificação em primeira pessoa muito forte com o protagonista julgado, mas me fez lembrar de amigos meus e de tantas pessoas desse mundo.
Tem dois dias seguidos que assisto este filme e pretendo passar na Gomorra, creio que algumas pessoas irão se identificar, gostaria que Luiz, Marcos e Wesley assitissem, pois estas pessoas têm passado por conflitos sentimentais na última semana e têm exposto isso aqui no Blog. Coisa até relevante, pois expressam aqui coisas que talvez algumas pessoas não dêem importância no dia-a-dia. E esta é a questão do filme com a qual me identifiquei: as pessoas não procuram entender as outras. Isso é um problema.
Não vou falar muito sobre o filme. Quero que assistam. Mas adianto que o filme é baseado no album de mesmo nome do Pink Floyd, o roteiro foi escrito pelo integrante do grupo Roger Waters, que dizem ter se baseado em seus próprios traumas e do ex-integrante Sid Barret. Foi dirigido por Alan Parker. O protagonista "Pink Floyd" foi interpretado pelo Bob Geldof (aquele mesmo do Live 8).

Pra acabar deixo uma letra do Também fã do Pink Floyd Humbert Gessinger (aquele do engenheiros):

ilusão de ótica
(gessinger)

eu entendo você que não me entende
eu entendo você que não me entende
eu não prendo você
não se surpreenda
quando eu digo sim
quando eu digo não

quando eu digo "Talvez..."
você não entende
é natural
naturalmente
às vezes digo sim
às vezes digo não

eu entendo você que não me entende
eu entendo você que não me entende
eu surpreendo você
que não me prende
"Tire as mãos de mim!"
"Me dê a sua mão!"

cada um tem o seu ponto de vista
encare a ilusão da sua ótica
os olhos dizem sim
o olhar diz não

na visão da macrostória toda guerra é igual
a visão do microscópio é o ópio do trivial
na visão da macrostória nada gera um general
a visão do microscópio é o ópio do trivial
sou cego
não nego
enxergo quando puder
só vejo
obscuro objeto
desejo indireto
?será que você me entende?

não se renda às evidencias
não se prenda à primeira impressão
o que não foi impresso
continua sendo escrito à mão


Leno de Andrade

LADAINHA


Algumas pessoas, por me verem sempre rindo, sempre falando com/sobre muitas pessoas ao mesmo tempo, às vezes duvidam da intensidade sofrida de meu amor. Pelo visto, a dramaticidade das postagens desta última semana atenuou um pouco desta impressão, visto que, confesso, quase nunca em minha vida senti-me tão mal por causa de alguém: o desprezo de Marcos Vicente em relação a mim fez até com que eu ficasse doente! Sou louco por este menino, não consigo imaginar um mundo em que ele não fale comigo, nem que seja para mandar eu me foder, que nem ele faz constantemente...

Queria muito que o Renato Russo tivesse gravado esta letra de canção que descobri na Internet como sendo relacionada a ele, queria muito que a primeira imagem que Glauco/Madruga captou de Wesley sorrindo enquanto se deita sobre o corpo de seu amado tivesse um pouco mais visível, queria muito que as páginas de meu diário pessoal neste ano de 2008 não estivessem maculadas pelas lágrimas que, só recentemente reaprendi a derramar... Quero muito! Mas, infelizmente, neste caso, querer não é o suficiente!

Quando entramos na UFS, deparamo-nos com uma faixa de cursinho pré-vestibular, que diz “se dependesse de nossa torcida, a vaga já seria tua”. Então, se dependesse de meus desejos, Marcos já teria me perdoado faz tempo... Faço qualquer coisa por este menino – exceto deixar de pensar nele! E estou disposto a pagar o preço que for necessário pela aplicação deste puro desejo...

Wesley PC>

UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE ALGUNS FETICHES...


Como todos sabem, o meu amigo Luiz Ferreira nutre uma estranha atração pelo ator adolescente Zac Efron, que eu, particularmente, acho insípido, não faz o meu tipo de homem, apesar de me deslumbrar facilmente com moçoilos com cara de moleque debilóide (os dois meninos que cultuo em Gomorra foram escolhidos a dedo neste sentido – risos).

