sábado, 31 de janeiro de 2009

DESLOCAMENTO (ato de deslocar-se ou percepção inadaptativa?)


“Dead Man” (1995), recomendadíssimo filme do existencialista Jim Jarmusch, é um filme que se encontrava em minha casa há tempos, mas nunca tinha tido a oportunidade ideal para vê-lo. Agora que meus musos hibernam em Pirambu, pensei que seria uma oportunidade ideal. Não me arrependi. O ideal de saudades do que não se viveu ainda, retratado platonicamente no filme, graças à homonímia do personagem principal com um célebre poeta e pintor do século XVIII, muito me cativou.

Do que se trata este filme, afinal de contas? Simples: Johnny Depp interpreta um escriturário de nome William Blake, que, depois do funeral de seus pais, vai em busca de um emprego noutra cidade, distante de onde vive. Lá chegando, descobre que o emprego já fora ocupado. Vaga em vão, até encontrar uma ex-prostituta que vende rosas de papel caída no chão. Acompanha-a até sua casa, até que ela é assassinada por um homem que jura amá-la eternamente. Ele mata o homem e foge, sendo acolhido por um índio rejeitado por sua tribo em virtude de sua mixagem sanguínea. O índio chama-se Ninguém. A trilha sonora é de Neil Young, cuja guitarra não pára de chorar. Acho que é o suficiente para perceber o quanto o filme, rodado num magnífico preto-e-branco, é brilhante!

A história de minha vida, pela enésima vez, uma jornada belíssima em busca de algo para se acreditar. Canta o índio: “mesmo que tivesses se casado 16 vezes, eu ainda te amaria”. Quem sou eu para dizer o contrário?

Wesley PC>

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

MEDO E ANSIEDADE, À ESPERA DA MÚSICA DEFINITIVA


Planejo ir ao concerto de Nando Reis & os Infernais em Pirambu. Dentre suas canções, espero ansiosamente que ele cante “Dessa Vez”, cuja letra me faz lembrar muito de um filho-da-puta apaixonante. Se ele não o fizer, porém, tenho certeza que divertir-me-ei deveras, visto que ouvi, “só de chapação”, o disco ao vivo gravado pela MTV em 2004 e, puxa, as canções são tão familiares, tão convidativas...

Começa com “O Mundo é Bão, Sebastião”, musiquinha divertida e inócua que, pelo que sei, Nando Reis compôs para seu filho. Segue “A Letra ‘A’”, emocional, que, em minha opinião, ficaria mais tocante se o título fosse “A Letra ‘M’” (risos amargos):

“A gente só não inventa a dor
A gente que enfrenta o mal
Quando a gente fica em frente ao mar
A gente se sente melhor”


A faixa 04, “O Segundo Sol” é um dos momentos altos do disco, mas não deixo de pensar que esta música fica ainda mais bonita na voz da saudosa Cássia Eller:

“Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, você disse
E eu não pude acreditar
Mas você pode ter certeza
De que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação”


Faixa 05, “Mantra (com Hare Krishnas)”. Obra-prima evolutiva, que já foi tema de novela, mas que não pára de mexer comigo. No caminho para casa, nesta sexta-feira á noite, ouvi-a três vezes seguidas e ainda fiquei querendo mais – e olha que a faixa tem 5 minutos e 51 segundos!

“Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá
Para dar amor...


Amor dará e receberá
Do ar, pulmão
Da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão
Do tempo espiral...


Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare “


Seguem-se: “Luz dos Olhos”, outra bela canção que fica mais bonita na voz de Cássia Eller; “Por Onde Andei”, que pergunta-nos: “Por onde andei, enquanto você me procurava? Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?”; “No Recreio”, que acho mediana e crente; “Quase que Dezoito”, idem; e “Não Vou me Adaptar”, clássico do Titãs que tem tudo a ver com aquilo que passamos durante a nossa estada na Universidade:

“Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

(...)

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho


Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Me adaptar!”


De resto, no disco, merecem destaque “Relicário”, a versão terna para “Os Cegos do Castelo” (uma das obras-primas da antiga banda do compositor), e “Do Seu Lado”, publicizada através dos enfadonhos integrantes do grupo mineiro Jota Quest. É um bom álbum, mas nada me impedirá de gritar: “canta ‘Dessa Vez’”!

“É bom se apaixonar, ficar feliz, te ver feliz me faz bem
Foi bom se apaixonar, foi bom, e é bom, e o que será?
Por pensar demais, eu preferi não pensar demais dessa vez..
Foi tão bom e porque será
Eu não vou chorar, você não vai chorar
Ninguém precisa chorar, mas eu só posso te dizer,
Por enquanto, que nessa linda estória os diabos são anjos”


Wesley PC>

TETRAGATO!


Precisa-se dizer mais alguma coisa?

Wesley PC>

“HURT”, canção do Nine Inch Nails, regravada pelo Johnny Cash antes de morrer, lembrada por mim agora, numa tradução livre


“Eu machuquei a mim mesmo hoje
Pra ver se eu ainda sinto algo
Eu me concentro na dor
É a única coisa real...

(...)

E você poderia ter tudo isso
Meu império de sujeira
Eu vou deixar você pra baixo
Eu vou fazer você sofrer”


Vai piorar...
Wesley PC>

QUEM MANDOU EU MEXER COM FOGO?


