sábado, 22 de agosto de 2009

PARA SE VER NUMA GRANDE PLATÉIA!


Como fã de “Borat – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América” (2006, de Larry Charles) e já tendo me explodido de rir com um episódio do programa de TV “Da Ali G Indahouse”, quando um militante vegetariano é intimado a comer um McChicken sob a pena de, assim, provocar a morte de um frango levado ao palco com uma arma na cabeça, sabia que “Bruno – O Filme” (2009, também de Larry Charles) é um filme que seria melhor apreciado no cinema, ao lado de uma grande platéia de desconhecidos. Por mais que o filme não seja necessariamente o que eu chamaria de “cinematográfico”, dado que estende por tendo demasiado um emaranhado de situações espontâneas televisivas, é uma opção muito boa para se papocar de ri – e foi o que vi hoje à tarde, ao lado de outro felizardo: papoquei-me de rir!

Ainda que a “trama” do filme seja tola (depois de perder seu emprego como apresentador de TV ‘fashion’ por tumultuar um desfile de moda com seu terno completo de velcro, o personagem-título tenta desesperadamente ser famoso, mesmo que precise fingir ser heterossexual para isso), algumas ‘gags’ anárquicas deste filme são risivelmente inesquecíveis e, sem querer estragar aqui a diversão de ninguém, destaco o momento da foto, em que o protagonista pergunta a um assistente se seus óculos estão a combinar com a roupa; o instante em que ele conclama dois diplomatas (um israelense, outro palestino) a cantarem juntos uma música sobre a morte de cristãos; a cena em que ele tenta filmar um pornô ‘gay’ com o ex-presidente do Canadá; e, acima de tudo, a hilária entrevista frustrada com Paula Abdul, em que ela responde sobre questões humanitárias sentada nas costas de trabalhadores mexicanos que fingem serem sofás. Repito: as duas pessoas presentes na sala de exibição caíram na gargalhada!

Lastimosamente, o potencial cômico sobressalente do inspirado ator e roteirista Sacha Baron Cohen perde impacto quando ele tenta “ficcionalizar” demais o seu personagem (vide as cenas passadas num acampamento de caçadores ou no exército), mas as piadas contra homofobia, as situações politicamente incorretas envolvendo um bebê africano, asa tentativas de convencer um pastor evangélico a usar leus lábios “dedicados à exaltação de Jesus Cristo” ao boquete e as táticas sexuais utilizadas por um casal sadomasoquista ‘gay’ para não cair no tédio marital compensam – e muito! – o preço do ingresso! Pena que o filme não estreou em Sergipe ainda...

Wesley PC>

AS PESSOAS SE ESCONDEM... ALGUMAS DELAS, MESMO QUANDO SE MOSTRAM!

Recentemente, vi um péssimo filme biográfico sobre Edie Sedgwick, uma modelo interiorana belíssima que se tornou viciada em heroína depois que se apaixona por um músico que exige que ela cobre dinheiro pelas participações em filmes de Andy Warhol. Morreu de overdose. Há pouco, enquanto almoçava, descubro na TV que Robin Williams estava lutando contra o vício em cocaína quando foi indicado ao Oscar por sua brilhante participação em “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989, de Peter Weir). Ele ainda está vivo e talentoso. Andy Warhol, por sua vez, foi morto em 1987, de um problema com a vesícula biliar, depois de ter sobrevivido a um atentado balístico por uma feminista complicada e fundadora da SCUM (Sociedade para Castrar Homens). Muitos de meus amigos desgostam particularmente da ‘persona’ warholiana, não obstante elogiar deveras suas particularidades enquanto artista e, principalmente, enquanto produtor musical. No filme ruim descrito acima [“Uma Garota Irresistível” (2006, de George Hickenlooper)], o verdadeiro Andy Warhol é mostrado numa pequena cena documental, durante os créditos de encerramento. Até então, nunca havia visto uma imagem móvel sua: encantei-me ao percebê-lo como um ser humano, por detrás de toda aquela máscara artística. Gosto muito dele. É um gênio profético e dúbio!

Wesley PC>

É O TAPA NA CARA QUE ENSINA!


