quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cine Gomorra Hoje 11-04-09

ATUALIZAÇÃO!!! 20:17h

Nenhum dos dois filmes será passado no CIne Gomorra. Fui agora na UFS e os dois estão emprestados e nenhum em nome de algum/a Gomorrense.

Fica pra pŕoxima..
feop

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Achei esse filme na Bicen!!!

Fiquei de cara e pedi pra coelhito para pegar emprestado hoje de manhã. Pra quem não sabe como é, dia de sexta e perto de feriadão a galera corre para pegar emprestado. Principalmente porque só pode ficar um dia e aê é fogo...
Por mimnha vez, quando chegar na UFS lá pelas 20h, vou atras do filme Revolução dos BIchos, que pretendo apresentar para as/os alunas/os.
feop

quarta-feira, 29 de abril de 2009

PARA QUEM JÁ SENTIU SAUDADES [E (NÃO) SABE DE QUEM É A CULPA]...


“Rocky Horror Picture Show” (1975, de Jim Sharman) foi exibido no primeiro Cine-Gomorra de que participei. Na trama, um cientista transexual constrói um Apolo loiro para usos pessoais, mas a visita inesperada de um casal em férias instaura problemas e questionamentos acerca da implantação do sexo/amor livre no mundo em que vivemos. As conseqüências podem (e geralmente são) trágicas para quem insiste...


“Conceda a si mesmo o prazer absoluto
Navegue nos mares aquecidos dos pecados da carne
Pesadelos eróticos acima de qualquer medida
E sonhos matinais para guardar para sempre
Tu consegues vislumbrar?
Então, não sonhe. SEJA!”

Este é o mote central da fabulosa e amargurada canção “Don’t Dream It. Be!”, executada no momento mais sagaz do filme, quando se demonstra que aqueles que mais apregoam as virtudes da liberdade erotógena são os primeiros a naufragarem na auto-condenação e no moralismo tardio. É pena, mas, como diz o senso comum, eu já vi muito este filme e, não importa o quanto eu perceba que é real, detesto o final”...

Acho que repetirei a sessão deste magnífico musical em Gomorra muito em breve. Estamos precisando nos lembrar...!

Wesley PC>

NICK CAVE AND THE BAD SEEDS: É PARA OUVIR E GRITAR!


“Now I'm at the hairdressers
People watch me as they move past
A guy wearing plastic antlers
Presses his bum against the glass
Now I'm down on my hands and knees
And it's so fucking hot!
Someone cries, ‘What are you looking for?’
I scream, ‘The plot, the plot!’”

Enquanto o eu-lírico da canção explica como estraçalhou (literal e simbolicamente seus familiares), eu faço coro no refrão e grito: “Oh Lord, how have I offended thee? Wrap your tender arms ‘round me, Oh Lord! Oh, my Lord”. Ao contrário de alguns amigos sensatos, não consigo deixar de crer em Deus. Por outro lado, tal crença não me faz nem depositar sobre ele meus problemas, nem tampouco crer que esta entidade amada e misteriosa irá resolvê-los. Enxergo Deus (meu estranho conceito de Deus) como sendo um observador, uma materialização perene de urdiduras de vida, que ardem na Terra, clamando por Ele...

“Be mindful of the prayers you send
Pray hard but pray with care
For the tears that you are crying now
Are just your answered prayers
The ladders of life that we scale merrily
Move mysteriously around
So that when you think you're climbing up, man
In fact you're climbing down
Into the hollows of glamour, where with spikes and hammer
With telescopic camera, they chose to turn the screw
Oh I hate them, Ma! Oh I hate them, Pa!
Oh I hate them all for what they went and done to you”

Talvez eu devesse traduzir a canção? Talvez não. Ao invés, sugiro que a ouçam, sintam-na, revivam-na, torçam para que o mesmo não aconteça consigo. Trata-se da faixa 7 do extraordinário álbum “No More Shall We Part” (1998), quiçá um dos mais fatalistas qual não é?) da soberba banda australiana Nick Cave and the Bad Seeds, mostrada em todo o seu esplendor taciturno na foto. São eles que eu escuto compulsivamente nos últimos dias... São eles que, ao me fazerem gritar, talvez me impeçam de (me) matar!