Já dizia a sabedoria popular de minha infância: “quem brinca com fogo, mija na cama”! Já dizia a psicologia neo-freudiana: a enurese, a tendência a mijar na cama durante o sono, surge como uma metáfora corporal para a inaceitação de algum aspecto sexual básico do indivíduo, quiçá resolvido com a masturbação. Tomei banho sentindo uma tristeza tão grande hoje (e inexplicável) que preferia ter mijado na cama...

Anamnese: comi lasanha com amigos, revi um filme hilário do Woody Allen, gargalhei alto quando derramei pó de café no chão de Gomorra. Onde estará o erro? Onde está o motivo de minha agonia? (“Eu Sei”, nome de uma canção composta pelo Renato Russo)

Revi o inteligentíssimo e ainda subestimado filme “Apocalypto” (2006, de Mel Gibson) na noite de ontem e, para além de toda aquela enxurrada de violência, há um discurso veemente, há um protesto ambíguo contra esta sedução carnal pela dor e pelo instinto, que faz com que nos comprazamos em retirar cabeças de formigas a fim de suturar uma ferida. Nunca fiz isso (e nem posso fazer, em virtude de meu doutrinamento anti-especista), mas senti na pele tal intromissão egóica. Vim trabalhar me sentindo muito mal, portanto. Até fui apresentado a uma canção maravilhosa, que acabou de vez com a possibilidade de uma tarde feliz: “Saturnine”, da banda gótica holandesa The Gathering:

“The day you went away
You had to screw me over
I guess you didn't know
all the stuff you left me with
is way too much to handle
But I guess you don't care”


Diz a vocalista: “enquanto sussurrava estas palavras, eu chorei feito um bebê”. Faço minhas as palavras dela. Ele esteve lá... Para quê?

Wesley PC>

Cine Gomorra - de volta às origens

Na última reunião que tivemos em Gomorra, discutiu-se a possibilidade de mudar o Cine Gomorra para as Sextas-feiras, isso porque o Cine Gomorra tinha se tornado uma desculpa para fazer as festas. A maioria das pessoas vinha não pelo filme, mas para se encontrar com a galera e curtir. Nada contra isso, mas é que não deixa quem precisa dormir.

O acordo que chegamos foi: Cine Gomorra nas Quintas e Festas nas Sextas. Ou seja, dia de quinta é CINE GOMORRA!! Então às Quintas estaremos em Gomorra para ver os filmes, Ok?!!

Quem quizer ficar conversando baixinho tranquilo, tudo bem. Desde que não atrapalhe o filme e o sono da galera.

Coincidência ou não, ontem (29.01.09) tivemos poucas pessoas comparado às últimas semanas. Foi legal porque deu para pedir silencio sem muito trabalho. E porque a maior parte da galera tava afim de ver o filme.

O filme em questão era esse, Barbarela

Não sei se a intenção era ser uma comédia, mas foi muito divertido. A "inocencia" da Barbarela estava impagável.

Conseguiu mesmo prender a atenção da pova.

Mas para variar, como em Gomorra os aparelhos eletrônicos têm vida própria, a TV tah sempre ficando sem som. Vamos ver até quando vai ser assim...


feop

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

FUTILIDADE


Nesta sexta-feira, dia 30, estreará aqui em Sergipe um filme francês de nome “Lírios d’Água” (2007), dirigido por uma tal de Céline Sciamma. Nunca ouvi falar deste filme nem conheço a diretora, mas filmes sobre mocinhas em início de lubricidade costumam ser interessantes... Sem contar que o cinema francês contemporâneo, por mais que não avance muito em termos de linguagem, vem conquistando muito minha atenção no que diz respeito a identificação. Quem conversou comigo nos últimos dias, sabe que esta imagem já é mais do que suficiente para eu me sentir violentamente compelido a ver o tal filme!

Marcos, pour l'amour de Dieu, laissez-moi parler avec toi!

Wesley PC>

UM MOÇO NA PRAIA...


Reprovado voluntariamente em diversas disciplinas, dono de uma voz perenemente em falsete que seduz qualquer um, dotado de um corpo escultural e sublimemente formatado que, se encontra a mínima mácula, essa está unicamente nas cores e formato indistinto dos pêlos que antecipam sua encantatória virilha, divulgador dos gestos inocentes de uma criança que brinca na areia, portador de uma vontade de gritar que às vezes nos assusta e trazendo consigo um mistério constante acerca de suas ações e desejos de inserção no mundo, além de conter um sorriso dilacerante que, quando manifesto, faz tremer boa parte do Universo: eis o suficiente para amar este moço da fotografia, com tudo o de perigoso e não-recomendado que isto implica!

Anônimo (porque coletivo)

PANO DE FUNDO


Nem vou perder tempo imaginando se “Surfacing”(1997), da quase lírica Sarah McLachlan, é um álbum bom ou não, mas, durante o tempo em que minha conexão de Internet apresentou problemas, neste início de madrugada de quinta-feira, eu ouvi os 41 minutos e 39 segundos do disco pelo menos quatro vezes, na íntegra, isto sem contar a quantidade de vezes que repeti a faixa 04, “Adia”. Coisa de menino apaixonado!

“Pois não restou ninguém para que eu aponte meu dedo
Não há ninguém aqui para culpar
Não restou ninguém pra conversar, minha querida
E não há ninguém para comprar nossa inocência
Porque nós nascemos inocentes
Acredite em mim, Adia, ainda somos inocentes
É fácil, todos erramos
Será que isso importa?”


