sábado, 18 de abril de 2009

Lendas e Sonhos IV – Minha Amada Imortal


Termino esta série com um filme extraordinário. Minha Amada Imortal de Bernard Rose. Talvez um filme já bem conhecido de vocês. Relembrando, nele, Beethoven ao morrer deixa um testamento, deixando todos os seus bens a uma “amada imortal” desconhecida junto com algumas cartas. Um de seus amigos investiga então a vida de Beethoven, descobrindo uma nova face do compositor, é uma ficção, mas as cartas existiram.

Pesquisando, achei dois trechos de suas cartas. Aí estão:

Manhã de 6 de Julho

Meu anjo, meu tudo, meu eu... Por que esta profunda tristeza quando é a necessidade quem fala? Pode consistir nosso amor em outra coisa que em sacrifícios, em exigências de tudo e nada? Esqueceu de que você é não é inteiramente minha e de que eu não sou inteiramente seu? Oh, Deus! Contempla a maravilhosa natureza e tranqüiliza seu ânimo na certeza do inevitável. O amor exige tudo e com pleno direito: eu para com você e você para comigo. No entanto, duvida tão facilmente que eu tenho que viver para mim e para você. Se estivéssemos completamente unidos, nem você nem eu estaríamos nos sentindo tão desolados. Minha viagem foi horrível... Alegre-se, você é o meu mais fiel e único tesouro, meu tudo como eu para você. No mais, que aconteça o que tenha que acontecer e deva acontecer; os deuses saberão o que fazer... Tarde de segunda-feira. Você sofre. Ah! Onde estou, também ali está você comigo. Tudo farei para que possamos viver um ao lado do outro. Que vida!!! Assim!!! Sem você... perseguido pela bondade de algumas pessoas, que não quero receber porque não as mereço. Me dói a humildade do homem diante do homem. E quando me acho em sintonia com o Universo, o que sou e quem é aquele a quem chamam o Todo Poderoso? E sem dúvida... aí então aparece de novo o divino do homem. Choro ao pensar que provavelmente não receberá minha primeira carta antes de sábado. Tanto como você me ama, muito mais a amo!... Boa noite! Devo ir dormir. Oh, Deus! Tão perto! Tão longe! Não é nosso amor uma verdadeira morada do céu? E tão sólido como as muralhas do céu?

7 de Julho


Bom dia! Todavia, na cama se multiplicam meus pensamentos em você, minha amada imortal; tão alegres como tristes, esperando ver se o destino quer ouvir-nos. Viver sozinho me é possível, ou inteiramente com você, ou completamente sem você. Quero ir bem longe até que possa voar para os seus braços e sentir-me num lugar que seja só nosso, podendo enviar minha alma ao reino dos espíritos envolta em você. Você concordará comigo, tanto mais conhecendo minha fidelidade, e que nunca nenhuma outra possuirá meu coração; nunca, nunca... Oh, Deus! Por que viver separados, quando se ama assim? Minha vida, o mesmo aqui que em Viena: sentindo-me só, angustiado. Você, amor, me tem feito ao mesmo tempo o ser mais feliz e o mais infeliz. Há muito tempo de que preciso de uma certeza em minha vida. Não seria um definição quanto ao nosso relacionamento? Anjo, acabo de saber que o correio sai todos os dias. E isso me faz pensar que você receberá a carta em seguida. Fique tranqüila. Contemplando com confiança nossa vida alcançaremos nosso objetivo de vivermos juntos. Fique tranqüila, queira-me. Hoje e sempre, quanta ansiedade e quantas lágrimas pensando em você, em você, em você, minha vida, meu tudo! Adeus, queira-me sempre! Não duvide jamais do fiel coração de eu enamorado Ludwig. Eternamente seu, eternamente minha, eternamente nossos.

Bem para terminar esta série, apenas uma consideração: Ela uma lenda, ele um sonho!

Wendell Bigato
[Invasão nº15-D]

Lendas e Sonhos III – Legend


Tenho ouvido as músicas deste album do Bob Marley freneticamente e pegando a deixa do filme I am Legend, na qual as músicas de frases de Bob Marley se fazem presente (“light up the darkness”), eis aqui uma palhinha do rasta. É inegável que Bob foi uma lenda e por isso está aqui nesta série, com a primeira música do Legend: Is this love.

Is This Love

I wanna love you and treat you right
I wanna love you every day and every night
We'll be together with a roof right over our heads
We'll share the shelter of my single bed
We'll share the same room, yeah, oh jah provide the bread

Is this love, is this love, is this love
Is this love that I'm feeling?
Is this love, is this love, is this love
Is this love that I'm feeling?

I wanna know, wanna know, wanna know now
I got to know, got to know, got to know now
I, I, I, I, I, I, I, I, I, I'm willing and able
so I throw my cards on your table

I wanna love you, I wanna love and treat, love and treat you right
I wanna love you every day and every night
We'll be together yeah, with a roof right over our heads
We'll share the shelter yeah, oh yeah, of my single bed
We'll share the same room yeah, oh jah provide the bread

Is this love, is this love, is this love
Is this love that I'm feeling?
Is this love, is this love, is this love
Is this love that I'm feeling?
wo-o-o-oah!

Oh yes I know, yes I know, yes I know now
Oh yes I know, yes I know, yes I know now
I, I, I, I, I, I, I, I, I, I'm willing and able
so I throw my cards on your table

See I wanna love ya, I wanna love and treat ya, love and treat you right
I wanna love you every day and every night
We'll be together with a roof right over our heads
We'll share the shelter of my single bed
We'll share the same room yeah, oh jah provide the bread
We'll share the shelter of my single bed

Wendell Bigato
[Invasão nº15-C]

Lendas e Sonhos II – I am Legend


Hoje assisti este filme novamente. Bem, talvez já seja bem conhecido de vocês. Um filme meio estilo aquelas velhas histórias de zumbis, vírus, apocalipse, etc, baseado no livro “O Último homem na Terra” de Richard Matheson. Mas que traz um sentido a mais por trás disso na minha opinião. O Dr. Neville, interpretado por Will Smith, é um virologista sobrevivendo do vírus K. Passa os seus dias em uma rotina entre arranjar suprimentos, tentar entrar em contato com algum outro ser humano e pesquisar a cura para o vírus K. Embora limitado pelo horário, durante o dia o Dr. Neville é livre para ir e vir, fazer o que quiser. Basicamente dono de uma cidade, pois afinal ele é o único lá (único humano). Bem, mas o sonho dele era encontrar a cura para o tal vírus.

E a seqüência final, essa sim para mim foi muito boa, trancado no seu laboratório com duas pessoas que aparecem devido aos seus contatos (Ana e Ethan), e tendo a porta de vidro atacada pelos infectados. Neville grita desesperado que achou a cura e quer salvá-los. Ele tinha agora a possibilidade de realizar seu sonho, curar os infectados, mas os próprios infectados não queriam.

Nesta hora veio a minha cabeça: Tudo bem Neville, você já tem sonho em mãos, mas já se perguntou se algum deles quer realizá-lo?