Ontem, futucando a Intenert antes de dormir, deparo-me com uma série de fotos falsas, ostensivamente falsas, assumidamente falsas, com uma porção de montagens fotográficas envolvendo o rosto plácido do tal adolescente e os corpos nus de outros homens. Há quem se divirta com isso: no intuito por satisfazer um fetiche bem definido, ‘voyeurs’ tolos consolam-se com imagens artificiais apenas porque satisfazem um desejo primário de ver alguém famoso (e virginal) nu... Muito estranho isto! Não faz minha linha pornográfica não...

Tentei trazer para a minha realidade: sinto um desejo muito grande de ver alguns moços nus, mas, puxa, acho que não sujeitar-me-ia a esta enganação explícita. A cada dia que passa, percebo que existem coisas bem mais interessantes para se admirar num homem do que a sua genitália... Tipo: todos sabem que nutro uma curiosidade tremenda em ver Rafael Maurício completamente nu, mas, quando estou conversando com ele, ouvindo aquele seu sotaque maravilhoso, sentindo aquela mixórdia de odores que provém de suas roupas, passando as mãos por aquelas suas pernas magras porém tentadoras, eu me pergunto se vale a pena desperdiçar tudo o que ele nos disponibiliza gentilmente por causa de um desejo de vislumbre genital que talvez nunca se concretize de fato...

É, Luiz Ferreira tem mesmo razão em algumas de suas intuições acerca do sexo como sendo algo que transcenda a região abaixo da cintura!

Wesley PC>

OS PLANOS DE AMANHÃ E AS AVENTURAS DE ONTEM


Seguindo com a linha “faço de conta que a vida continua...”, adianto aqui alguns planos para o Cine Gomorra desta quinta-feira: não sei o que os outros integrantes planejam, mas eu levarei apenas filmes clássicos hollywoodianos, um de cada gênero, a fim de mostrar o porquê de este ‘american way of life’ ter sido tão bem difundido no cinema ao longo dos anos...

Eu sei que parece regressivo, mas, não gente!, Hollywood nas décadas de 1940 e 1950 era o máximo de inteligência que se podia conceber quando aliada à diversão!

Sendo assim, intento levar:

- “o definitivo filme de ficção científica” [“O Dia em que a Terra Parou” (1951, de Robert Wise) ou a primeira versão de “Guerra dos Mundos” (1953, do Byron Haskin), o que for mais fácil];

– “a melhor comédia de todos os tempos”, segundo a maioria das enciclopédias mundiais de cinema [“Quanto Mais Quente Melhor” (1959, de Billy Wilder), com a imortal Marilyn Monroe no elenco!];

- “uma edificante comédia dramática sobre pai e filha charmosos e criminosos” [“Lua de Papel” (1973), de Peter Bogdanovich, cineasta que batizou meu cachorro mais novo];

- e um “belo exemplar da animação Disney”, lógico [“Aristogatas” (1970, de Wolfgang Reitherman)].

Este último, inclusive, será um alento multicolorido no universo em preto-e-branco que tenciono apresentar nesta quinta-feira, a fim de acabar com os preconceitos insossos que, de vez em quando, ainda se ouvem sobre estes maravilhosos filmes antigos.

Para acabar, uma anedota real: eu não estava doente e sofrendo nesta quarta-feira? Pois bem, Marcos Vicente me disse “boa tarde” no MSN (ironicamente, que seja, mas falou comigo e isso me basta!) e à noite, fui ao cinema com os Rafaéis Coelho e Maurício (“perfeito, perfeito!”), que, ao fim, da sessão, vieram em minha casa. Tem como permanecer doente após dádivas como estas? Amo Gomorra, não me canso de gritar!

Wesley PC>

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

É só amor...