Wesley PC>

O MOTIVO!


Ontem eu encontrei pessoalmente um amigo de Internet e convidei-o para ir ao cinema comigo. Depois, fomos juntos à casa de meu grande amigo Jadson Teles e vimos outro filme. Em dado momento da conversa, ele, que não me conhecia direito, chegou e me disse; “Wesley, é impressionante: parece que tudo em sua vida gira em torno de filmes! Como se tudo o que tu fazes fosse uma desculpa para valorizar o Cinema...”. Ele não sabe o quanto ele estava coberto de razão. O que tem de errado nisso? É melhor do que ficar me desesperando por Marcos Vicente, que nem visto na imagem...

Wesley PC>

MAIS UM FILME PARA ESTA QUINTA-FEIRA!


Acabei de conseguir um filme indispensável nesta sessão de quinta-feira: o irregular porém divertidíssimo “Tudo o que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo, Mas Tinha Medo de Perguntar” (1972), um dos primeiros longas-metragens dirigidos por Woody Allen (o quarto, para ser mais preciso). Além de ser um humor intelectualizado e deveras acessível, o que mais me encanta neste filme é que ele é composto por setes episódios curtos sobre sexo, bastante educativos em minha opinião, de maneira que, quem não estiver gostando (já que, com Woody Allen, é ame-o ou odeie-o!), pode sair à hora que quiser...

Começa com uma história sobre um bobo-da-corte que testa os efeitos de um afrodisíaco na rainha por quem se sente atraído; segue com a trama de um médico que se apaixona por uma ovelha; avança com a saga de um casal italiano para arranjar lugares públicos em que a mulher possa ter orgasmos; depois vem a boba angústia de um sogro que se veste de mulher na casa dos pais do noivo de sua filha; há um interstício sobre um programa sexual que versa sobre perversões erotógenas; vem a hilária trama de um cientista que cria enormes tetas independestes; e, por fim, a obra-prima “O Que Acontece Durante a Ejaculação?”, que, conforme o título explicita, mostra comicamente o que cada órgão do corpo humano faz durante o processo supracitado, desde a ereção até a saída do precioso leite macho, cujo gosto e cheio e cor eu tanto aprecio – tudo sob a ótica de um espermatozóide paranóico (vide foto). É absolutamente genial!

Para além de este último episódio ser perfeito, ele me tranqüilizará deveras se for visto ao lado do “perfeito” Rafael Maurício, visto que, depois que ele pegou aquele pífio dvd pornográfico com Max/“Andréio”, não consigo deixar de imaginá-lo masturbando-se, ejaculando, etc.. A minha sorte é que, da parte dele, não acho isso erótico, mas pernicioso; Minha sorte. Ufa!

Até amanhã a tod@s, portanto!
Wesley PC>

HISTORIADOR COMPARA?


Eu não sei dizer ao certo, mas comunicólogos comparam! (risos)

E, foi nesta comparação que, entre a versão de 1951 e a de 2008 de um mesmo filme, a qualidade decaiu de excelente para sofrível, seja no plano estético, seja no panorama político, seja no aspecto entretenedor mais básico. Lastimosamente, nenhum dos habitantes e/ou visitantes habituais de Gomorra pôde comparecer às sessões, de maneira que o trabalho avaliativo ficou parecendo mais uma atividade “interna” entre eu e alguns amigos íntimos... Mas nada que o tempo não resolva! Exponho aqui a intenção de avaliar conjuntamente os filmes “Guerra dos Mundos” (1953), dirigido por Byron Haskin, e “Guerra dos Mundos” (2005), dirigido por Steven Spielberg, ambos baseados na obra clássica de H. G. Wells. Nestes casos, ambos os filmes são ótimos, mas as perspectivas teoréticas adotadas entre uma e outra produção são radicalmente distintas. Sendo assim, aguardo resposta dos gomorrenses acerca do dia, mês, ano e horário em que podemos pôr esta proposta em prática.

Wesley PC>

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

RECADO VELADO PARA FERREIRINHA E SEU AMIGO...


Prezado e atualmente enfezado ser,

Quantas e quantas coisas a gente aprende brincando, né? Como seria legal que outras pessoas entendessem a nossa tese de que “cada amigo é um amante em potencial”... Dá tanta raiva quando insistem em não ver o que está bem à frente, não é? O óbvio, aquilo que poderia salvar vidas... Mas não, ao invés disso, obrigam-nos a seguir em frente, a passar por cima do essencial...

Pois bem, anteontem vi um filme que me fez lembrar muito de ti. Chama-se “Tempestade de Verão” (2004) e provém da Alemanha, feito por um moço de 27 anos à época, chamado Marco Kreuzpaintner, que sofreu na pele as agruras da rejeição desnecessária. Na foto, dois amigos masturbam-se juntos. Fazem isso há muito tempo, sem crerem que tal atividade conjunta interfere na sexualidade de qualquer um dos dois... Até que um deles se apaixona. A amizade é posta à prova. Mulheres são forçosamente requisitadas como forma de provar aos outros a masculinidade periclitante. Acho que já vimos esta estória antes...