Wendell Bigato
[Invasão nº15-B]

Lendas e Sonhos I – Susan Boyle


Começo esta série falando de uma das grandes surpresas do Britain's Got Talent 2009, que se apresentou nesta quarta-feira. Susan Boyle, que teve sua chocante apresentação divulgada no youtube, cantou uma música que na minha opinião traduz o que a gente as dificuldades que ela sofreu, e que nós sonhadores passamos também. A música é “I dreamed a dream” do musical “Os miseráveis”, baseado na obra do escritor francês Victor Hugo, que retrata a história de Jean Valjean e de suas fases entre o acreditar e não acreditar no ser humano.

Só deu pra colocar o link do video de Susan, pois a incorporação foi desativdada. Segue o link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=RUx17kRrttU


Porém para os que no momento não podem ver o video, digo no momento pois gostaria que outra hora o vissem, abaixo segue a letra da música cantada por ela:

I Dreamed a Dream

There was a time when men were kind
When their voices were soft
And their words inviting
There was a time when love was blind
And the world was a song
And the song was exciting
There was a time... then it all went wrong

I dreamed a dream in time gone by
When hopes were high and life worth living,
I dreamed that love would never die
I dreamed that God would be forgiving

Then I was young and unafraid,
When dreams were made and used and wasted
There was no ransom to be paid,
No song unsung, no wine untasted

But the tigers come at night,
With their voices soft as thunder,
As they tear your hope apart
As they turn your dreams to shame

He slept a summer by my side.
He filled my days with endless wonder,
He took my childhood in his stride,
But he was gone when autumn came

And still I dreamed he'd come to me
And we would live the years together,
But there are dreams that cannot be
And there are storms we cannot weather

I had a dream my life would be
So different from this hell I'm living
So different now from what it seemed
Now life has killed the dream I dreamed

Wendell Bigato
[Invasão nº15-A]

TESTE PLEONÁSTICO: QUAL O NOME DO MARAVILHOSO FILME PROSOPOPÉICO QUE ALBERT LAMORISSE DIRIGIU EM 1956?


Digamos que o título seja composto por três palavras (um artigo, um substantivo e um adjetivo), todos no masculino e no singular, referindo-se àquele que parece ser o protagonista do filme, mas que é voluntariamente secundarizado em prol do sentimento que nutre pelo menino interpretado por Pascal Lamorisse, filho do diretor. Seria isso amizade? Seria isso amor? Para François Truffaut, que detestou o filme (ao contrário de mim), isso é criadagem! Será que não se pode combinar tudo?


“Tudo acabado, fiquei tão triste,
Mas não me queixo, ninguém vai me ver chorando...
Eu vou guardar o meu lamento, pra quando eu estiver sozinha”...

(Diana)

Wesley PC>

“I MEGAPHONE”


O título deste álbum, lançado em 1998, é tanto um anagrama do nome de sua intéprete (Imogen Heap) como uma das obras mais originais (e, como é de minha especialidade, sofridas) do universo recôndito da boa ‘dance music’ contemporânea. Estive ouvindo a penúltima faixa desse disco num ônibus, ainda há pouco, e fiquei com dor de ouvido de tanto que eu gostei da música. Prazeres altissonantes costumam ter estes efeitos colaterais em mim! Talvez seja herança de minha infância fanática e católica...


“Minha oração moribunda é selada num grito
Mal-vindo e consciente sonho
Eu sou sua prostituta sem nome
Eu escalo a queda, para começar de novo, começar de novo...
Eu escalo a queda, para começar de novo, começar de novo...
Fúria, arrependimento, amor em vão
E eu me sinto tão inútil”...


Quem me apresentou a esta artista foi um amigo ‘gay’, que trabalha do Departamento de História da UFS e que considera a referida artista uma das mais geniais em voga no bom universo dos guetos musicais. Conclusão: não sou eu quem escolhe as músicas (tristes) que ouço, elas é que me escolhem!

Wesley PC>

O PORQUÊ DE TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NÃO COMEMORAREM ANIVERSÁRIOS (SEGUNDO O QUE ME CONTOU UM ARREMEDO DE NAMORADA)


“Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso, prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse; e ela, instruída previamente por sua mãe, disse: ‘dá-me aqui, num prato, a cabeça de João, o Batista’. E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse. E mandou degolar João no cárcere. E a sua cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe”. (Mateus, 14: 6-11).

A fim de não perpetuar esse tipo de erro, a fim de proteger-se da sedução atrelada aos presentes de aniversário, alguns religiosos evitam comemorar o dia em que nasceram, ao passo em que eu nutro uma relação verdadeiramente fetichista com estas datas, por mais que não deseje presentes materiais, contente-me com a companhia silenciosa das pessoas que amo...

Analisando cuidadosamente a estória bíblica, descobri que Salomé, a filha de Herodias, era apaixonada por João Batista, mas ele a rejeitava, entre outros motivos, por não concordar com o adultério cometido por sua mãe, que consentira em abandonar o marido para ficar com o tetrarca Herodes. Ela, então, coitada, torna-se vítima da malevolência de sua mãe e se arrepende torridamente depois que se depara com a cabeça inerte de seu amado em mãos. E tudo isso porque seduzira um nobre com sua dança...

E é ao falar em dança que aproveito a deixa para comemorar a boa ventura de ter conseguido ver, quase por acidente, uma versão cinematográfica em balé desta saga passional de primeiro calibre, através do talento do diretor espanhol Carlos Saura e do filme cognominado como “Salomé” (2002), exibido nesta noite de sexta-feira na TV Cultura. Ainda estou a me recuperar do efeito do filme, bem como da repercussão dessa história bíblica em minha vida...


Observação: a mãe de Rafael Maurício é Testemunha de Jeová!


Wesley PC>

sexta-feira, 17 de abril de 2009

PERGUNTAS QUE PEDRO ALMODÓVAR ME AJUDA A RESPONDER...


De repente, um moço se vira para mim e pergunta: “Wesley, quando tu envias mensagens para Marcos, tu costumas dizer que o amas ou que vais matá-lo?”. Eu respondi, brincando, mas torcendo para que isto não fosse verdade: “eu costumo dizer que vou matá-lo porque o amo!”. Sorri. Dolorosa verdade!

Futucando os pertences de meu interrogador, deparei-me com um DVD do filme “A Lei do Desejo” (1987, de Pedro Almodóvar), a melhor resposta que eu poderia dar, se pensasse um pouquinho mais, ao que ele tinha me perguntado, a obra-prima de seu diretor, um dos filmes que mais me obsedaram no que diz respeito à similaridade comportamental: sim, era aquilo que eu faria!

Que aspecto tramático do filme eu poderia destacar aqui? A recusa inicial de Antonio (Antonio Banderas) em assumir suas tendências homossexuais, o que o ajudaria prontamente a lidar com sua obsessão sem precedentes pelo cineasta Pablo Quintero (Eusebio Poncela)? A recusa deste último em abdicar de sua vida de excessos em prol de um tipo de amor em que ditar para seu amado quais cartas deseja receber é vista como uma atitude normal? A crescente propensão da garotinha Ada (Manuela Velasco) a solicitar pedidos de ressurreição humana a suas santas católicas favoritas? O desespero privado de Tina (Carmen Maura), quando descobre que as desventuras envolvendo o seu transexualismo lésbico e o abandono incestuoso de seu pai seriam transformados em roteiro no filme mais recente de seu irmão? Todas as respostas ao mesmo tempo? Digamos que a imagem e meus instintos hodiernos falem por mim...