Vou aqui desabafar mais uma vez...
Eu fico pensando e analisando até que ponto continuamos insistindo em regredir em nossas atitudes,um exemplo é quando Wesley citou que tenho mania de me sentir perseguido, concordo com ele, mas no mínimo tentei mudar essa perspectiva...
Não venho falar de mudança porque é Natal,essa festa hipócrita,mas sim por entender que muitas vezes às pessoas precisam escutar conselhos.Também não quero julgar os meus amigos que convivem comigo, pelo contrário, tento ao máximo amá-los como são...
Venho falar que devemos dar um basta a certa discussões, e quando principalmente envolve o termo "amor", ninguém pode ou deve criticar outrem pelas suas atitudes, por sua forma de demonstrar amor...Chega, estou cansado de não pode amar quem eu quiser e da forma que quero.
Estou cansado de não pode expressar tudo que sinto só porque tenho gostos diferentes.
Estou cansado de não dizer o que penso por medo da reação das pessoas.
Estou cansado de toda noite ir dormir pensando que me privei de não pode demonstrar o qaunto amo alguém da minha maneira, e depois as pessoas não compreenderem o meu modo de amar...
Por isso peço uma trégua entre os conflitos que cercam Gomorra;peço cumplicidade entre todos que são diferentes, mas que pensam igualmente numa sociedade vivida a base da alegria;e também peço que aprendamos a respeitar a forma de cada um expressar seu amor...
Para terminar cito um frase do filme "Caindo na Real": "É só amor, do que todos têm tanto medo?"; e também o grande Renato Russo:"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você para pra pensar, na verdade não há..."
P.S.:Este post é um desabafo, e também uma crítica a quem servir a carapuça.
Mas de nenhuma forma um julgamento, por também entender que todos temos direitos de muitas vezes ter repulsa por algo, porém peço um pouco mais de compreensão.
Ferrerinha

NUMA PERGUNTA SINGULAR: QUEM, EM MINHA SITUAÇÃO, NÃO FARIA O MESMO? QUEM?


Peço licença para usar a Bíblia Sagrada (que, nessas horas, funciona):

“’Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?’. Respondeu Jesus: ‘não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus, 18: 21-22);

Podem atirar a segunda pedra!
Wesley PC>

PARA PIORAR TUDO, A DOENÇA! – PARTE 2


Tristes tempos estes em que eu sequer posso alimentar as agonias de uma doença pulmonar (tomara que seja!) para não simular chantagem emocional... Passei a madrugada gemendo (“ai, ai, ai...”) na cama de minha mãe, enquanto esta reclamava: “cada vez que tu dormes fora, voltas assim, doente!”. Ah, se ela soubesse... Ah, se ela tivesse noção do quanto foram curativos aqueles dois dias seguidos que passei em Gomorra, sem olhar para o relógio...

Para piorar, o mais urgente filho da puta do mundo não atende ao telefone, o Orkut não funciona mais em minha casa, meu aparelho de som recém-comprado não quer reproduzir meus cds e só vejo filmes suicidas. No mais recente que pus no dvd, uma jovenzinha pobre tenta se matar inalando gás liquefeito de petróleo. De repente, o botijão acaba. Ela se levanta e vai até uma lojinha, comprar o botijão novo. Os 10 minutos finais do filme mostram-na carregando o tal botijão, enquanto nós ficamos impacientes: “chega logo em casa para acabar com esta agonia!”. Antes que ela chegasse, o filme acaba. Não sabemos o que acontece. A vida tem dessas coisas...

Wesley PC>

Os mutantes - Talvez o fim de semana não tenha mais fim



No próximo sábado, dia 13, Os Mutantes, uma das melhores bandas do universo de todos os tempos, estará fazendo sua mutações musicais aqui em Aracaju, mais precisamente no parque da sementeira pra comemorar o aniversário da rádio aperipê.
Verde, laguinho e Mutantes, parece um sonho, nunca achei que fosse ver um show d'Os Mutantes. Mesmo só vindo Sergio Dias e acho que o baterista Dinho da formação dos anos 70, estou muito feliz. Ontem eu cochilei no sofá e quando acordei fiquei passando os canais e me deparo com tal banda na MTV, e ao serem perguntados sobre shows no Brasil, eles disseram que só tem este de Aracaju, aí começo acreditar que é verdade mesmo a vinda deles.