Por causa de minha filiação hermeneuticamente extremada aos escritos de Michel Foucault, minha alegada rejeição à autoridade médica é longeva. Recuso-me a ir a hospitais e, recentemente, estou a boicotar qualquer tipo de droga, inclusive os simples analgésicos. Por alguma razão estúpida, cri que os polivitamínicos não se aplicavam nesta rejeição ideológica e passei a tomar alguns comprimidos escuros nesta semana. A sonolência de que me queixava há alguns meses voltou. Não um simples sono, mas bloqueios literais de consciência! Eu travava no meio de sessões fílmicas, dormia mais das 6 horas a que me permito em casos extremos. Levantei hoje irritado mais uma vez por ter dormido demais (segundo alguns amigos, o sono excessivo é um dos principais sintomas da depressão, mas creio não ser este o caso agora) e resolvi buscar os efeitos colaterais para tal complexo polivitamínico em forma de comprimido roxo. Qual não foi a minha surpresa ao ver estampado nas primeiras linhas do texto cibernético: sedação e sonolência. Não tomo mais isso! Nunca dormi tanto na vida – e não me sinto descansado – e de nada adiantou – nem bons sonhos eu tive – Lástima!

Wesley PC>

“MORTO E MORTAL” (2006, de Patrick Dinhut)


Sabe aquele tipo de filme tão previsivelmente ruim que a gente chega a se divertir e pensa que é regular? Então, o filme que acabei de ver é um destes. Liguei a TV apenas para passar um tempinho engraçado ao lado de minha mãe: na trama, televisiva e “mais cheia de lacunas que um filme do Michael Bay”, conforme diz um dos personagens, um soldado descobre uma base secreta repleta de escorpiões e zumbis no Camboja. Um ser contaminado que se recusa a viver como morto-vivo explode uma granada e quase todos morrem, inclusive o protagonista (vivido pelo ainda sensual Dean Cain, outrora intérprete do SuperBoy num seriado de TV, lembram?). De volta aos EUA, este protagonista levanta da maca no momento mesmo de sua necropsia e resolve dedicar sua não-mortalidade a combater outros zumbis malévolos, ao lado de um cozinheiro e de uma estudante de cinema que sabe lutar karatê. Não preciso dizer que o filme é uma porcaria risória e que a cena em que, em meio a perseguições sangrentas, os personagens escolhem roupas mui estilosas de uma grife chique é apenas uma das inúmeras baboseiras propositais do roteiro, mas... Não é que nos fez rir? Não recomendo a ninguém, mas como é um dos poucos filmes que vi nesta semana (tempos difíceis estes...), posto-o aqui só por curiosidade infra-enciclopédica. Amo-vos,

Wesley PC>

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

“QUE TIPO DE REAÇÃO VOCÊ TERIA SE, EM SEU LUGAR, TIVESSE UM ESPELHO?’


Hoje perigava ser um dia em que eu não escreveria nada neste ‘blog’. Atingi o auge de minha inércia. Por mais que alguns eventos relevantes tenham acontecido (encetei um belo e surpreendente dueto de uma canção da Adriana Calcanhotto com alguém que, até então, eu não me dava muito bem; recebi um pedido de desculpas de um médico em nome de um colega ignorante; dividi um saco de jujubas com gosto de barata com pessoas que eu gosto, etc.), o dia de hoje ameaçava passar em bravo no que se refere ao relato exibicionista de minhas referências acessórias. Até que o cúmulo de meu ecletismo levou a ouvir os primeiros acordes de “9MA” (2008), disco de estréia da patética banda paulista Nove Mil Anjos. Foi o suficiente para ter o que falar: o que é aquilo?!

Sobre a frase que intitula esta postagem (“Espelho”), até que posso deixar passar alguns deslizes, mas o refrão assimétrico de “Mágica” (“A habilidade do mágico é fazer mágica/ A vida separa quem atrapalha”) me fez pensar em voz alta: “o que estes caras pensam que estão dizendo? Para quem eles querem trasnmitir estas mensagens pretensiosas? Será que isso faz sucesso ou dá certo com alguém?” .Juro que quero obter as respostas para tais perguntas...

De resto, sinceramente, impresssiono-me deveras com a quantidade de situações a que temos que nos sujeitar diariamente – e agradeço por isso. Garanto que Nove Mil Anjos irão me render algumas conversas desnecessárias e acaloradas daqui para frente, ao passo em que suponho que terei vergonha de ouvir estas canções em som alto e de admitir que os integrantes da banda são bonitinhos... Ah, gente, são!

Wesley PC>

E A GENTE PASSA POR TANTA COISA NESTA VIDA...