Wesley PC>

COINCIDÊNCIAS PROFÉTICAS DE UM PÓS-ADOLESCENTE MIMADO OU “QUE MERDA! PERDI A APRESENTAÇÃO D’OS LEPRECHAUNS MAIS UMA VEZ!”


Conforme sabido de todos, em madrugadas de Cine-Gomorra tenho contas a prestar com a supressão voluntária de sono. Conclusão: por ter inúmeras pendengas trabalhistas para resolver, abdiquei de mais algumas horas de sono repositivo e passei o dia perambulando entre empresas contratadoras, de maneira que, após ter ouvido o Perfeito pronunciar que “sempre nunca vejo quando a banda de Leno toca”, cochilo ao chegar em casa, às 17h. Havia faltado energia elétrica, de maneira que, se pretendia acordar às 18h para sair correndo de casa e cumprir uma promessa de disponibilização musical feita a Fábio Barros, abro meus olhos numa atitude semelhante a um despertar somente às 20h35’, graças aos auspícios alimentícios de minha mãe. Conclusão: perdi a volta de tio Charlão e do aluno mais fiel de Turismo (no CEFET) aos palcos! Porcaria! E logo hoje que eu pretendia gemer de gozo enquanto intensificava minha voz no coral de “Se Você Fosse Louca por Mim”... Resta-me consolar com um teste fotográfico, na linha de Bruno/Danilo: os pés de quais integrantes da banda são vistos na imagem?

“Eu te chamava pra tomar um sorvete do sabor de maçã que você quiser”...


Wesley PC>

Teste: o que esta foto tem especial?

CONFORME PROMETIDO, DUMAN!


“Eu te aspirei numa respiração
Meu coração ficou aprisionado, meu peito numa gaiola
Nós dois iremos arder no fogo
Uma faísca é suficiente, agora eu estou pronto
Devemos morrer por amor para que o amor seja amor”

(“Herseyi Yak” – “Queime Tudo”)


Nos intervalos do último Cine-Gomorra, executei o álbum “Belki Alisman Lazim” (2002), da banda turca Duman. Rafael Maurício disse que achou a música acima traduzida “bonitinha”, o que me deixou contente, e conhecendo algumas das referências musicais caras a Fábio Barros, talvez ele se interessasse futuramente pela banda. Pelo sim, pelo não, gosto muito deste trio, que mescla elementos pitorescos da cultura ancestral do País em que vivem com fórmulas chorosas caras a bandas melancólicas que proliferam no Reino Unido, por exemplo. Se alguém se interessar pela banda, possuo dois de seus álbuns: o já citado “Belki Alisman Lazim”, de 2002, e o ótimo álbum de estréia deles, “Eski Köprünün Altinda” (1999), e fico feliz em repassar ambos para quem quer que seja...

Vale dizer que conheci esta banda através de um documentário ‘pimba’ (e ruim) de nome “Atravessando a Ponte – O Som de Istambul” (2005), do elogiado cineasta Fatih Akin, que, em mim, não causou muito boa impressão. Mas talvez a culpa seja do histriônico músico Alexander Hacke, anfitrião do filme. Detalhe: o guitarrista da banda, Batuhan Mutlugil (este de vermelho, à esquerda da fotografia) é uma graça!

E, para quem entende turco, a melhor música da banda:

“giderek kanimiz zehir dolmus
yoldan çikan kurda yem olmus
dost dedigin kalbini soymus
halimiz duman aman”


Wesley PC>

Festa de vinho Gelado!! 14.04.09

Gomorra perto de completar um ano, volta às origens. A Festa do Vinho Gelado foi de uma naturalidade quase esquecida.

Chego eu -feop- do trabalho pra ir correndo pra UFS usar a lan house do DALH, mas eis que estão Madruga e Max com um Vinho do Frei gelado. E do Frei gelado desce que é uma delícia...

Dae um vinho virou dois, semana santa foi semana passada, mas milagres ainda acontecem.

E foi então chegaram mais quatro pessoas, Ju e Aline, Aline e JU. = ]
Mais vinho apareceu.

Reuel tb chegou, mas naum lembro com quem.Esse bicho é mó estranho. (1) No primeiro período da UFS e ele jah foi pra biblioteca.(2) Chegou na Gomorra e queria estudar ¬¬

Mas continuamos no vinho gelado.

Dae chegam Luizinho, Joel e Débora, trio ternura = ]

Outros vinhos aparecem.

Jean e Doug tb chegam, apesar de não participarem diretamente da festinha. Eles ficaram só chupando manga (ui excitação!).

Madruga bate um fio rápido e em 2 min aparece Aurélia. Milagres continuam a contecer. Apesar que esse, felizmente, tah ficando manjado uahuahuahha

Eu e Ju começamos uma oficina de enrolar um, usando o trevo e a seda de Reuel.

A coisa foi fluindo de tal forma que a galera chapou geral.

Espontaneísmo é o que há \o/
feop

A GENIALIDADE DA PERVERSÃO


“O Estranho Mundo do Zé do Caixão” (1968, de José Mojica Marins), visto ontem em Gomorra, é um filme dividido em três episódios: no primeiro, ladrões invadem a casa de um fazedor de bonecas e descobrem o que dá o efeito extremamente expressivo dos olhos destes brinquedos; no terceiro, um professor iconoclasta demonstra para alguns espectadores atônitos que os instintos são mais fortes que a razão e que o amor. Entre eles, há um episódio que é uma das mais belas elegias românticas já disfarçadas de filme de terror. Seu nome: “Tara”.

Na primeira cena do episódio, vemos uma mulher maravilhosamente bela se maquiar. Ela é bela, ela é linda, ela com certeza seduz todos a seu redor, inclusive a nós, espectadores. Quando ela está caminhando pela rua, a câmera abandona-a por alguns instantes e focaliza um grupo de mendigos que remexem uma lata de lixo, em busca de comida. Dentre eles, um famélico vendedor de bexigas que se apaixona pela moça. Talvez o certo fosse dizer que ele fica obcecado por ela, dado que não sabe de quem se trata, nunca lhe dirige a palavra, apenas a observa, a contempla interminavelmente, enquanto ela caminha indiferente. E, enquanto ela a observa como se sua vida miserável dependesse disso, ela vive, ela beija um homem que encontra na rua, ela existe. Num dado dia, ela se casa. O mendigo vendedor de balões a observa, choroso, como sempre. Na cerimônia, porém, ela é esfaqueada por uma invejosa. Morre, é enterrada, após um longo velório e um destacado cortejo. Percebendo que todos os familiares da moça foram embora, o mendigo invade a sepultura e profana o corpo morto da jovem, enchendo-a de beijos apaixonados, tocando em seu corpo como se beirasse o contato com a mitológica Pedra Filosofal. Ama-a como se ela estivesse ainda viva, como se algo fizesse sentido para ele. Ama-a, mesmo morta, ama-a de verdade. E o episódio termina...