Em breve, pedirei emprestado o reprodutor de Dvix de Rafael Maurício e veremos juntos este filme, eu, tu, o Cobra e sabe-se lá mais quem... Garanto que a tua vontade de desejar “bom dia” para o Sol voltará depois da sessão... Os meninos do filme são lindos!

Beijo grande,
Wesley PC>

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

“HOMENS” (MANU CHAO) – Faixa 15 do álbum “Próxima Estación: Esperanza” (2001)


“Gosto de tudo
Dos morenos, dos mulatos, dos branquinhos, dos loirinhos, dos loirinhos e dos crioulos
Porque só tem que ser homem
Éééé
Tem homem corno, homem baixo, homem gordo, homem grato, safado,careca, cabeludo, viado, ousado
Tem muito, tem muito, tem muito
Tem muito homem
Pois é, Pois é
Tem muito homem, hum
Todo homem que se preza tem que impor respeito
Saber ouvir, falar, escutar, ter dinheiro, celular, ser bom de cama e te respeitar
E se o homem não tiver nenhuma dessas virtudes, saia de perto e tome uma atitude
Porque o verdadeiro homem, ele te ama, te ama, te trata...
Te trata com carinho, com respeito e amor
E vai te dar por toda vida grandes felicidades
Serão felizes
Esse é o homem de verdade
Pois é
Ui”


Se o francês mais legal do Brasil cantar esta música lá na praia de Atalaia e alguma destas duas preciosidades masculinas constantes da fotografia estiver ao meu lado, sentir-me-ei parte do videoclipe da canção (risos)...

Wesley PC>

DE QUE VALE UMA PSEUDOPOESIA CURTA?


Para mim, vale para dizer o que sinto...
Ao homem magno por quem sou desprezado
Serve para provar que não minto
Quando grito que estou apaixonado
Só porque um dia eu toquei em seu pinto
Ele pensa que é tudo capricho de viado
Mas não, não é!
E, como existe quem não gosta de rimas,
Termino esse texto com a palavra sapato.

Wesley PC>

INCREMENTO FEMININO


Foi noticiado hoje que, aos 76 anos de idade, de câncer pulmonar, morreu o escritor John Updike (1932-2009), autor da obra que deu origem ao clássico “As Bruxas de Eastwick” (1987, de George Miller), um dos mais poderosos estudos sobre a condição feminina, disfarçado de filme popular. Coincidentemente, havia comprado por impulso o dvd com este filme na semana passada, a fim de atenuar um ataque de carência que eu vivenciava à época (e que revivencio agora, só para constar – risos)...

Para quem não sabe ainda do que se trata, por não ter visto este filme já reprisado 412 vezes na ‘Sessão da Tarde’ da TV Globo, a trama mostra o cotidiano de três mulheres liberais que vivem na cidade-título. Uma delas é uma solteirona violinista que tem medo do vazio (Susan Sarandon); outra é uma mulher firme e um tanto masculinizada que tem medo de cobras (Cher); e a última é demasiado sensível e entupida de filhos, tendo medo da dor (Michelle Pfeiffer). Por se sentirem solitárias e oprimidas pela hipocrisia da cidadela em que vivem, elas invocam o demônio, a fim de terem um amante, sendo que este se manifesta na forma do vulgar e muito sensual Dick van Dorian (Jack Nicholson, impecável!). O filme parece comédia, mas, para mim, é extremamente dramático e mostra, de uma maneira decisiva, o exato momento em que nossa carência se transforma em força – tudo isso ao som da perfeita trilha musical de John Williams! Ponho-o na bolsa desde já e incluo-o na sessão do Cine-Gomorra desta quinta-feira, ansiando para que Juliana Aguiar e/ou Anne Rodrigues divirta-se e reflita com a audiência do mesmo...

Wesley PC>

PARA FINALIZAR, UM CONVITE:


Para o pessoal que faz História, a proposta talvez seja interessante: amanhã, eu, Rafael Coelho e Anne Rodrigues planejamos uma experiência estético-político-analística pitoresca: às 9h da manhã, em Gomorra, veremos “O Dia em Que a Terra Parou” (1951, de Robert Wise), clássico da ficção científica, no qual um andróide e um extraterrestre vêm à Terra para exigir que os homens parem de poluir o planeta, ameaçando destruir o mesmo se estes assim não o fizerem. Terminada a sessão, almoçaremos e dirigir-nos-emos ao cinema, onde está sendo exibido “O Dia em Que a Terra Parou” (2008, de Scott Derrickson), regravação desnecessária do mesmo filme, em minha opinião. Daí, faremos a pergunta histórica: em 57 anos, o que mudou?

Wesley PC>

PS: se alguém achar o convite muito em cima e quiser transferi-lo para quinta, último dia em que o filme mais recente estará em cartaz no cinema, maravilha! Agora, que fale agora ou cale-se para sempre...!

Disse Oscar Wilde:

“A gente destrói aquilo que mais ama
em campo aberto, ou numa emboscada;
alguns com a leveza do carinho
outros com a dureza da palavra;
os covardes destroem com um beijo
os valentes destroem com a espada.
Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama”


Terei eu como discordar disto?
Wesley PC>

MAIS CINE-GOMORRA DO QUE NUNCA!