“Você era o meu sol
Você era a minha terra
Mas você não sabia as maneiras como eu te amava, não
Então você aproveitou a chance
E fez outros planos
Mas eu aposto que você não pensava que iria tudo por água abaixo, não”...


Acordei ouvindo o Zbigniew Preisner. Tive um sonho estranho, em que o sobrinho de uma colega de trabalho investigava traficantes de cocaína no colégio onde passei a infância. Fui para o trabalho ouvindo Ute Lemper. Lembrei “dele” (do outro, não daquele – risos). Gravei um CD católico no trabalho e papoquei-me de rir ao falar dele e encanto-me com Vangelis antes de dormir, mas, em dado momento de meu dia, ouvi esta canção do Justin Timberlake de maneira muito respeitosa. No Orkut, Rafael Torres disse-me que está a ouvir ‘pop’ agora, citando a boca suja (e graciosa) da Lily Allen. E eu choro um rio... Sou desses!


“Cry me a river”...


Wesley PC>

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

OU DE COMO É FÁCIL ACABAR COM UMA VIDA!


Qualquer pessoa com um infinitésimo de contato burocrático deve imaginar que as expressões “o dia em que entregamos os diplomas de Medicina” e “o dia em que diplomados de qualquer curso podem solicitar disciplinas de Direito” são dois dos dias em que os trabalhadores do DAA mais penam. E se eu disser que hoje calhou de ser o dia simultâneo para ambas as expressões? Dá para imaginar como eu me sinto agora?

Pois bem, por sorte, dispus de uma folga vespertina e pude resolver meus problemas com o recadastramento da carteira de passe. Encontrei uma menina linda e apaixonante num ‘shopping center’ e passamos uma linda tarde juntos. Tomamos iogurte de graviola, agarramo-nos num banheiro, despedimo-nos. Fui visitado por um amigo engraçado, encontrei inúmeros outros amigos no caminho para casa e resolvi ouvir a um álbum do mestre John Lennon. Por coincidência, quando eu ouvia a obra-prima “Working Class hero” (é sobre mim?), aconteceu o evento que mudaria minha noite e me faria desistir de escrever tudo o que eu tinha planejado o restante do dia...

“Keep you doped with religion and sex and TV
And you think you're so clever and classless and free
But you're still fucking peasants as far as I can see
A working class hero is something to be”


Quando eu começava a prestar atenção na magnífica letra deste petardo sonoro, percebo um cachorro branco e bonito na rua e um carro veloz indo em sua direção. Esperei o pior e o pior aconteceu: o cachorro não somente foi atropelado diante de meus olhos, como eu o vi minuciosamente ser tragado pelas rodas do automóvel, girar em círculos enquanto seu esqueleto era triturado. O pior: quando eu vejo ser largado inerte, ansiei, impotentemente, que ele já estivesse morto, que não tivesse sentido tanta dor. Aproximo-me e vejo seus olhos arregalados e boca aberta somarem-se a involuntárias e letais contorções. Tirei o fone do ouvido e sofri. Nada pude fazer diante da morte!

Em dado momento da tarde de hoje, conversei com um amigo erudito sobre a obra do pós-‘beatnik’ J. G. Ballard e expliquei-lhe o motivo de eu nunca ter tido coragem de ler seu livro mais famoso, “Crash – Estranhos Prazeres”, publicado em 1973 e mais tarde levado ao cinema por David Cronenberg: a obsessão do autor-escritor-narrador em descrever em detalhes como os personagens faziam para atropelar cachorros. Por causa da extrema violência e injustiça destes detalhes, nunca consegui passar da centésima página deste livro. Acho que agora devo. Vi a morte mais uma vez – e foi horrível!

Recomeço: Capítulo 1: ‘Vaughan morreu ontem, em seu último acidente de carro. Durante a nossa amizade, ele ensaiara sua morte em muitos acidentes, mas este foi o único verdadeiro’”...

PS: alguém sabia que, em 20 de abril deste ano, este gênio perverso morreu de câncer de próstata? Eu não...

Wesley PC>

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

AINDA NÃO FOI DESTA VEZ...

Estava ouvindo este álbum enquanto tomava banho e, por mais que eu tivesse falado muito mal dele antes de ouvi-lo, admiti que poderia gostar, dado que compartilho de muitas das influências da cantora. Porém, as músicas dela não entraram (ainda) em minha cabeça. Achei todas tão negativamente parecidas. Somente “Angelina, Angelina” e “O Preço da Flor” me conquistaram de cara. As demais se perderam na modorra. Vergonhosamente, eu não conseguia sequer prestar atenção nas músicas que estavam sendo executavas em alto volume e ficava a assobiar outras coisas. O problema está comigo ou com o álbum, hein?