Não preciso explicar por que gostei tanto deste episódio, suponho, mas aproveito a deixa para defender mais uma vez a genialidade extrema deste gênio metódico que atende pelo nome de José Mojica Marins, largamente subestimado pelos apreciadores de cinema, infelizmente cooptado pela Indústria Cultural, que enxerga em seus maneirismos apenas um apanhado de trejeitos cômicos. Na obstante o filme como um todo ser meritório, é em “Tara” que o diretor atinge o paroxismo de sua obra, trabalhando apenas com imagens e música, com beleza e exasperação, com desejo e morte. Obra-prima, como a vida dolorosa que me deram de presente...

Wesley PC>

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Dando um tempo no brog

Então pessoas, primeiramente fui eu - feop - quem postou a mensagem "saudades da gomorra". Estava com pressa, e dae male-male terminei a frase. cabei que esqueci de assinar.

Bem, aqui to pra justificar a ausência neste blog. Não que isso seja grande coisa, mas tem um fator interessante.

Acontece que estou putamente muito ocupado. Mas falo isso pra ressaltar que nunca faço nada por um único motivo, e esse é um motivo adicional.

O motivo principal é que o ritmo do blog está altamente desmotivante. Essa médias de 10 postagens por dia num flui.
Como não consigo acompanhar os textos grandes e a grande quantidade de textos, acabei me desmotivando a escrever também.

O blog foi criado por Wesley, mas leva o nome da gomorra, e quando digo nome quero dizer que a proposta é que fosse sobre uma extensão da Gomorra. Até que não foge muito disso, mas o grande volume de postagens de Wesley quase faz do blog um espaço pessoal. E acaba diluindo a diversidade que outras pessoas ao postarem contribuem.

O fator interessante que falei antes é que como a Gomorra é um grande espaço de amizades, prefiro não repetir o que considero um erro que muitas/os cometem de não externizar o porque do afastamento de algum lugar ou de algumas/uns amigas/os quando algo de desagradável acontece.
Acho mais legal dizer porque me afastei, me parece mais honesto comigo mesmo e com meus/minhas amigos/as.

abraços a tadas/os que passam por aqui. Nos vemos em Gomorra!
E depois posto aqui e mando pro e-mail umas fotos que tiramos recentemente.
beijos
feop

ETANOL E ISOPROPANOL VENCIDOS PROVOCAM MISÉRIAS EM NOSSAS VIDAS!


Não sou um especialista em Química, mas o conselho é válido, no sentido de que, por mera precaução, inventei de limpar os cabeçotes de meu videocassete, em pleno funcionamento. Utilizei um limpador da marca Newness, mas não percebi que o líquido limpador estava vencido desde junho de 2008. Conclusão: o aparelho agora não está mais funcionando com a presteza de que eu dependo. Pós-conclusão redundante: “de boas intenções, o inferno está cheio”, mas o que seria de nós sem elas?

Wesley PC>

A IRRELEVÂNCIA DAS PRIMEIRAS OU SEGUNDAS INTENÇÕES E A ESPÚRIA “CLASSE TRABALHADORA”


Ontem à noite, estive conversando com Rafael Maurício se era relevante ou não que, ao fazer algo, eu estivesse pondo em voga primeiras ou segundas intenções. Exemplo: ajudei-o a pôr o reprodutor de DVDs para funcionar porque fico feliz quando ele assiste aos filmes que empresto (intenção primária), mas, por outro lado, fiquei feliz em passar aquele tempo a seu lado pois cada minuto próximo deste menino é uma experiência paradisíaca (intenção secundária). Como o aparelho reprodutor de DVDs fica alojado no quarto em que ele dorme, aproveitei a oportunidade para consumir alguns de seus cheiros humanos (intenção terciária), o que me leva a uma intenção quaternária, que é... Acho que já deu para entender o sentindo evolutivo do texto (risos)!

Vem, então, uma pergunta: independente de qual seja a intenção (porventura oculta) em voga durante o favor eletrônico, ela desautoriza a minha ação? Ao invés de responder, parto para um segundo exemplo: “Arroz Amargo” (1948, de Giuseppe de Santis) é o nome de um filme neo-realista “feliz”, cuja intenção primária era denunciar as precárias situações de trabalho das trabalhadoras de arrozais nas planícies da Itália setentrional. Porém, como “cinema é uma arte cara”, o filme precisava arrecadar dinheiro nas bilheterias (intenção secundária ou pré-primária?) e, para tanto, a amostragem repetitiva das pernas descobertas das atrizes era um estratagema válido. Na trama do filme, o conflito entre intenções primárias e secundárias ou inclassificáveis ordinalmente também se dá: a protagonista Francesca (Doris Dowling) tenta se esconder depois que seu namorado (um belo, jovem e traiçoeiro Vittorio Gassman) rouba algumas jóias no hotel em que ela trabalhava. Entra num trem onde as trabalhadoras se deslocarão até os arrozais em que trabalharão (intenção primária), mas, depois de alguns desencontros, ela é admitida como clandestina no arrozal e se torna uma espécie de líder feminina nata (o que passa a ser a nova intenção primária), até que o namorado patife reaparece e acrescenta novos conflitos à trama. O que acontece em seguida é muito importante, mas é melhor ser visto no filme do que lido aqui...

Em dado momento da trama, há um conflito entre trabalhadoras oficialmente contratadas e clandestinas, o que me fez lembrar de alguns pseudo-conflitos de que me fizeram participar enquanto contratado terceirizado numa instituição pública, o que, na época, me pareceu pouco relevante por trazer à tona interesses de caráter estatal, visto que minha relação com o sindicalismo pró-salarial me é amplamente negativa. Fico tão chateado quando vejo alguém ser defendido ou laureado apenas por ser “trabalhador”! O que é um trabalhador? Uma pessoa que exerce uma função salarial, no contexto mais comumente defendido, o que de nada parece valor de caráter. É tão estranho quando vejo algum suspeito criminal defendendo-se das acusações a que fora submetido com o argumento precário de que “é trabalhador”... Estou desempregado agora, mas, quando empregado, não enxergava nada que me impedisse de cometer graves infrações policiais, exceto, é claro minha predisposição ético-moral em não cometê-las. Sendo assim, não creio mais numa defesa abstrata da classe trabalhadora conforme insistem alguns socialistas anacrônicos, ao passo em que não me sinto em nada envergonhado de pautar todas as minhas ações por intenções múltiplas, que, se são comumente reveladas e/ou posteriormente descobertas, é porque sempre faço questão de deixar todas as minhas ações às claras...

Wesley PC>

REPETINDO: EU QUERO SIM! (Mas, quem dera, dependesse só de mim...)


E eu, que usava uma camiseta branca, com gravura de esqueleto nas costas, neste dia, e (não) me escondia por detrás da câmera fotográfica e desejava, desejava, desejava mais e mais e mais... Até parece que foi ontem! Até parece que é hoje! Até parece que é agora! Mesmo que a minha camiseta de agora seja preta, com a gravura de uma teia de aranha na frente...

Wesley PC>

MISTÉRIO PARA MIM...