Na noite de ontem, numa enérgica porém indispensável reunião em Gomorra, foram consentidas algumas medidas organizacionais que serão transmitidas aos usuários e circunvizinhos da referida sessão na próxima quinta-feira, dia 29 de janeiro. Eu, por tenho, tenho a obrigação de chegar cedo (19h, no máximo), a fim de evitar dispersões. Ainda não me decidi pelas sugestões fílmicas que posso levar para a casa neste dia, mas baterei o pé para que pelo menos dois filmes sejam vistos:

a) “Barbarella” (1968, de Roger Vadim), atendendo a pedidos simultâneos de Lucas “Cobra” Ferreira, que queria ver algo ‘gay’, e Juliana e Anne, que queriam ver algo feminino. Por incrível que pareça, esta obra-prima da breguice resolve ambas as inclinações genéricas, além de , coincidentemente, ser o filme responsável pela minha consideração do aperto de mão como ato sexual. Quem tiver olhos, que veja!

b) Em seguida, “Veludo Azul” (1986), obra-prima bizarra do David Lynch, uma verdadeira estória de amor a qualquer custo, disfarçado de filme de suspense com o intuito de descobrir a quem pertence a orelha encontrada no meio de um matagal.

Basicamente, é isto: daqui para lá, eu arranjo o que pôr na sacola, mas ficaria muito feliz se conseguisse assistir a pelo menos um desses dois clássicos no propalado Cine-Gomorra...

Wesley PC>

INICIAM-SE AGORA MEUS DIAS DE BERTOLEZO!


“Devorava-o, noite e dia, uma implacável amargura, uma surda tristeza de vencido, um desespero impotente, contra tudo e contra todos, por não lhe ter sido possível empolgar o mundo com as suas mãos, hoje inúteis e trêmulas. E, como o seu atual estado de miséria não lhe permitia abrir contra ninguém o bico, desabafava vituperando as idéias da época”.

Esta é a descrição do parasitário Botelho, personagem surgido no capítulo II da obra-prima naturalista “O Cortiço” (1890), de Aluísio Azevedo, o qual comecei a ler esta semana e comecei a descobrir muitos ecos com as depravações e contradições de Gomorra. Recomendo a qualquer um, portanto!

Wesley PC>

OUVIDOS LIGADOS DURANTE O PROCESSO DE ESPIONAGEM/ESPERA


Para além de qualquer tese ideológica contra o programa televisivo “Big Brother Brasil”, o que mais me incomoda nele é que, enquanto legítimo ‘voyeur’, enfureço-me diante da inversão patogênica que o mesmo faz ao permitir que, em momentos específicos, as pessoas legitimem atos de observação minuciosa da vida alheia, quando odeiam isto na via real. Sem contar que um pressuposto básico do voyeurismo é que a pessoa/coisa observada não pode saber que está sendo observado. Cria-se, portanto, uma nova relação depois que se inverte isto!

Depois de passar boa parte da madrugada em claro conversando sobre Marcos (adquiri novamente seu número de celular, que merda!), escutei pela primeira vez o recomendadíssimo álbum “Hot Rats” (1969), do Frank Zappa, cuja capa célebre mostra uma fã aguardando a chegada de seu ídolo no interior de uma piscina esvaziada. Ouvi o álbum, quase todo instrumental – salvo pela canção “Willie, the Pimp”, em que ouvimos grunhidos vocabulares – e gamei na polifonia de 8 minutos e 58 segundos de duração intitulada “Son of Mr. Green Genes”! Da próxima vez que vislumbrar alguém a tomar banho por debaixo da porta, é isto o que quero estar ouvindo...

Wesley PC>

Projeto Verão Cauêra 17 e 18.01.09 pt6

Algumas detalhes que ficaram no caminho.

a) Como ficamos do ladod e fora da casa, para armengar o chuveiro destampamos uma encanação que tinha por lá e a bica virou nosso chuveiro. Como pensamos que a água vinha da rua, não controlamos e fomos desperdiçando. Mas a água vinha da caixa e acabou no primeiro dia (sexta). Os outros dias (sáb e dom) tivemos de tomar banho no vizinho. Uns acharam os vinhos chatos, mas quando eu e Jean fomos lá eles nos trataram super bem.

b) Encontramos um hippie bem pleibas. Ju ofereceu Sapupara e ele recusou: só toma cerveja.

c) Na primeira noite um tiozinho colou na gente. Ele foi se empolgando e pagou montão de cerva pra galera. O tiozinho era 80 total! Pra ele, além de Titãs e Paralamas, ficou faltando Frejat...

d) No sábado, os donos da casa chegaram e estranharam a gente por lá. Fomos conversar com eles e chegamos a um acordo: eles ficaram dentro da casa e nós do lado de fora. Bom pra nós, pior pra eles. Nós já tínhamos acabado com a água, a casa não tinha energia, a poeira estava demais e o calor insuportável. Onde estávamos era bem ventilado e do lado da sombra \o/

e) Como estávamos sem água, no sábado Luisinho pagou R$ 1,00 pra tomar banho. E pior, tinha um menino vigiando, pois o banho era de 1 min õ.O'

f) Quando Marcos e ferrerinha foram pra praia encontraram um cara bem ligeirinho. Ele precisou de apenas três perguntas pra se apresentar:
1. O mar está bonito hoje né?
2. Você tá solteiro?
3. Quer ir lá pra casa?
Como Marcos não aceitou ele foi atrás de outro cara. Levo mais um fora. Rapidamente foi atrás de outro. Pelo visto varreu a praia toda...

g) No show de Cachorro Grande eu não vi, mas me contaram que um cara tava com o pinto duro e pro lado de fora roçando numa guria. O vocalista viu e alertou. O cara tentou fugir, mas foi pego e linxado.

feop

MISSA DE SÉTIMO DIA:



“E no fim do mundo, A última coisa que eu vejo
És tu nunca voltando para casa
Nunca voltando para casa
NUnca voltando para casa, nunca voltando para casa
E todas as coisas que tu nunca me contaste?
E todos os sorrisos que sempre irão me assombrar?
Nunca indo para casa, nunca indo para casa
Eu posso? Eu devo?
E todas as feridas que não vão cicatrizar?
Por todos os fantasmas que nunca vão...”