Wesley PC>

QUANTIDADE!


O Festival de Cinema de Gramado (RS) é um dos mais prestigiados do Brasil. O principal prêmio do festival, o Kikito, dignifica as produções e personalidades premiadas, ao menos em minha opinião, que evito dar trela para premiações, dado que estas levam em consideração requisitos mais quantitativos do que necessariamente quantitativos. Qual não foi a minha surpresa ao saber que, neste ano de 2009, a “rainha dos baizinhos” recebeu um prêmio pelo “conjunto de sua obra”! Buf! Tal absurdo já prescindiria de qualquer comentário reclamante ‘per si’, mas a organização do festival ainda cometeu a gafe imperdoável – e, evidentemente, sugerida pela própria “atriz” (sic) - de retirar uma clássica colaboração entre Xuxa Meneghel e Walter Hugo Khouri. Literalmente, era só o que faltava! Querem mais absurdo? Pelo que acompanhei das notícias, a apresentadora ainda recebeu o prêmio com desdém, se auto-definindo insistentemente como “do povo” e dizendo que, dali por diante, o festival terá que a engolir a pulso. Dá para acreditar numa coisa dessas?

Wesley PC>

terça-feira, 18 de agosto de 2009

ANTES QUE EU CAIA NA BESTEIRA DE NÃO PRESTAR ATENÇÃO NO QUE ESTÁ SUBLINHADO


“Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada


Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem”


Música: “Blues da Piedade”, de Cazuza e Roberto Frejat. Ouvi hoje à tarde, antes de almoçar para ir para o trabalho. Tentei cochilar, mas pestei muita atenção na letra e fiquei acordado, desperto. Semana passada, estive numa palaestra forçada contra alcoolismo e um médico tachou Cazuza de execrável, recomendando, aos berros, que a platéia ignorasse as “suas palavras influenciáveis de drogado”. Eu fiz de conta que não ouvi (mas ouvi, tanto é que estou aqui a narrar), mas sobrevivi: Cazuza consegue dizer o que estou pensando de vez em quando...

Fotografia: cena decisiva de “Drácula de Andy Warhol” (1974), filme dirigido por Paul Morrissey, em que o personagem-título depende do sangue de virgens para alimentar-se. Como mulheres himenizadas estão em extinção, ele morre de fome, segundo o título original. Não vi o filme ainda, mas sei que ele é obrigado a alimentar-se do sangue que escorre de uma relação alheia, entre os personagens socialistas do fotograma. A vida tem dessas coisas... Se para vampiros, a situação já está difícil, imagina para simples pessoas que nem eu... “Simples”!

Wesley PC>

DO ATO DE SER ‘GAY’


“Ouço passos, vozes do silêncio,
Um segredo, um sussurro, um murmúrio,
É o esposo adorado, é o Rei, o Senhor,
Entra, faremos festa, amor,
Meu amor, Jesus”


Na semana passada, eu visitei um amigo que se preparava para fazer sexo com um atendente da loja Riachuelo a quem acabara de se apresentar e, aparentemente, fora aprovado. Passeamos um pouco antes de chegar em sua casa, pois outro rapaz, amigo dele, estava fazendo sexo com desconhecidos. Quando entramos no local, meu amigo ouviu músicas católicas de sua infância, na voz de uma tal de irmã Kelly Patrícia. Nunca ouvira falar dela, mas gostei de sua voz terna! Hoje de manhã, antes de masturbar-me, resolvi arriscar e baixei o álbum “Passos no Silêncio” (1998). Não é que gostei de algumas canções, mesmo achando tudo muito estranho?! A voz dela é esquisita, as letras são quase frasalmente desconexas, a forçação de barra em relação ao cristianismo beira o irritante, mas algo me fez continuar ouvindo o referido álbum. Em dado momento, repeti uma mesma faixa quatro vezes: “O Êxtase de Santa Teresa”, no qual o eu-lírico feminino da canção evoca Nosso Senhor e Nossa Senhora para ajudá-la a encontrar uma chave. Será que tem algo de errado comigo?