Não tenho medo de ser ‘pimba’ (proto/pseudo-intelectualóide), fico contente quando os meus amigos de Gomorra estão cantando com fervor as canções deste álbum e curto muito a letra de “Absorva” bem como as variações micro-rítmicas de outras canções (“Cabidela”, “Discurso Burocrático”, “A Missa”, etc.), mas... Por que é que eu não ouço este álbum tanto quanto eu acho que eu deveria?

“Nem parece que foi ontem que o acontecido aconteceu
Nem parece que o esperado, num instante, desapareceu
Nem parece que foi lá, nem me parecia ser um lar
Mas, por favor, não me faça perder meu tempo
A cada hora e a cada momento que eu desperdiço com você
Não sei se, no fim, tudo vai voltar”...


Acho que, como diz o Woody Allen, no início de uma obra-prima, parafraseando o cômico anárquico Groucho Marx, “não quero entrar em nenhum clube que me aceite como sócio”... É mentira, eu quero sim!

Wesley PC>

A FOME QUE NÃO SE COMPARA!


Uma das lembranças mais humilhantes (e reais) de minha infância deu-se numa época em que, desempregada, minha mãe pediu que eu e meu irmão caçula Rômulo fôssemos trocar uma jóia supostamente valiosa que ela possuía por comida, na casa de minha madrinha católica (hoje espírita), que possuía uma boutique doméstica. Ela não aceitou o anel que levávamos em mãos e presenteou-nos com um balaio de comida.

Na época, eu ainda comia carne. O “milagre do frango” que veio atrelado ao Plano Real de Fernando Henrique Cardoso não havia se dado e minha mão esquerda ainda não possuía as cicatrizes históricas que hoje a constituem. O que mais me fazia sentir vergonha era tentar vender ou trocar algo, mas pedir nunca me foi problema. E, enquanto isso, as imagens aterradoras de fome na África que víamos nos aparelhos televisivos das casas de vizinhos mostravam que existem pessoas piores do que nós, que sempre podemos nos flagra vítimas de alguma espécie de egoísmo auto-implicado. Como eu sempre pergunto, imitando as palavras de Renato Russo, “a culpa [maior] é de quem”? Dos meios de comunicação de massa, que transformam a dor dos outros em espetáculo, ou do meu anti-hábito contumaz e não-exclusivo de legitimar tal tendência?

Wesley PC>

...E O TEMPO PASSA...


...E meu cabelo não está mais assim, mas preconceitos empertigados de empregadores parecem não mudar! Por sorte, quando eu trabalhava no DAA, por mais que reclamassem, nunca me impediram de atender às pessoas ostentando esta impressão pós-punk, esta revolta aparente em meu corpo, este descompasso extremo entre teoria e prática (será que eu carrego um coquetel ‘molotov’ ao lado de minha bíblia de bolso?). Podia usar a roupa que quisesse e fazer a patacoada desejada em meu cabelo, desde que minhas unhas imensas não fossem pintadas: “isso pode assustar as pessoas, Wesley!”, diziam-me, em tom admoestador. Na mente de muita gente, travestis são mais perigosos que terroristas! Ah, se eles soubessem...

Wesley PC>

CINE-GOMORRA “MUDANÇA DE VALORES”:


De formas diferentes para cada um de nós, todas as pessoas que freqüentam Gomorra com certa regularidade enfrentam mudanças crassas em seus comportamentos: alguns adoeceram, alguns participaram de processos eleitorais com resultados insatisfatórios, alguns perderam entes queridos, alguns brigaram com cônjuges, alguns foram ameaçados de deserção, etc., etc.. Cada um destes, portanto, está mais do que apto a se identificar com filmes em que algo que uma pessoa considerava ruim (ou vice-versa) passa a ser defendido como bom (ou vice-versa) num contexto seguinte. Exemplo: uma pessoa que considerava o ator de matar um pecado num instante pode muito bem exercê-lo em seguida, ciente de que esta é a única maneira acessível de lutar contra a ditadura militar, para ficar num exemplo imediatista, baseado no extraordinário filme brasileiro “Cabra-Cega” (2005, de Toni Venturi), que planejo exibir na madrugada de hoje.

Antes dele, tenciono convencer os eventuais participantes do evento a se deliciarem psicologicamente também com o clássico norte-americano que é considerado pelos críticos como “a melhor comédia de todos os tempos”, com outro clássico suspense norte-americano em que inocentes e culpados variam de posição durante todo o tempo de projeção do filme e com um terceiro filme em que as fronteiras entre ficção e documentário são propositalmente borradas a fim de causar uma perturbação longeva e reflexiva nas mentes genericamente viciadas de seus espectadores. Os quatro filmes juntos, portanto, formam um discurso favorável à necessidade aplicativa das mudanças personalísticas. Espero que eu mesmo entenda este discurso e tome vergonha (risos) no que diz respeito à permanência longeva de alguns vícios erotógenos... Sem contar que as atualizações perpetradas por Fernanda Porto em relação a clássicos musicais de Chico Buarque e Paulinho da Viola são exemplares!


"Na ditadura, abrir os olhos é mais do que uma brincadeira!"


Wesley PC>

ESTRATAGEMA MULTI-INTERROGATIVO DA OBVIEDADE:


Por que eu estou a ouvir tanto ‘heavy metal’ melódico ultimamente? Por que às vezes parecem que estas bandas parecem demasiadamente iguais umas às outras? Por que fui alvo da extrema coincidência de ouvir o álbum “April Rain” (2009), da banda holandesa Delain, justamente quando chovia? Por que qualquer refrãozinho banal de conteúdo melancólico-apaixonado me deixa largamente pensativo (vide “I can hear its bitter cries. In my veins, it crawls. Underneath my tongue, it hides. I'm in control” nas vozes de Charlotte Wessels e Marco Hietala em “Control the Storm”, faixa 4 do referido álbum)? Por que os torcicolos de meu irmão mais novo e as doações de galináceos mortos para meu cachorro Bogdanovich de Castro são tão importantes para a segurança de minha família? Tantos porquês, tantas respostas prontas que me são negadas...

Wesley PC>

A MAGIA SIMBÓLICA DE MEUS SONHOS (ERÓTICOS):


Será que uma tigela imensa de sopa de repolho com biscoitos ‘cream cracker’ causa hipersonia? Pelo sim, pelo não, foi atestado que, depois desta refeição adicional no princípio da madrugada, dormi nove horas consecutivas, só acordando às 11h de hoje. Antes eu estivera na casa de meu fornecedor regular de sêmen, que havia se banhado antes de minha chegada e, por conseguinte, deixado um bálsamo humano que considero precioso no ralo do quintal. Fiquei um tanto consternado, mas, como estava feliz por causa de um evento anti-patológico anterior, não fui acometido pelo sono ferrenho que me toma quando me deito assombrado por uma frustração recente.