Wesley PC>

ARTOCARPUS HETEROPHYLLUS


Quando eu era pequeno e perguntava aos vizinhos quais eram as frutas que eles mais gostavam, jaca, goiaba e manga eram as respostas campeãs. Muitas e muitas vezes, inclusive, as três frutas eram citadas pelas mesmas pessoas, como se fossem uma só, uma combinação jaca-goiaba-manga.

Dessas três frutas, atualizando a minha pesquisa para hoje, goiaba é a que menos aprecio. Jaca e Manga, porém, fazem milagres para pessoas dependentes de glicose que nem eu, que nem sempre podem se saciar com a frutose contida no esperma alheio. Pois bem, ontem eu comi jaca – e foi bom!

Sou um dos poucos admiradores ferrenhos da jaca mole. Lembro que, lá em casa, quando compravam jaca mole, eu me acabava sozinho naqueles bagos. A jaca que eu comi ontem era dura e doce e impregnada com cheiro de pimenta, mas uma das melhores experiências frugívoras que já vivenciei em toda a minha vida!

Portanto, formulo aqui um conselho: estão tristes? Corram atrás de jaca! Não sabe onde encontrar? Carreguem o celular e telefonem prum “moreno alto, bonito e sensual” que seus problemas acabam (risos)...

Wesley PC>

terça-feira, 28 de abril de 2009

FELIZ ANNE-VERSÁRIO!


Treme Bahia, que ela completa mais um ano de existência!

No dia anterior à esta “data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida”, ela me telefonou e colocou um largo sorriso em meu rosto. Queria eu ter o poder de fazer o mesmo, em retorno, mas independente de qualquer impotência, quero desejar dias felizes extremamos a esta mulher que tanto me aconselha e em quem (sem admitir ou, às vezes, sem perceber) me espelho – em setores emocionais muito específicos, diga-se de passagem (risos). Ia escrever um poeminha automático, naquela linha passional que eu e ela tanto conhecemos, mas como a foto que eu desejava postar não foi encontrada nos arquivos da UFS (risos), onde estou agora, dedico a ela os mais sinceros parabéns do mundo não árabe num dia de terça-feira e pergunto: que animal é este na imagem?

Viva bem, Anne K. Rodrigues! Verei duas versões cinematográfico de um mesmo livro do Franz Kafka pensando em ti... Pois, acima de tudo, tu me ensinas cada dia mais a NÃO sentir inveja – e isso é muito!

Wesley PC>

“JUDEX” (1916), DE LOUIS FEUILLADE


6 horas e 15 minutos de filme. Muitos personagens. Pessoas que se redimem dos pecados após algum tempo, após serem pressionadas por um perseguidor público, com motivos pessoais e com um trauma de suicídio na família. Um filme mudo, que fez os ouvidos de minha mãe doerem (assim me disse ela). Um filme magnânimo, que me fez torcer, sorrir, refletir, pensar. Um filme que existe e me faz existir. Um filme que porva que existe redenção no mundo. Obra-prima!

Se alguém se interessar (apesar da larga duração), “Judex” é um filme sobre uma moça rica que descobre, no funeral de seu pai cataléptico, que o mesmo era malévolo, que ele era sovina e responsável pela falência de muitas famílias. É um filme sobre uma mulher que desperta o interesse alheio, mas promessas ressentidas e a violência ininterrupta do mundo moderno se interpõe como empecilho à paixão. Se alguém se interessar... Para quem faz História, é obrigatório!