(“The Ghost of You”, de My Chemical Romance, em tradução livre)

Para Luiz José de Souza Junior (1984-2009)
Ex-vigilante da UFS
Amigo de infância
Pessoa linda, por dentro e por fora
Meu Stanley Kowalski preferido,
Morto!

Wesley PC>

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Projeto Verão Cauêra 17 e 18.01.09 pt5

Depois da queda de Max, a galera começou a relaxar. Na verdade não foi causa de Max, mas pela quebra do Pitu que não nos deixou alternativa senão dormir e relaxar pro show da noite. Pelo menos era o que eu pensava...

Depois que Ju saiu da rede, eu me joguei pra lá e fui descansar. Mas os outros não...
Derrepente a galera entrou numa viagem tronxa (Pitu bad trip) e embarcou na Cachaça da Discórdia. Não sei exatamente como foi, mas derrepente Ju, Madruga e Ferrerinha tinham briago. Até Marcos brigou com alguém, mas não ficou sabendo. õ.O' Peeennse no programa do Ratinho quando estava no auge...

Depois de uns estresse fomos dormir.
Como eu e Madruga bebemos menos, acordamos mais cedo. Além do estresse da tarde, esperar essa pova acordar num dava clima. A gente se arrumou e fomos pro show. Outro motivo foi que estando apenas nós dois a pouca cerva qu podíamos comprar renderia mais. =D

Chegando lá encontramos uma galera bicho-grilo vendendo comida natural. Encontramos também Fábio e depois Paulão, Jéssica e uma galera com el@s.

O show de Capitão Parafina foi muito bom. Melhor seria se eles cantassem mais músicas dele.
Paralamas foi a mesma coisa de Titãs, mas sem ser rídiculo. Mas não faltaram piadas com o Herbert Viana. :P
Cachorro Grande foi o que são pra quem acha o que são. Ok?


No mais, fomos dormir e apesar de termos a intensão de sair cedo pela manhã, a preguiça não deixou. E vejam como tudo na vida tem um propósito (os testemunhas de Jeová passaram em Gomorra e conversaram comigo :P). Por causa de nosso atraso, uns conhecidos de Madruga que estavam na casa vizinha foram ficar com a gente para voltarmos juntos. E pra nossa sorte o casal tinha farofa, biscoito e a massa!! Galera massa, massa, massa!!
A volta foi muito mais tranquila.

Agora é esperar o Projeto Verão Pirambu o/

feop

Porque só se ama errado?

Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

E eu nem sei em que hora dizer
Me da um medo ( que medo )

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

E ate o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Voce me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigoÉ que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

Eu ja nao sei se eu to misturando
Ah, eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

Eu nao sei em que hora dizer
Tenho medo

É, que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Voce chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo

E nessa novela baby eu não quero ser teu amigo
Não
E que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano...

E que eu preciso dizer que te amo
Eu ja não sei se eu tô misturando..
Ah eu perco o sono...
Lembrando em cada riso teu qualquer bobeira...
e nessa novela eu não quero ser teu amigo


Preciso dizer que te amo(Cazuza)



Queria dizer que é muito complicado amar alguém, e depois tentar esquecer esse sentimento tão sublime,por esta pessoa...
Mas como citado no título porque só se ama errado, porque não aprendemos a lidar com os sentimentos de forma madura?
Ofereço esta música para todos meus amigos e principalmente para todo homens que amei,amo e dentro do possível sempre amarei...Com todas as minhas inconstâncias e intempéries sentimentais.

Ferrerinha

O CORINTHIANS NÃO É UM TIME CARIOCA! (risos)


Enquanto estava aqui na Internet, minha mãe estava vendo tv na sala, de maneira que acompanhei de costas a uma notícia sobre uma suposta vitória importante do time brasileiro Corinthians neste fim de semana. Pensei: “puxa, Marcos Vicente deve estar feliz! Que bom!”. Escrevi um texto breve no Fotolog, citando o referido time, mas falei dele como se fosse um time carioca (risos). Bobo que sou! Desgosto de futebol, mas faria de tudo para ainda poder conversar com Marcos um dia, no futuro... Alguns amigos até me dizem: “Wesley, desencana, esquece este menino antes que tu faças mal a ele ou a tu mesmo!”. Eu não consigo, sou desses que amam até o fim... Meu fim, o fim dele, o fim dos tempos, que seja! Mas não estou aqui para ameaçar ninguém não. Estou para comemorar por Marcos (risos): “salve o Corinthians, o campeão dos campeões”...

Wesley PC>

O QUE (ME) SALVA?