O certo é que tive um sonho erótico atípico: eu e alguns meninos e menina típicos de Gomorra participávamos duma competição masturbatória, em que o sêmen despejado deveria ser esfregado no rosto do competidor ao lado. Em dado momento, porém, eu percebo dentre os competidores alguém que sempre desejei ver nu, mas que nunca me atrevi a imaginar num estado de ereção (salvo quando da coloração propaladamente azulada de sua glande), que dirá de ejaculação! Interrompi a minha participação no “jogo” e contemplei-o, observei-o enquanto utilizava partes de seu próprio corpo para excitar outras, senti-me como um beato tendo êxtase religioso enquanto recita uma prece chorosa diante daquele corpo não-surpreendente (porém indiscriminadamente divino) que se mexia, que sorria, que se demonstrava vivo, que pulsava em meu inconsciente, enquanto meus olhos movimentavam-se rapidamente quando eu estava deitado naquela cama. Não lembro se acompanhei o momento egrégio em que o referido ser derramava a seiva santa de sua hombridade, mas acordei saciado, acordei sentindo-me flutuante, acordei precisando entender o que a palavra “dissuasão” representa no vocabulário típico dos pesquisadores de História. Sem conseguir, consolo-me ao perceber que erotismo e pornografia compartilham de esquemas valorativos radicalmente distintos e, ao tender para o primeiro em detrimento da aparência espetaculosa da segunda, sinto que não fiz nada de errado, que, na pior das hipóteses, imaginar sem programar-me para isso é um direito passional de que ainda disponho...

Observação: mais uma vez, não usei nomes. Será que isto se tornará uma tendência imaginariamente protecionista?

Wesley PC>

SÓ POR CURIOSIDADE, QUEM É ESTE MENINO?


Vasculhando algumas imagens captadas por minha câmera na segunda quinzena de março deste ano, encontrei a fotografia deste menino, que não conheço. Talvez eu saiba que interesses sub-reptícios eu vislumbrava ao captar sua efígie, gostei muito do enquadramento enviesado, admito que o modo como ele segura esta garrafa d’água possa dizer algo sobre suas tendências políticas recém-implantadas e tenho quase certeza de que alguém em Gomorra já comentou algo sobre ele, que, pelas minhas suspeitas, ainda é calouro, visto que ingressou na UFS no período 2009/1. quem é este menino? O que ele faz? Do que ele gosta? Será que ele acredita que pode ser feliz? Será que vai gostar de se ver mostrado aqui? Será que é paciente? Será que gosta de música hebraica? Quem é ele e o que representa para o mundo? Qual sua comida favorita? Qual a cor que ele menos gosta? Quantos idiomas ele sabe falar fluentemente? Já teria ele se apaixonado ou feito alguém se apaixonar por ele? Estará vivo ainda? Aceito qualquer resposta...

Wesley PC>

O FINAL CRÍTICO DO SÉCULO XX, EM MINHA OPINIÃO


Possuo uma lista bem definida de quais são os filmes, preferencialmente realizados em 1999, que, em minha opinião, radiografam brilhantemente a anomia característica do final do século XX. Dentre estes, “A Bruxa de Blair” (1999, de Daniel Myrick & Eduardo Sánchez) figura em destaque, visto que não somente acho-o brilhante, assustador e maquiavelicamente genial, como, enquanto comunicólogo diplomado (sic), sou obrigado a aplaudir de pé toda a campanha publicitária que transformou este marco contemporâneo do cinema de horror num verdadeiro mito urbano, a ponto de sua continuação estapafúrdia conseguir ser interessante, na pior das hipóteses, por ser o único filme da história comercial do cinema em que a trama não é continuada, mas sim o impacto que esta trama absolutamente ficcional desencadeou na mente de jovens ao redor do mundo. E, por achá-lo genial e eternamente oportuno, não acho de mau grado incluí-lo na programação do Cine-Gomorra habitual de quinta-feira. Sendo assim, quem já viu o filme, pode contribuir com pontos de vistas apologéticos ou demeritórios sobre o mesmo, ao passo que, quem ainda não viu, vai poder descobrir, da maneira mais inesperada possível, o que são estes gravetos mostrados na imagem. Boa sorte, em ambos os casos!

Wesley PC>

quarta-feira, 15 de abril de 2009

“FROM HER TO ETERNITY” (1984), ÁLBUM DE ESTRÉIA DE NICK CAVE AND THE BAD SEEDS:


Não vou desperdiçar o tempo de eventuais leitores repetindo que sou fã dos australianos do Nick Cave and The Bad Seeds, nem vou me preocupar em transcrever a letra da extraordinária faixa-título, evocada ‘in loco’ num precioso filme alemão oitentista. Ao invés disso, vou gritar bastante por finalmente dispor desta obra-prima experimental e sofrida em minha casa e suplicar: ouçam este álbum! Ouçam-no! Ouçam-no! Ouçam-no!

Wesley PC>

EU GOSTO DE PELO MENOS 2/3 DO SORVETE NAPOLITANO...


Ou: qual é a melhor cura para a dor de cabeça?

Ou: termos como “machista” e “feminista” cabem num filme como “Kids” (1995, do Larry Clark)?

Ou: eu achava o Leo Fitzpatrick bonito quando adolescente (e ainda acho!)...

Ou: meu vizinho está deitado no colo de uma menina chamada Jéssica Bueno...

Ou: estresse faz mal para seres humanos obrigados a trabalhar...

Ou: será que o Morrissey esta fazendo sexo neste momento?

Ou: qual o primeiro número primo depois de 3.000.000?

Wesley PC>

Saudades da Gomorra

Opa, não que eu tenha me afastado de Gomorra, mas fazia tempo que não tinham festas legais.

Essas fotos são de alguma festa que teve na UFS e terminou na Gomorra.

Infelizmente a falta de colchonete não está sendo um incentivo às compras.

“O VAGABUNDO DA CIDADE” (1966) Direção: Rainer Werner Fassbinder.


“ - Posso usar o teu banheiro?
- Para quê?
- Para me suicidar!”


É um curta-metragem, em que pouca coisa acontece (de supostamente efetivo), mas muito é dito. Genial, genial! Um homem perambula, encontra um revólver, tenta jogar fora, devolvem-no, quer usar um banheiro, não consegue, roubam-lhe a arma... Genial, genial! A história da minha vida, em alguns dias, se as coisas continuarem como estão...

“Na Europa, tudo é grande, muito grande/ e no Japão, tudo é pequeno, muito pequeno”...


Wesley PC>

“FAÇAMOS O AMOR E NÃO A GUERRA!”


Harold Russell (1914-2002) no era ator. Era mais um daqueles jovens americanos típicos que alistaram para participar da II Guerra Mundial. Lá perdeu as suas duas mãos, mas não seu fervor patriótico, até que foi recrutado para o elenco do genial filme “Os Melhores Anos de Nossas Vidas” (1946, do mestre William Wyler), no qual interpreta justamente o que ele era na vida real: um maneta simpático e desenvolto, do qual ninguém precisava sentir pena, ao contrário do que ele pensava, atemorizado. As pessoas amavam-no pelo que ele era e não por aquilo que ele havia se tornado após a guerra, um deficiente, um incapacitado parcial, um produto descartável da constituição representativa. No filme, ele se casa, após uma luta árdua contra seus próprios preconceitos defensivos. Na vida real, ganhou 2 prêmios Oscar: um por seu desempenho como ator coadjuvante, outro honorário pela bravura demonstrada no enfrentamento de seu trauma. Fica o exemplo?