Hoje de manhã acordei com o trecho duma música desses gênios na cabeça que reflete meu estado espiritual e minhas expectativas:

Andam dizendo que a vida não está com nada
Eu acho que não
E digo tá, tá, tá de todo o meu coração:
Legal

Venham vós ao nosso reino aqui no Brasil
Rock'n’roll, paz e amor aqui no Brasil
E talvez o fim de semana não tenha mais fim
E talvez a nossa música não tenha mais fim
E talvez a nossa vida não tenha mais fim

(trecho de "Ainda vou transar com você")


Leno de Andrade

... E AS LEMBRANÇAS DOLOROSAS PASSAM E REPASSAM EM SUA CABEÇA!


Mais cedo ou mais tarde, todos pagam por suas atitudes – ou recebem suas recompensas, se for o caso. Nem sempre quem tem razão vence a pendenga, pois, quem tem Razão, perceberá que a pendenga é, na verdade, travada em outro local, noutro tempo, talvez... “Amor só se paga com amor”, diz a cantora Diana. Ódio se paga com morte e dor, prediz a filosofia cristã. Paixão não-cicatrizada é paga com o desespero. Infelizmente, os dois últimos casos são bem mais freqüentes. Os dois últimos casos estão em pauta. Não me cansarei de suplicar um perdão imaginário...E nem mesmo assim será suficiente?

Assinado: o anjo mau do superego tolo e desesperado de Wesley PC>

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O PORQUÊ DO SUCESSO DE MAIS UMA BANDA TRISTE BRITÂNICA


Não, não vou responder à afirmação responsiva do título. Não tenho esta pretensão! Tudo o que quero agora é explicar porque gosto tanto do Muse, uma banda inglesa muito boa que lembra bastante o Radiohead, mas que, em minha opinião, segue uma linha de agonia um tanto diferente. Eu gosto muito, logo vou defendê-la!

Tenho a sorte de possuir quatro álbuns desta banda melancólica: “Origin of Simmetry” (de 2001, cuja primeira faixa é a estrondosa “New Born”, tema do filme “Alta Tensão”, dirigido por Alexandre Aja em 2003); “Absolution” (de 2002, meu preferido, do qual algumas faixas foram usadas em um ótimo filme do Danny Boyle); e o recente “Black Holes & Revelations” (2006, o mais bem-sucedido comercialmente). Como estou tentando expurgar um pouco do desprezo que Marcos Vicente sente por mim ouvindo o primeiro álbum da banda, “Showbiz” (1999), é ele que elogiarei a partir de agora:


As faixas são discretas, mas o vocal lamentoso de Matthew Bellamy sempre nos leva à amargura e à identificação. Por isso, faixas como “Sunburn” (a primeira), “Unintended” (a sétima) e “Sober” (a nona) funcionam tão bem... As demais faixas são muito boas, mas, tal qual acontece com as amizades nos dizeres do Baiano, não se hierarquizam, com exceção da esplêndida faixa 02, “Muscle Museum”, cujo refrão diz, no português aproximado de minha tradução apaixonada:

“Tu podes ver que estou necessitado?
Implorando por muito mais do que tu podes me dar?
Eu não quero que tu me adores
Basta que tu não me ignores quando te agradas"

Falarei muito do Muse e do Marcos Vicente no futuro que se segue…
Espero que esteja bem-humorado nas situações vindouras.
Amo-vos!

“Too long trying to resist it
You’ve just gone and missed it
It's escaped your world”


Wesley PC>

BOLETIM DE NOTÍCIAS GOMORRA – 3ª edição


Havia prometido que, sempre que eu dormisse em Gomorra, escreveria cá um relato das coisas que lá aprendi (porque, afinal de contas, não há um só momento em que eu não aprenda algo de novo em Gomorra!)... Como estou a sofrer por causa das reações iracundas de meu amado Marcos Vicente, esqueci de fazer isto. Tenho que fingir que a vida continua. Segue um resumo dos dois últimos dias, portanto:

- Conforme já publicado aqui, passamos o sábado à noite dançando ao som do tambor de Rafael Coelho, enquanto esperávamos que a energia elétrica voltasse. Às 22h, fui para casa. Ia trabalhar no domingo bem cedo e precisava dormir um pouco, recompor as energias consumidas pela tristeza. Os três Rafaéis que lá ficaram resolveram assistir a alguns filmes de terror que eu havia deixado. Rafael Torres, que sempre vela pelo sono alheio, dormiu cedo. Estava cansado, tadinho...