Wesley PC>

O computador número três

france gall! ihuuuu


bom, postaram lá no youtube uma nova versão do vídeo dessa música intitulada 'Der computer nº 3', e... tá melhor!


primeiro porque antes a gente não via os aplausos no final, e a impressão que dava era que os alemães estavam odiando a apresentação da francesa com sotaque e dancinha...( as caras que eles fazem não são ' felizes'... bem esteriótipo do alemão carrancudo... mas enfim!). Só no final essa impressão passa, porque eles aplaudem! vai ver a cara deles é assim mesmo até nos momentos de felicidade! kkkkkkk

segundo porque podemos ver gall agradecendo! ^^
' der computar nº 3'



a música fala sobre um 'computador cupido' que seleciona namorados para a garota... bem moderno, não?


by américo.

hot pepper

não sei do que se trata... não pesquisei o significado de pepper... e pelo que vi do produto achei que fosse papel...

mas o que importa é que não consigo tirar isso da cabeça, e resolvi pasar a 'maldição', kkkkkkkk, para vocês.


achei isso enquanto estava viajando por aeeeee, e de repente crush!

com vocês kaela kimura e a turma do snoopy:






by américo

QUEM NÃO FOI, PERDEU!


Pergunta inicial: quanto tempo de projeção do filme “Zombie – A Volta dos Mortos” (1979, de Lucio Fulci) foi suportado por uma pré-geógrafa grávida neste CineGomorra de segunda--feira? Resposta: pouquíssimo!

Para além do que tinha sido programado para ontem, lembrei que estava com este clássico do gênero horror na bolsa e não titubeei ao tentar convencer os presentes a se deliciarem comigo numa homenagem preciosa ao surgimento do ‘gore’ (sangueira explícita). Não sei se é necessário aqui resumir do que se trata o filme (roteiros sobre mortos-vivos são muito similares em suas propostas narrativas e políticas), mas a obra resenhada merece destaque por pelo menos dois momentos antológicos de cinema: este que é mostrado na fotografia, demorado e perturbador, responsável por muitos zumbidos durante a sessão; e a magnânima e surpreendente luta entre um morto-vivo e um tubarão no fundo do mar, ao som de uma belíssima trilha sonora sinfônica-eletrônica-vodu!

Na moral, quem não esteve presente perdeu um filme originalíssimo, cujo DVD eu tive a sorte de comprar por meros R$ 4,90 numa loja qualquer de Aracaju. Além disso, após a sessão do filme, houve uma daquelas polêmicas, demoradas e necessárias reuniões de moradores, em que “a nova dinâmica da casa”, em virtude da chegada de novos moradores e da saída provável de outros, era apresentada, criada e discutida em toda a sua amplitude. Compareceram, além de mim, os anfitriões Bruno/Danilo, Luiz Ferreira Neto, o japonês vendedor de camisetas Hugo, o amigo de infância de Rafael Coelho Paulo Roberto (vulgo Chucky) e Jeane (a grávida citada na introdução), Fábio Barros, Rafael Maurício e Max Vieira. Todos saíram empolgados com o ‘gore’ ao final da sessão (e da reunião). Valeu a pena!

Wesley PC>

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

“E PADRE LÁ TIRA PECADO DE NINGUÉM, PÔRRA!”


Estava eu na fila da confissão. Papelzinho na mão para contar os meus pecados ao padre. A professora de catecismo rasgou o meu papel: “tu deves fazer exame de consciência, menino! Não pode escrever. Tem que lembrar na hora”. Quando entrei na sala, comecei a falar ao padre todas as vezes em que, até então, “tinha pecado contra a castidade”. Ele insistia: “e tu já mentiste para tua mãe? E tu já roubaste goiaba?”. Fiquei irritado. Nunca mais me confessei a padre nenhum! Que bom!

Wesley PC>

FAIXA 03, “PEOPLE AIN’T NO GOOD” (NICK CAVE AND THE BAD SEEDS)



"-As pessoas não são boas
-Eu acho que isto seja bastante entendível
-Tu podes verificar isto onde quer que tu olhes
-As pessoas simplesmente não são boas”



Por que será que tem gente que acha isto, hein?


Wesley PC>

EU DEVERIA TER PRESTADO ATENÇÃO NO CHRIS KLEIN DESDE O COMEÇO...