Wesley PC>

FAZER O QUE, ALÉM DE ESPERAR?


“Samba Lelê tá doente,
Tá com a cabeça quebrada.
Samba Lelê precisava
É de umas boas lambadas.
Samba, samba, samba, ô Lelê!
Samba, samba, samba, ô Lalá!”


Até 2008, eu odiava violão. Como eu detestava as canções do Legião Urbana, comumente executadas nesse instrumento, chegava a ter fobia de violão. Evitava ficar perto de pessoas festivas dispostas a ficar horas e horas executando melodias neste precioso e acessível instrumento musical. Hoje, as coisas mudaram. Não me imagino vivendo mais sem as apaziguadoras canções do grupo brasiliense, de maneira que me sinto até disposto a aprender a tocar violão (se ainda me for possível, aos 28 anos de idade), de maneira que eu possa executar uma serenata no aniversário de um moço iracundo, em agosto. Enquanto o referido mês não chega, lamento a sujeição de outro pré-aniversariante a manifestações viróticas da tosse (que sempre considerei algo muito erótico), mas, como possuo uma mãe hipocondríaca, que ao menor movimento mais lento de mãos, cria que seus filhos estavam doentes, aprendi a ter o senso de humor muito aprimorado em situações endêmicas. Por isso, acordei com esta música folclórica na cabeça – e é dela que me sirvo para torcer para que o Perfeito se recupere de seu mal-estar hodierno: fica bem, menino que aniversaria no “dia do padre” (4 de agosto)!

“Ó moreno bonito,
Como é que se namora?
Põe o lencinho no bolso,
Deixa a pontinha de fora”


Wesley PC>

"A CULPA É DE QUEM?" (CAPÍTULO 1.399.278 e contando!)


Não desejo o mal a quem me quer mal...
Não me deseja o bem quem eu quero bem...
Mas é tudo irrelevante: eu desejo!
E, como diriam os estudantes franceses em maio de 1968:
“Considero meu desejo uma realidade, pois acredito na realidade do meu desejo”


E, enquanto isso, o mundo gira, judeus sofrem agressões tardias, árabes matam, católicos matam, evangélicos matam, ateus matam, mortos matam...

Prometi a mim mesmo, pela 1.399.278ª vez que não falaria mais sobre este menino, que não escreveria sobre ele, que não pensaria nele, que não o culparia por nada do que eu insisto em fazer a mim mesmo, mas, sempre que o vejo, mesmo distante, mesmo de cara fechada, mesmo com o animo negativamente exaltado, tudo vai por água abaixo, no sentido mais literal do termo. E, por mais que ele não acredite, por mais que seja irrelevante, por mais que seja até irritante, estou sentido por ele. Por mais que eu não concorde com o que vi naquele debate, por mais que eu seja contrário ao tipo de proposta que ele desejava implantar, era um desejo dele, eu respeitava e torcia para que desse certo... Não foi desta vez, mas, como disse antes (e disseram muitos outros antes de mim), o mundo dá muitas voltas, os judeus sofrem agressões tardias e matam, bem como também matam os árabes, católicos, evangélicos, ateus, mortos, estudantes de História, pessoas, acima de tudo!

Wesley PC>

É FÁCIL SER ABSTRATO?


Eu respondo que não, muito pelo contrário. A dor de cabeça que eu sentia quando saía de minhas aulas de Cálculo Numérico eram a prova viva disto: aquela recusa imediata em voltar para o mundo comum,os padrões inconscientes e/ou espontâneos que precisamos buscar, a difícil coerência em obras que quase nunca são bem compreendidas, a prévia inaceitação ou rejeição, a tendência modista da contemporaneidade... Tudo isto faz com que seja mais difícil que uma artista como Tomie Ohtake e suas obras sem título sejam devidamente valorizadas. Mas, “por pior que sejamos, sempre vai ter alguém que nos aceite como somos”: assim me disse uma vidente, ao ler minha mãe e dizer que morrerei solitário... Assim dizem os personagens nos finais de telenovelas... Assim eu repetia para mim mesmo quando ¾ de minha boca eram compostos por dentes cariados... Assim eu penso sempre que me sinto feliz quando como uma maçã...

Viva a concretude!

Wesley PC>

PIONEIRA FEMINISTA NA POLÍTICA ASIÁTICA


Ler Eric Hobsbawm proporciona-me surpresas cada vez mais recompensantes! Enquanto esperava um amigo meu, na biblioteca da UFS, lia suas observações sobre as principais transformações no mundo após a II Guerra Mundial e descobri a existência de uma mulher chamada Sirimavo Bandaranaike, a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra no mundo, abrindo espaço para muitas outras mulheres que quiseram ingressar para a política partidária. A façanha desta mulher, que muito deve interessar a Juliana Aguiar, deu-se em 1966, no Sri Lanka e, por mais que eu tentasse, não consegui encontrar fotos da primeira-ministra na Internet. Vai esta gravura mesmo, ao passo que adianto que ela morreu em 2000, aos 84 anos de idade, de ataque cardíaco, quando exercia o seu terceiro mandato político. Acho que, daqui por diante, preciso prestar mais atenção na História do Sri lanka!

Wesley PC>

terça-feira, 14 de abril de 2009

PRO CASO DE UM FUTURO CINE-GOMORRA...


Nada como um pretexto expiatório: juro que é coincidência, juro que sempre quis ver este filme, juro que sei que pode não ser bom, mas juro que também pode ser muito divertido! E aí, “O Corintiano” (1966), do Mílton Amaral, com o homossexual promíscuo e machista Amácio Mazzaropi (1912-1981) no elenco, rola?

Wesley PC>

PERSONAGEM ZOOLÓGICO DO DIA: O OXIÚRO


De nome científico Enterobius vermicularis, o oxiúro é um nematelminto que costuma ser detectado por seus hospedeiros após recorrentes coceiras na região anal. Eu, particularmente, fui vitimado por este ser vivo minúsculo durante toda a minha adolescência e, como tinha restrições severas a praticar sexo anal em minha vida, nunca me preocupou de todo que meu cu fosse cercado por estes animaizinhos. Aliás, apesar de sempre ler nos livros que a infecção dos mesmos causava uma comichão, nunca senti a tal coceira. Cheguei a desejar por algum tempo, mas fui obrigado a me contentar com os jorros de animaizinhos esbranquiçados e rápidos sempre que eu eliminava minhas fezes. Passava diversos minutos contemplando aqueles seres desesperados e famintos, que logo seriam despejados para longe, graças à descarga d’água que costuma acompanhar as visitas aos vasos sanitários domésticos.

Não sei como foi que me livrei dos tais oxiúros, mas a quantidade de caroços de mamão a que tive que me submeter, ciente na crença de minha mãe para-botânica de que isto era suficientemente curativo jamais será esquecida. Se um dia eu morrer de apendicite, aqueles milhares de caroços de mamão adquiridos terão sido a causa!

PS: a região anal da fotografia não é a minha!