No filme israelense de animação “Valsa com Bashir” (2008, de Ari Folman), favorito deste ano ao Oscar de Filme Estrangeiro – já que o italiano homônimo de nossa Comunidade não foi indicado –, há uma cena maravilhosa, na qual um soldado muito inteligente e virgem vomita sem parar na beira de um barco, morto de medo de morrer... Nesta aflição, ele desmaia e sonha justamente com aquilo que mais deseja: o corpo de alguém, os prazeres do sexo, a concretização de seus mais básicos desejos carnais. Numa alucinação tenebrosa, ele imagina a proximidade de uma imensa mulher azulada, linda, que o toma nos braços, deita-o sobre seu corpo nu e mergulha no mar... Neste momento, o barco em que estava o jovem soldado explode. Todos são carbonizados, menos ele. Pergunto, então: nesse contexto, o tesão salva?

Wesley PC>

Projeto Verão Cauêra 17 e 18.01.09 pt.4

Aqui começou penitencia de Max.
O que aconteceu ficou difícil de ser entendido na hora, mas vamos por partes.

1. Nós não prestamos atenção nas vezes que Max bebia Pitu, e perecia tudo normal. E estava. Mas sabe-se lá porque ele tentou pular na rede em cima de mim.
Olhem o tamanho dele, olhem o meu. Quando o vi caindo eu dei uma banda nele e joguei-o pro chão. Antes ele se machucar que eu =D

2. O desestre aconteceu. Não, o desastre não foi Max ter se cortado, foi ele ter caído justamente em cima da garrafa de Pitu e ter quebrado-a. Imperdoável1

3. Estocaram o corte no pé de Max. Recolheram os vidros da garrafa de Pitu.

4. Max apaga e nem vê o pé sangrando. A gente fica perpexlos. Não sei o outros, mas eu só pensava na garrafa de Pitu =D

COMO SE FOSSE MÚSICA DITA “ALTERNATIVA”...


Antes de entrar na Universidade, em 1999, por exemplo, eu idealizava que encontraria lá pessoas antenadas com o que de mais interessante estava acontecendo no mundo das artes. Idealizava bastante. Porém, eu era um cara esquisito, evitava falar com as pessoas, por causa de meu medo de fazer sexo e por causa de meus temores e fervores religiosos. Um dia, resolvi fazer um teste. “Fisgarei algum intelectual hoje!”, pensei, enquanto escrevia a palavra “Almodóvar” (nome de meu cachorro) no quadro e esperava alguma reação. Sentei-me como se não tivesse acontecido nada. Entra um garoto, olha para o quadro e me pergunta: “Foste tu quem escreveste isto? Puxa, que coincidência, Pedro Almodóvar é um de meus diretores favoritos!”. Tornemo-nos amigos de imediato! O nome dele era Bruno Aragão, todos achavam-no muito bonito e parecido com Charlie Brown. Eu o tratava com o máximo respeito e, por este motivo, era uma das únicas pessoas a quem eu apertava a mão sem ser um gesto sexual...

Fui várias vezes á casa deste meu amigo de classe depois disso. Vi com ele filmes de Federico Fellini, Jean-Luc Godard, Krzysztof Kieslowski e muitos outros, mas a especialidade do moço era mesmo música alternativa e, sendo assim, ele me emprestou muitos cds, me mostrou vários videoclipes, me educou no mundo dito “alternativo” da cultura ‘pop’ contemporânea. Numa destas “aulas”, fui apresentado ao grupo de música eletrônica Asian Dub Foundation, formado pro imigrantes paquistaneses que vivem na Inglaterra, antiga colonizadora e opressora deste País. Não gosto muito de vê-los cantando em inglês e o resto do CD não é de todo reconhecível (as músicas parecem-se muito entre si), mas a faixa 02, “Buzzin’” é antológica, o videoclipe frenético é fantástico e tenho muitas, muitas lembranças envolvendo esta canção. Por isso, termino invocando-a nesse texto apologético, enquanto preparo-me para ouvi-la pela 15ª vez esta manhã:

“This here's the miracle of modern creation
Abandon all your first impressions
Come and take part in this conscious session
Look to the past to get inspiration
Move yourselves forward with the dub accelaration”


Wesley PC>

Projeto Verão Cauêra 17 e 18.01.09 pt.3

Quando começamos a brincar de Bicho que Bebe, não deu 30 min e já estávamos baquiad@s.
Luis foi o primeiro a beber! E como quem bebe faz a dose, ele fez e botou topando! Quase metade do copo. Sem pena nenhuma. Azar o dele, quando ele tentou reinicar a brincadeira ele mesmo errou. resultado, bebeu duas topadas seguidas!



Mas a maré de cachaça se voltou para Ju e na primeira lapada já sentiu.

Jean que não é boba, ficou de fora da brincadeira. Ficou olhando, rindo e volta e meia matava a sede com vinho.

Madruga e eu demoramos a beber. Na verdade nem sei se madruga bebeu, sei que depois de Ju a maré de cachaça veio pra mim. Também senti o baque, mas aì a brincadeira já foi ficando devagar porque o Pitu já estava no final e não eram nem 15h ainda. Tínhamos outro Pitu, mas a grana já tinha acabado, ou seja, era preciso guardar um cadin para mais e tarde e outro cadim pro show.