- Domingo, às 19h, voltei a Gomorra. Liguei para Rafael Torres antes de sair do trabalho e, ao chegarmos em Gomorra, deparamo-nos com Bruno/Danilo, sozinho, vendo um filme alemão sobre a derrocada nazista. Conversamos um tempinho e decidimos buscar o delicioso Baiano em sua casa. Encontramos com ele no caminho. Conversamos um pouco sobre a origem das coisas (tipo: a partir de que momento a massa fecal pode ser chamada efetivamente de cocô?) e depois vimos um ótimo documentário sobre a homofobia nos filmes norte-americanos. Conversamos um pouco mais (eu, por exemplo, tive uma excelente conferência com Rafael Maurício sobre o papel que ele desempenha em minha vida, dado o ressurgimento doentio da obsessão por Marcos Vicente) e depois dormimos, após uma larga sessão fotográfica.

- No dia posterior, acordamos às 10h da manhã, eu, Rafael Torres e Bruno/Danilo (Baiano dormiu no conforto de seu lar imperial). Comemos pão com margarina e o café que fiz e, depois de algum tempo, resolvemos ver um clássico hollywoodiano sobre alcoolismo. Rafael Coelho aceitou a empreitada, depois que lavou suas roupas. Foi bonito! Mais tarde, alguns foram à casa de Charlisson e ao concerto do Olodum na praia. Eu e os dois jovens que acordaram ás 10h da manhã, vimos um faroeste e comemos melancia com leite condensado. Foi bacana viver em grupo (nunca tinha participado de uma sessão culinária tão democrática quanto a que vivenciei nesta segunda-feira!).

Foi lindo!

- Na terça-feira, eu e Rafael Coelho marcamos de ver um musical. Houveram alguns desencontros e terminei levando um filme erótico e feminista canadense. Lucas Ferreira, o Cobra, acompanhou-nos na sessão. Rafael Maurício (que talvez passe a trabalhar no Instituto) chegou na última cena. O céu estava nublado. Tive que ir para casa. Ele também. Despedimo-nos. Eu estava triste quando cheguei. Saí muito satisfeito. Agradeci a Rafael Coelho por ter me feito bem...

E assim segue a vida.
Amo Gomorra cada vez mais!

Wesley PC>

[71 vezes]


Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos
Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos
Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos
Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos
Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos
Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos
Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos, Marcos. Marcos?
Marcos!

Wesley PC>

HOLLYWOOD?


Poderia dizer que não gosto de veterinários carnívoros...
Que me irrita a profusão de filmes de amor...
Que me assombra a ausência de cores num mundo colorido...
E que este dia pode ser meu último!

Por outro lado, só conheço uma veterinária, que é vegetariana.
Acabo de ver um dos mais belos filmes de amor já feitos.
Posso impingir o vermelho ao preto-e-branco falso desta foto...
E posso aproveitar como nunca qualquer dia...

Posso mesmo?
Wesley PC>

PEDINDO PERDÃO!


Nunca morei no Ceará, ainda não enfrentei o tipo de sofrimento climático que a interpretação sofrida de Luzi Gonzaga dispõe sobre esta maravilhosa composição do músico Gordurinha, mas sei que a conotatividade é um recurso válido na dor e na poesia e é dela que me sirvo agora, implorando, suplicando, clamando, “gemendo e chorando num vale de lágrimas”, como diz o ‘Salve-Rainha’ católico. Deus do Céu, de novo isso não!

“Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar

Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há

Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão

Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração

Oh! Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar

Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará”

(“Súplica Cearense”)

Aproveitando a chancela para pedir desculpas aos outros usuários do ‘blog’ pelo uso personalista do mesmo, mas... Sem Marcos eu não raciocino direito! Socooooooooooooooooooooorro!

Wesley PC>

ONOMATOPÉIA DO QUEIXO CAINDO E SE PARTINDO!