Wesley PC>

EXPERIMENTANDO A ALACRIDADE MUNDANA DOS RÁDIOS (OU A ROTINA COMO VÍCIO)


As memórias me consomem, como se fossem feridas abertas. Eu estou me afastando novamente e, por mais que vocês todos consintam que eu estou mais seguro em meu próprio quarto, eu prefiro começar de novo. Eu não quero ser o único a ser atraído pelas batalhas, porque, ao invés disso, eu percebo que sou o único perenemente confuso. Eu nem sei pelo que estou lutando ou por que estou a gritar, eu nem sei por que eu insisto tanto ou por que eu não devia me importar. Eu nem sei por que faço isso, se eu sei que não estou bem, mas eu vou quebrar a rotina novamente...

Experimentei traduzir livremente uma canção e transcrevê-la aqui de maneira prosaica (sem aspas) – e não é que o efeito identificatório foi positivo? Não vou dizer o nome da canção, mas, apesar de ser extremamente cooptada pelo universo ‘pop’, não tenho a menor vergonha de dizer que gosto deveras desta banda de proto-rock/eletrônico com imigrantes japoneses e vendidos comercialmente em sua formação. Sou destes que gostam...
Na foto, o videoclipe. Oh, MTV dos meus pecados!

Wesley PC>

Feliz Aniversário Anne

Então, mais uma vez o dia 28 de abril, mas pela primeira e única vez em 2009. Se Sadam estivesse vivo estaria fazendo aniversário, minha irmã Nelle está fazendo 20 anos hoje, e também mais uma pessoa a quem dedico esta postagem: Anne K. Rodrigues.24 anos.
O que podemos desejar a Anne? Que não careça de desejos.

Que Anne tenha coisas gostosas: objetos, animais, pessoas e mais o que ela queira.

Deixo aqui meu singelo presentinho. Um videozinho com uma musiquinha que fiz pra Anne quando eu voltava de Salvador. (aqui foi pessoal, mas Debora também está fazendo parte dessa postagem rsrsrs).
Leno de Andrade & Debora Cruz

segunda-feira, 27 de abril de 2009

“PARECE COCAÍNA, MAS É SÓ TRISTEZA”...


Será que existem mais músicas tristes que felizes ou sou eu que não sei procurar? Pelo sim, pelo não, sumirei um pouco da Internet... Não estou mais suportando!

“Ao acordar, um discípulo começa a chorar insistentemente. Ao vê-lo daquele jeito, seu mestre pergunta: ‘por que estás a chorar deste jeito? Tiveste um pesadelo?’, ao que o discípulo responde: ‘muito pelo contrário. Tive um sonho muito doce’. ‘Por que, então, tu choras tanto?’, redargüiu o mestre. ‘Porque eu percebi que este sonho jamais será verdade para mim’. ‘Não é justo!’, concluiu o amargurado discípulo”. Faço minhas as palavras dele: Não é justo!

Fonte: “O Gosto da Vingança” (2005), filme do sul-coreano Kim Jee-Woon.

Ou seja: eles venceram!

Wesley PC>

Poema para 1 ano de Gomorra

Nosso poético gomorrense Robson, no meio da festa pediu papel. Pegay esse grandão e colei na parede. Só depois fiu ver o que era. Ótimo poema!!

Quem quiser ler melhor, é só passar em Gomorra!!

feop

domingo, 26 de abril de 2009

POIS DIZ COM RAZÃO O TSAI MING-LIANG: PODIA SER MELHOR, PODIA SER PIOR, MAS SEMPRE PODEMOS NOS CONSOLAR COM MÚSICA!


Sempre?

Na foto, “O Buraco” (1998), filme em que chove sem parar e em que uma fenda no chão de um apartamento permite que homem e mulher se conheçam, que potenciais e futuros amantes se encontram, que almas pulsam, que...

Wesley PC>

AOS QUE NÃO ME DEIXAM DESISTIR, OBRIGADO! AOS QUE DEIXAM, OBRIGADO TAMBÉM...