Wesley PC>

UMA ESTÓRIA DE REDENÇÃO:


Depois de ser paparicada como a cineasta (não por acaso, genial) do Nazismo, Leni Riefenstahl (1902-2003) terminou seus dias como observadora dos costumes tribais africanos e, se não tivesse morrido, seria uma forte concorrente aos planos da enfermeira Aline Aguiar, aos quais eu prontamente adiro, de realizar uma pós-graduação masturbatória no “continente negro”. E aí, alguém mais se habilita a aplicar em países como Zâmbia e Guiné-Bissau o que aprendemos recentemente sobre o Sistema Público de Saúde Reprodutiva Chinês? E, por falar nisso, tendo sido uma fiel difusora da religiosidade alemã em vida, para onde iria esta deusa do cinema depois que fosse submetida a um hipotético Juízo Final?

Wesley PC>

A FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA E MINHA IMPOTÊNCIA FRENTE À DISTÂNCIA DA BEATITUDE


Desde pequeno, quando um prematuro viciado em audiovisibilidade, que sou tentado a crer que sou incapaz de mover-me adequadamente num mundo sem energia elétrica. Quando abria os olhos depois de algum período de sono e percebia que os aparelhos elétricos de minha casa eram impossibilitados de serem externamente alimentados, recusava-me a levantar-me. Hoje, eu cresci (para o melhor e para o pior) e, por mais que não creia mais nesta superstição, acabo de vivenciar mais de 2 horas de falta de energia elétrica e, puxa, que agonia, que sensação de descoberta!

Incapaz de ligar o computador (por mero capricho, visto que meu aparelho é alimentado por bateria recarregável) ou de ver qualquer filme, restou-me enviar mensagens telefônicas a longa distância (previsivelmente não-respondidas) e pesquisar sobre o cotidiano político de países asiáticos como Omã e Bangladesh. Descobri que a capital do primeiro país se chama Mascate, que o gentílico do segundo país é bengali e que “Garoto de Aluguel”, do Zé Ramalho, é uma das músicas brasileiras que mais me fazem querer chorar (“Quero um pagamento para me deitar e junto com você estrangular meu riso. Dê-me seu amor, que dele não preciso”!)...

Daí o tempo passa, a energia elétrica volta e eu percebo que o sono é também forca geratriz da beleza, da mesma forma que o dinheiro em algumas canções do Caetano Veloso. Minha mãe me dá comida na boca, enquanto se preocupa com a depressão imobilizante de meu irmão caçula. Motocicletas de consumidores contumazes de drogas vendáveis param em frente a minha casa. Propagandas de álbuns do Simply Red (banda que me é completamente irrelevante) são anunciadas na TV. Eu envelheço enquanto escrevo isto, mas esta expressão egrégia de prazer captada na foto permanecerá eterna. Eis o que me consola!


“Nada me preocupa de um marginal”...


Oh!

Wesley PC>

“A IGNORÂNCIA É UMA BÊNÇÃO!”


E foi num filme mudo que ouvi esta frase pela primeira vez. Não somente ouvi, como ela veio-me num grito, numa frase maiúscula, numa imagem potente: uma casa à beira do abismo, em que seus habitantes moviam-se e viviam alheios à desgraça iminente. Conhecendo-se a adesão poética do cineasta, roteirista, ator e ser humano Charlie Chaplin aos direitos dos vagabundos, dos oprimidos, dos seres que amam e são rejeitados em noites de Ano Novo, não é difícil asseverar o quanto ele tem razão, por mais que eu discorde veementemente disso, por mais que eu me recuse a acreditar, por mais que eu saiba que, se fosse um Adão ou uma Eva, comeria sem reservas “o fruto do Bem e do Mal”, que me fora negado na Árvore do Conhecimento contida no Jardim do Éden. Resta-me, portanto, recomendar este filme mudo que grita: vejam “Em Busca do Ouro” (1925) e (re)descubram o quanto é bom e doloroso saber...!

Wesley PC>

“EMPEROR TOMATO KETCHUP” (1996), DO STEREOLAB


Disco capital da música eletrônica contemporânea (se é que, dado o fluxo avassalador de informações na atualidade, um disco lançado no meio da década de 1990 ainda mereça este título), este álbum do grupo francês Stereolab. Teria sido a vocalista Laetitia Sadier influenciada pelo filme homônimo do Shuji Terayama? Aquelas seqüências desconexas de 3 ou 4 palavras (algo entre os torpedos e a loucura) repetidas por quase 8 minutos teriam sentido? O álbum sobreviveria se fosse lançado no século XXI? Sabendo-se que algumas das letras do grupo beiram o anarquismo surrealista/situacionista anti-bélico, devemos entender a crítica de “Anonymous Collective” (“tu e eu somos igualmente moldados por coisas além do nosso conhecimento”) como sendo profética? Prefiro esperar um comentário possivelmente apologético do especialista Wendell Bigato para me acalmar...

Wesley PC>

AMOSTRAGEM EXPERIMENTAL DE UMA DITADURA DO ANARQUISMO


Sendo intermitentemente perturbado pela memória falada de um membro da platéia do debate entre chapas estudantis concorrentes que presenciei na noite de ontem (mais precisamente, quando alguém falou que “ao contrário do que os remanescentes do antigo DALH pensam, não se pode implantar a democracia a pulso”), revi, hoje pela manhã, o clássico experimental “Imperador Tomate Ketchup” (1971, de Shuji Terayama), em que crianças oprimem adultos e implantam um regime de muito sexo e violência, inicialmente reivindicativa e posteriormente gratuita em sua rebeldia impositiva. Nalgumas cenas (vide foto), meninas são espancadas pelo mero prazer de deleitarem os militares pueris que aguardam do lado de fora; noutra cena, um garotinho de mais ou menos 10 anos é violentamente seviciado por uma prostituta bem mais velha, numa cena radicalmente explícita, em que a criança vitimada precisa proteger com toda a cautela possível seu ainda pequeno pênis. Noutra seqüência, dois soldados adolescentes gastam minutos a fio num jogo crescente de “pedra, papel, tesoura”, machucando-se reciprocamente com todos os objetos que encontram disponíveis, desde tijolos e pneus até cordas e pedaços de ferro. Tudo assim, sem qualquer explicação ou motivo.

Numa das primeiras seqüências do filme, percebemos uma criança folheando uma enciclopédia. Este risca com um X as imagens de Mão Tsé-Tung, Marlene Dietrich, Benjamin Franklin, Napoleão Bonaparte e diversos outros políticos célebres e/ou astros e estrelas do entretenimento. Dali por diante, esta criança será o poder, dali por diante, ele será o imperador do título, mostrado com um bigode falso ao final, depois de passar por inúmeras experiências de forte sexualização. O filme foi obviamente proibido no Japão no mundo e abriu espaço para diversas gerações de artistas experimentais, que abordaram realidades políticas contraditórias por vias simbólicas muito difíceis de serem compreendidas ou entendidas, apenas rechaçadas, o que nos leva de volta àquele dilema básico: faz sentido se pensar em revolução quando não pensamos na substituição pretendida do sistema que acaba de ser derrubado? Eu tenho a minha resposta, mas esta ainda está em progresso e talvez só faça sentido quando aplicada em nível individual. Sou um filho do pós-pós-modernismo, representatividade eleitoral democrática definitivamente não é comigo!

Wesley PC>