Antes de ligar a Internet discada de minha casa, costumo digitar o(s) texto(s) que me aflige(m), antes de publicá-lo(s) no ‘blog’ e ler o que mais foi escrito de interessante por lá... Depois que redigi e publiquei meu libelo pró-sensualidade irrefreada em João Ubaldo Ribeiro é que me deparei com um texto carinhoso dedicado a mim... Carinhoso, que é também o nome daquela música que diz:


“Meu coração, não sei por que
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim

Ah se tu soubesses como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim”



Fiquei chocado, espantado, dopado... Tinha gana de escrever um texto adicional sobre o martírio de São Sebastião, grande ícone homossexual, mas foi tudo pro água abaixo! Tudo por água abaixo! Minha vida toda por água abaixo! E o pior é que o “talzinho” até sabe da sinceridade contida na canção, mas nem mesmo isso resolve, é pena!

Queria ainda, olha só que tolo, escrever o restante do texto acerca de São Sebastião, falar sobre o filem erótico baseado no santo, dirigido por Derek Jarman, me lamentar nas entrelinhas, pedindo perdão por algo que ainda não acho de todo errado, mas... Foi tudo por água abaixo!

Peguei o bonde errado mesmo...
Wesley PC>

QUEM LEU O LIVRO, RECONHECE A PÁGINA!


Desde que eu entrei na Universidade (no ano 2000, para ser exato) que me era recomendada a leitura urgente de “A Casa dos Budas Ditosos”, romance-depoimento que João Ubaldo Ribeiro lançou em 1999, como parte da série “Plenos Pecados”, da editora Objetiva. Na época, eu desdenhava do interesse que o livro causava em meus amigos. Achava que a sensualidade do mesmo era forçada, que só me recomendavam porque não entendiam a contento a minha própria devassidão...

Oito anos se passaram e, depois de várias recomendações confiáveis, resolvi ler o tal livro. Para minha surpresa, estou gostando muito. Não porque o livro seja sensual ou lascivo (apesar de esta ser a intenção principal do mesmo, como diz a instancia narradora, identificada pelas iniciais CLB), mas porque ele me decifra! Decifra o meu modo de pensar e enxergar o mundo e me consola acerca das decepções inevitáveis quando se começa a freqüentar locais de suposta devassidão ostensiva. A personagem fala diretamente para mim, leitor, parece que me conhece. Quando li esta página que escaneei (97), gemi de gozo e prazer mental. Agora sim, o livro é para mim!

O que mais acho interessante no texto – para além do caráter sabiamente dialógico do mesmo – são as reflexões da personagem principal acerca do amor. Afinal de contas, ela é lasciva, mas não impositiva. Se ela tem tantas estórias para contar, é porque sabe o que são sentimentos, se ela se atreve a dizer que “a paixão é apenas a tesão formatada” (p. 153) é porque ela conhece ambas as definições e me ajuda bastante ao dividir comigo tais descobertas...

Gosto quando faz afirmações acerca da bissexualidade inata (se bem aproveitada) de cada indivíduo, gosto quando ela narra o oceano de prazer que ela vivenciou ao lado do irmão Rodolfo, gosto quando imagino a patrona Norma Lúcia fodendo com jegues e cavalos (coisa que CLB ainda não sentiu vontade de fazer, aos 68 anos de idade, mas nem por isso a incomoda: desejo sexual não pode ser forçado), gosto do livro como um todo... Falta apenas um capítulo para que eu encerre a leitura do mesmo e, puxa, está me sendo balsâmico nesta crise “marquiana”, bem como está me ajudando a matar as saudades de Anne Kelly, cujo modo de falar assemelha-se por demais ao da protagonista. É um livro que está me re-curando!

“Não se pode estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo, meu Deus, quanta gente morreu e morre todos os dias pro causa desse dogma babaca, que é tão arraigado que a pessoa, homem e principalmente, mulher, que está ou é apaixonada por dois ou três entra em conflitos cavernosíssimos, se remói de culpa, se acha um degenerado, não confessa o que sente nem às paredes, impõe-se falsíssimos dilemas, se tortura, é uma situação infernal e cancerígena, todo mundo lutando estupidamente para ser quixotes e dulcinéas. É o atraso, o atraso! Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de lembrar, o limite é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses números são arbitrários, tirânicos e opressores”. (p. 151)

Ok, então, concordo.