Quero registrar aqui o meu contentamento por tudo o que encontrei no ‘blog’ neste fim de semana. Tantas pequenas e desagradáveis coisas me aconteceram neste dia que só posso me sentir orgulhoso por estar vivo e ser capaz de me recuperar ao encontrar textos tão divertidos e homenagens tão graciosas por pessoas que considero verdadeiros amigos (e, no caso do tio e da tia, parentes substitutivos mais do que sinceros). Talvez meu computador esteja quebrado (e eu não me importe), talvez não tenha mais conseguido dormir direito depois de um momento de fraqueza suprema na última quinta-feira, talvez tivesse padecido de um mal terrível se não tivessem levantado uma bela voz baiana, em minha direção, num ônibus... Tudo talvez!

Antes de todas estas redenções se darem, pensava em desistir. Já tinha pensado em utilizar a letra e o videoclipe de “Mr. Writer”, do grupo galês Stereophonics como pretexto (ah, aquela maravilhosa voz rouca do vocalista Kelly Jones como derradeiro bálsamo), mas fui salvo! Por isso, agradeço: OBRIGADO!

“Tu enfileiras e escolhe teus sapatos
E penduras nomes nas paredes, atirando em todos eles
Tu circulas pelo ar, em aeroplanos que te trazem para baixo
A fim de encontrar quem o ama, sinto como me espatifasse no chão
E tu és tão só e nem te deixas conhecer, mas gostaria de apedrejar-me
Senhor escritor, porque tu não dizes como é
Por que tu não me dizes como realmente é?
Antes que tu estejas em casa”...


Wesley PC>

VIAGENS ALTERADAS, ESTADOS ALUCINANTES


“Não me interessei por nada daquilo. Tudo me parecia mera apologia às drogas”

Assim reclama o protagonista de “Viagens Alucinantes” (1980), tradução nacional para “Altered States”, clássico do instintivo cineasta inglês Ken Russell. Vendo este filme surpreendente na manhã de ontem, não tive como não me lembrar (com afeto extremado) de alguns habitantes de Gomorra, com destaque especial para o muso Rafael Mauricio. Motivo: no filme, o protagonista vivido por William Hurt é um cientista descrente (abandonara Deus no momento em que seu pai morrera, pronunciando a palavra “terrível”) que se dedica a pesquisar a relação entre o uso de substâncias lisérgicas e o êxtase religioso. Dedica-se tanto à pesquisa, que “se esquece de viver, se esquece de amar”. Uma antropóloga se apaixona perdidamente por ele e o convence a se casar, mas ele só se preocupa em estudar alucinógenos. Depois que viaja ao México, descobre um potente cogumelo, que, sempre que ingerido em experiência, o faz voltar a estágios primitivos da evolução humana, ora transformando-se num primata ancestral e carnívoro, ora transformando-se em nuvem, água fervente ou bactérias unicelulares. Não vou contar muito o que acontece até o final, mas a conclusão de que “o amor é a mais alucinante e lisérgica e perturbadora de todas as sensações” é algo que, tenho certeza, alguém usará um dia contra a placidez inane do amado Rafael Maurício (risos). Para mim, inclusive, o momento mais pungente do filme, repleto de assustadores e poderosos efeitos especiais, é justamente quando a personagem apaixonada de Blair Brown confessa que tentara amar outras pessoas, mas não conseguira: é seu marido quem a obsessa infinitamente! Rafael Maurício precisa ver isto urgentemente! Vou deixar aqui guardadinho para ele, depois que o bendito consertar novamente seu problemático reprodutor de DVDs...

“Tu me salvaste! Tu me redimiste à beira do abismo. Eu estava naquele terrível momento de horror que é ‘o início da vida’. Era o nada. Simples e ultrajante nada. A verdade final de todas as coisas é que não existe verdade final. Só é verdadeiro o que é transitório. É a vida humana que é real”...

Wesley PC>