Mas a vida é uma caixinha de surpresas... Nosso amigo Max não quis entrar na brincadeira, ficou bebendo no ritmo dele. mas segundo ele "Pitu num é naaaAAda", "eu bebo um cpo cheio" e realmente bebeu, e foi bebendo...


feop

Projeto Verão Cauêra 17 e 18.01.09 pt.2

Um pouco mais sobre os shows da primeira noite.
Naurêa fez um show relâmpago, o que pra mim foi ótimo, não curto a banda. E mesmo sem curtir já vi shows suficientes para perceber que as piadas já se repetem há uma cara.
Titãs foi uma comédia. Os caras na maior pose de mau, maiores rockeiros cantando O portão de Roberto Carlos. Ficou igualzinho Erasmo Carlos no Rock in Rio de 1985, com as roupas imitando os Heavy from heel e cantando "Gatinha manhosa"... Bizarro foi Paulo Miklos agitando a galera perguntando: vocês são punks? Vocês estão com raiva? Vocês querem Rock'n'roll? Então vamos lá! PROVAS DE AMOR!! Cara, TODO MUNDO estava esperando Polícia e os caras mandam "Provas de amor", pra completar tinha um FromHell666Brutal cantando e chorando de tanta emoção...
Daniela Mercury pode ser resumida num mantra que ferrerinha ficou repetindo de 2 em 2 segundos: a comunidade gay toda está na frente do palco. Parece que isso era o mais importante. Na verdade eu gosto muito de Daniela, queria ouvir seus sucessos dos anos 90 como "A cor dessa cidade" e "Nobre vagabundo", mas ela ter começado o show com duas músicas ufanistas me fez ir pra casa. E de lá dava pra ouvir tudo, então acabei curtindo as canções que queria de longe mesmo.


Por termos ido dormir de madrugada e estarmos numa área bem ventilada, não tivemos de montar as barracas, acabamos usando-as como colchonete. De manhã morgamos, conversamos, remoemos e bebemos muita água de coco!!
Ferrerinha e Marcos, que estavam mais dispotos foram para a praia.

No meio da manhã chegaram Douglas e Jairo (irmão de Chá. Usaram a mesma forma!). Na verdade douglas já estava conosco desde a noite anterior, mas Jairo acho não... Pena foi que eles tiveram de ir embora lá por volta do meio dia. nem almoçaram Pitu com a gente. =D



Como tínhamos cansado de morgar e já estávamos satisfeit@s de água de coco, carne de coco e d sopa, fomos matar nossos outros desejos: fomos comprar cachaça!!
Engraçado foi eu tentando andar de bicicleta e de saia. Toda hora a peste queria voar ¬¬.

Como também comprei um vinho, começamos devagar, relaxando e descontraindo. Mal sabíamos o que nos esperava.



feop

Projeto Verão Cauêra 17 e 18.01.09 pt.1

Bem, próximo final de semana tem projeto verão em Pirambu. Mas enquanto este não chega, vamos falar um pouco do que aconteceu na Cauêra.

Primeiramente, noss@s amigos Madruga, Marcos e Ju foram de bicicleta pra lá. Eles saíram de Aracaju e foram pela balsa. A nossa saída, feop, Luis, Max e Jean, pra Cauêra foi emendada com a festa de Coelho. Isso porque quando acordamos de manhã fomos comprar mais cerveja pra lavar o estômago. =D


Nós saímos umas 15h, mas esquecemos de algo fundamental: não compramos vinho no Rosa! PQP! Fomos de cara até a rodoviária e de lá até Itaporanga. Fomos de ônibus de linha porque tava mais barato que as topics.
Chegando em Itaporanga tivemos de esperar até o busão da Cauêra encher, não demorou muito, mas foi o suficiente para comprarmos uma Catuaba. \o/
Apesar de termos ido sentad@s, a viagem pareceu longa e interminável. E quando chegamos lá já começa os estresse dessa pova sem noção: Luis e Marcos não conseguiam se encontrar, ora Marcos nos mandava ir pra frente do palco e ele não estava lá, ora Ferrerinha izia para ir pra saída e na verdade existiam umas 3 saídas. Eu também não ajudei muito, pois quando Marcos disse pra irmos pra frente ao palco eu sugeri que passeássemos e depois voltássemos pra frente do palco. =D



Depois de nos encontramos fomos até a casa que Marcos tinha conseguido. Inicialmente desdenhamos, eu e Ferrerinha, da tal "invasão" que Marcos disse que havia feito, pois na verdade eles haviam entrado pela porta e se alojado do lado de fora da casa. No outro dia iríamos rever essa idéia quando os donos da casa chegam e fecham com a nossa cara \o/

Bem, havíamos chagad@s lá por valta das 18h, o show estava programado para às 21h. Então ficamos sentad@s conversando e bebendo água de cocô. Madruga e Ju armengaram um fogão dentro do tanque de lavar roupa e fizeram sopa. Alguns foram descansar.


O show não teve muita graça para mim, mas o pessoal tava curtindo.
A graça ficou por conta pelo que Marcos já relatou:
- quando Déda subiu no palco gritamos: João Alves! João Alves!
- quando Titãs entrou no palco gritamos: Nando Reis! Nando Reis!

E por fim, a atenção que Marcos chamou e que a etílica Juliana achou que era com ela.
Reparem na foto abaixo que os dois carinhas NÃO estão olhando para a foto, apenas Ju está. Pra quem será que eles estão olhando?



feop