Wesley PC>

P.O.D.R.e




Os alunos, por disciplinas optativas, pedem
Alguns professores resistem contra a idéia
Os primeiros esforçam-se e não cedem
Transformando tudo isso numa odisséia.

Todos pretendem tomar a melhor decisão
Acreditam que 2% do curso é democracia
Já que pretendem decidir por todos numa reunião
Onde só quem pode votar é a “burguesia”.

Não que os resultados viessem a ser malignos
Mas seria importante que todos fossem ouvidos,
Que tivessem um pouco desse poder
Para, pela primeira vez, sua voz triunfante vencer!

Poucos decidem pelos muitos esquecidos
Muitos respondem pelas decisões dos poucos “capazes”
Todos se sentem desprotegidos
Rebatendo-os com cartazes.

Eu tento fazer poesia
Mas não adianta acalmar meu coração
Três disciplinas não é Utopia
É apenas uma reclamação!

Mesmo que tudo não passe de um esboço
Quero deixar aqui minha indagação
Se a graduação, do professor, precisa de um esforço,
Por que não, transformar isso numa decisão?

Todos ao final teremos que ceder
Para que as partes unam-se para formar isso aqui
Ainda que saibamos das dificuldades que é conviver
Entre todos os que constroem o DHI.

Vamos repensar nossas posições e preconceitos
Não vamos jogar o intento no odre
Todos os projetos precisam de consertos
Vamos todos aprovar o P.O.D.R.e!





(infelizmente nada disso aconteceu...)

Até mais a tod@s


Marquinhos Vicente

Com carinho a WPC...



Eu pego o bonde andando
Você pegou o bonde errado

Sua curiosidade é má
E a ignorância é vizinha da maldade
E só porque eu tenho não pense que é de mim
Que você vai ter e conseguir o que não tem
Só estou aberto a quem sempre foi do bem
E agora estou fechado pra você
Não, não, não venha pra cá, que eu não quero mais saber de você
Não, não, não venha pra cá, que eu não quero mais saber de você
Não, não, não venha pra cá, que eu não quero mais saber de você
Não, não, não venha pra cá, que eu não quero mais saber de você

Não me procura não
Você não vai me achar
Você não consegue entender


Do espírito, Legião Urbana.



Marcão Vicente

HERMENÊUTICA FOTOGRÁFICA


Enquanto Marcos senta-se em frente a um interruptor, com uma expressão ambígua e vestido impecavelmente de branco, Rafael Maurício se levanta, portando uma máquina fotográfica em mãos... Isto é literalmente o que se vê na fotografia e metaforicamente o que se passa em meu cérebro e no que costumam chamar de “meu coração” neste exato momento... Uma confusão, eu sei, mas aceito pagar pelo preço que ela acarreta!

Muitas pessoas que realmente se preocupam comigo costumam me perguntar: “por quem tu realmente és apaixonado, Wesley? Pelo Baiano ou por Marcão?”. A minha resposta é sempre clara, mas nem todos entendem. Digo que, enquanto um deles representa o ideal máximo (e abstrato) do que entendo como “a perfeita imperfeição” (já explicada aqui), o outro se revela como a concretude dolorosa (e perenemente recompensante) de um sentimento mal-resolvido que, (in)felizmente, prescinde de qualquer declaração de similaridade, de reciprocidade ou qualquer coisa do gênero. Nunca precisei (ou nunca tive coragem de esperar, que seja!) de retribuições de afeto para despejar todo o amor que sinto... Por isso, continuo assim...

[Tenho muito mais a explicar sobre o assunto, mas minha garganta está inflamada e estou cansado pois passei ótimas madrugadas em Gomorra neste fim de semana prolongado, mas adianto que voltarei a escrever sobre este assunto largamente mal-resolvido. Enquanto isso, confesso: contemplo agora esta imagem como um dos mais preciosos momentos de metonímia já captados involuntariamente por um ser vivo apaixonado. Estou orgulhoso por minha câmera fotográfica estar tão sintonizada com meus sentimentos!]

