domingo, 15 de março de 2009

ADIANTAMENTO DE CONSIDERAÇÕES SOBRE O UNIVERSO CULTURAL/COMERCIAL ‘QUEER’

Continuando o assunto, cabe uma advertência: não tenho a pretensão de definir aqui o que seja legitimamente representativo no que diz respeito ao universo citado no título desta postagem, mas sim um compêndio de experiências subjetivas (repito: subjetivas) sobre a angústia existencial relacionada ao fenômeno homoerótico insatisfeito, algo que muito difere dos estereótipos ‘gays’, que, como disse antes, desgosto!

Dando-me o luxo de exercer a subjetividade indicativa, mencionarei dois expoentes ‘pop’ da chantagem sentimental ‘queer’, artistas estes tão ‘pops’ tão ‘pops’, que Rafael Torres achou execrável quando me flagrou a ouvi-los (risos) – mas sempre há o que se aproveitar em suas letras...



CASO 1 - Casey Stratton: dono de uma voz extremamente melódica, que deixa muita soprano no chinelo, Casey Stratton é sinônimo de afetação. Ele anda como se estivesse flutuando, cantarola como se fosse uma ‘prima-dona’ bachiana e chora muito nos interstícios de suas canções. Até então, só conheço três álbuns dele (sendo um duplo), de maneira que gosto bastante de sua estréia com “Standing at the Edge” (2004), que contém a lamentosa “For Reasons Unexplained”; e me contento – ou me lamento, melhor dizendo – com suas lamúrias em “The Crossing” (2007), no qual destaco os gritos chorosos da canção “Sacrifice”:

“Can you just for once
Take care of yourself?
Can you try to handle this?
I am far too tired to hear it one more time
You are your own sacrifice”



CASO 2 – Jay Vaquer: filho da cantora brega Jane Duboc, xodó eventual da MTV e surpreendentemente mais afetado que o Casey Stratton, também conheço três álbuns do Jay Vaquer. Não sei se consigo ouvi-lo adequadamente (risos – ele é “bicha” demais, quase no mau sentido do termo!, mas, em momentos de crise, tem uma canção dele que me atinge: “Pode Agradecer (Relationshit)”, do álbum “Vendo a Mim Mesmo” (2004), que prediz:

“Sufoquei, não deixei você sair sem mim
Vigiei só para garantir,
Infernizei, controlei cada segundo
Liguei só pra verificar

Te cerquei, coloquei escuta, grampeei o telefone
Afastei amigos
Ameacei violência apaguei o seu passado
Odiei não estar lá

Mas amei você...amei você
Mas amei você...yeah, yeah
Mas amei você...amei você
Mas amei você...pode agradecer”


Sei que é bobo, mas é o tipo de coisa que massageia meu ego em momentos de masturbação existencial (risos).

E, só repetindo: as indicações aqui mostradas não prezam necessariamente pela qualidade (não vou cair na besteira de dizer que Casey Stratton e Jay Vaquer são “bons” – risos!), mas, do jeito deles e do meu jeito, eles externam esta afetação inevitável dos moçoilos “ardilosos” que, por mais que tentem ou possuam estratagemas sexuais secundários, não conseguem se sentir satisfeitos no plano namoratório, estando sempre repetindo as mesmas frases, reverenciando as mesmas pessoas (propositalmente “inatingíveis”) e fazendo “tempestades em copos d´água” no que se referem aos marcos dolorosos de suas vidas pessoais repletas de frustrações. Sou assim. Por isso, ainda me dou ao ridículo de ouvir este tipo de coisa (risos) – e de cantar alto de vez em quando também!

Wesley PC>

6 comentários:

jonas Urubu disse...

"eu me joguei num labirinto, deixei de lado o que sinto"...

hauhauhauhuuhua, bicha

Jonath disse...

Como Produtor Cultural...acho que vc foi muito preconceituoso e errado...pois não é pela musica que encontraremos a oreintaçãos exual...até pq se fosse assim todos que gosta, de Legião Urbana e Cazuza são Gays!

M. disse...

Se mata ;]

Anônimo disse...

Antes de falar mal de alguém e de algum trabalho devemos conhecer. Pra termos argumentos (cabiveis) pra questionar.

Qual é sua profissão? Crítico musical? [Mas, hein?]

Quer ofendê-lo, colocar o que realmente acha sobre o Cd, ele... Beleza.
Dizer o que é, o que não é, até quem acompanha seu trabalho, complica, não?

Anônimo disse...

Faça-me o favor... falar assim do Jay Vaquer! Vc por acaso acompanha o trabalho dele? Sabe de sua história?

Preconceito assim não vão te levar a lugar nenhum!

Anônimo disse...

ihh,
Se se sente tão incomodado eh por que se importa de mais,
Para gastar tempo e espaço nu seu blog com alguém que tanto despreza.
Se encontre,
Faça melhor,
E abra a boca só qndo tiver certeza que não vai sair mais merda dela.

/ /