Wesley PC>

UM NOME DE HOMEM E A REDENÇÃO QUE O ACOMPANHA


Shane é o nome de um personagem vivido por Alan Ladd num filme homônimo dirigido por George Stevens em 1953. Com este filme, o diretor planeja mostrar como se estruturou a nação norte-americana em que ele residia, de maneira que, estranhamente, o título de seu filme – nada mais nada menos que o nome do personagem principal, endeusado por todas as outras pessoas do roteiro – foi traduzido no Brasil como “Os Brutos Também Amam”. Funciona bem e é sonoro, mas... O que quer dizer? Após a sessão deste clássico cinematográfico em Gomorra, na noite desta segunda-feira, eu, Rafael Torres e Bruno/Danilo fomos unânimes em brincar: “o nome do filme deveria ser ‘Todos Amam o Bruto’” (risos). Tem tudo a ver com a veneração que dedico a Rafael Maurício. Merece um de meus típicos textos de ‘blog’ idólatra, portanto.

No filme, o tal do Shane está atravessando a terra de um fazendeiro que é oprimido por corruptos mercadores de gado. Após alguns desentendimentos iniciais, ele aceita trabalhar para o tal fazendeiro, sendo que, aos poucos, conquista veementemente o amor da esposa e do filho pequeno (e afetado) do referido fazendeiro. Não deu outra: vimos o filme relembrando a minha adjetivação ideal para o baiano mais encantatório de todos os tempos: “perfeito, perfeito!”. O que é legal é que, pouco menos de 24 horas antes, eu expliquei ao moço em pauta o porquê de ele desempenhar um papel tão redentor em minha vida. Ele entendeu e ambos achamos engraçados. Liberei a mim mesmo para tentar resolver o estresse que me ocupa patologicamente desde a última sexta-feira...

O que importa é que, para além de todos os triunfalismo nacionalistas comuns aos filmes clássicos hollywoodianos, “Os Brutos Também Amam” rendeu momentos preciosos de satisfação espectatorial a quem se dispôs a vê-lo em Gomorra. Um novo protótipo de motivação vivencial foi encontrado. Talvez eu ainda mereça sobreviver... Um fac-símile divino do Shane existe em minha vida pessoal... Pena que ele também vá embora no final da sessão, não importa o quanto eu grite e corra pedindo desculpas...

Wesley PC>

“MENINOS E MENINAS” – PARTE II


Usando a mesma música que Marcão Vicentão utiliza, acompanhado pela inversão da fotografia por ele utilizada, eu clamo:

“Me deixa ver como viver é bom
Não é a vida como está, e sim as coisas como são
Você não quis tentar me ajudar
Então, a culpa é de quem? A culpa é de quem?”


(Renato Russo, citado por Wesley PC>)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Meninos e Meninas




Quero me encontrar mais não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão
E dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu
Não sou daqui.

Acho que gosto de São Paulo
E gosto de São João
Gosto de São Francisco
E São Sebastião
E eu gosto de meninas e meninas

Era assim mesmo que eu cantava Meninos e Meninas. Não conseguia cantar, apenas cantar, e alto então... Nem pensar. Eu não lembro bem qual foi o dia, mas sei que foi no 3° ano que eu comecei a cantar, e alto, sem medo de ser feliz, como também não sei por que estou contando isso... Mesmo assim vou continuar. Lembro que eu levava meu som pro banheiro que fica numa casinha nos fundos de minha casa e cantava, sempre músicas da Legião, mas não cantava esta música, não como deveria ser cantada, mas como a própria canção relata e eu confirmava:

Eu canto em português errado
Acho que o imperfeito não participa do passado
Troco as pessoas
Troco os pronomes...

E eu trocava, trocava os meninos por meninas... Mas tomando banho, eu pensei: por que descaracterizar a música? Por que não cantar do jeito que é? Porque me importar com que os outros vão pensar de mim? Achem o que quiserem, o problema é de vocês! Foi ai que eu cantei bem alto, mesmo parecendo, de certa forma, hipocrisia:

Preciso de oxigênio
Preciso ter amigos
Preciso ter dinheiro
Preciso de carinho
Acho que te amava
Agora acho que te odeio
São tudo pequenas coisas
E tudo deve passar
Acho que gosto de São Paulo
E gosto de São João
Gosto de São Francisco
E São Sebastião
E eu gosto de meninos e meninas.


Marcão Vicentão