Ontem à noite, eu estava a baixar um filme de terror erótico pós-socialista produzido por Andy Warhol. A banda larga de minha Internet ficou lenta e, a fim de estimulá-la, pensei em baixar pequeninos arquivos. “O quê?”, pensei. Músicas já tenho demais. Videoclipes e curtas-metragens também. Apelei para pequenos vídeos de jovens se masturbando. Por mais que minha relação com a pornografia comercial seja defasada, não achei que custasse muito entender por que outras pessoas que conheço (quase todas) se divertem diante deste tipo de vídeo. Vi alguns: num deles, um belo rapaz manuseava seu pênis com uma mão enquanto lavava o carro com a outra; noutro, um moço era flagrado masturbando-se completamente nu, deitado numa cama, por alguém que se escondia com uma câmera no interior de um armário; outro que batia sua punhetinha gostosa depois que fica entediado com jogos eletrônicos; e por aí vai... Deu certo! A banda larga voltou a ser larga e estou com o filme do Paul Morrissey na bolsa, esperando o momento de ser gravado. U-huuuuuuuuu!

Porém, enquanto os fatos acima se deram, um filme estava a ser exibido na TV de minha sala: “Tudo Pela Fama” (2006, de Paul Weitz). Em parceria com seu irmão, Chris Weitz, o diretor já realizara filmes ruins [“American Pie – A Primeira Vez é Inesquecível” (1999) como sendo o mais famoso] e um ótimo [“Um Grande Garoto” (2002)]. Sozinho, tende à irregularidade. O filme tinha tudo para ser bom (visão crítica sobre os programas de calouros norte-americanos e sobre a ignorância do presidente daquele País, Hugh Grant em excelente forma, uma musiquinha grudenta na trilha sonora), mas o diretor e roteirista não soube administrar adequadamente o excesso de personagens e o filme cai na modorra, na bajulação. Por sorte, o gracioso Chris Klein estava no elenco, interpretando um pivetinho desiludido com o abandono da namorada e, como tal, entra para o Exército, morrendo com a explosão de uma bomba terrorista encontrado no lixo do banheiro (êtcha, contei o final! – risos). Ele apaziguou a minha noite...

Wesley PC>

domingo, 16 de agosto de 2009

UM ÓTIMO MOTIVO PARA SAIR APAVORADO DA SALA DE CINEMA!



Prestem atenção neste cartaz e no título do filme anunciado: “Arraste-me Para o Inferno” (2009, de Sam Raimi). Há muito, muito tempo não ficava tão empolgado para ver um filmizão de público. Só pela originalidade do título já valeria o preço do ingresso. Nem precisava ser tão bom. Entregaria o dinheiro no caixa da sala do cinema. Falaria apenas “Meia. ARRASTE-ME PARA O INFERNO” e me daria por satisfeito, mas não, o filme é ótimo, quase excelente, engraçado, assustador, hipnótico, previdente, maravilhoso. Saí da sessão apavorado! E, pelo jeito, não só eu: olhava para o lado e via garotinhas em transe (a censura do filme é 16 anos) com a quantidade de materiais que penetram a boca da protagonista (de moscas e sangue alheia até a mão completa de uma cigana!); olhei para trás, ao final da projeção, e percebi dois amigos entusiasmados: “estás vivo ainda? Sam Raimi é de arrombar!”. Filmaço! Por favor, se alguém estiver lendo-me nesse instante, corra para o cinema, o filme é genial!

E, se estou a abrir minha boca digital neste momento para gritar que o filme é genial (O FILME É GENIAL!!!) não é somente por causa de suas incursões muitíssimo bem-sucedidas no gênero concomitante entre horror explícito e ‘terrir’, mas por tudo que está relacionado ao brilhante roteiro, escrito pelo próprio diretor, em colaboração com seu irmão Ivan. Tentarei ser bem sucinto, para não estragar o prazer e o choque de quem seguir o meu conselho: a trama fala de uma atendente de banco que, ao negar um empréstimo para uma cigana idosa, é perseguida por uma maldição infernal. Para mim, que trabalho como recepcionista e sou obrigado a dizer NÃO de vez em quando, o pavor foi múltiplo!

Não saberia agora dizer qual lance fílmico me chocou mais (no melhor sentido da palavra): as mordidas repetidas de uma velha completamente desdentada na protagonista; a forma com que, após se confessar vegetariana e defensora de animais, a personagem principal relaciona-se com seu gatinho de estimação quando alguém lhe diz que o sacrifico de uma criatura aplacaria a fúria do demônio que a persegue; a pujança dos dilemas morais apresentados; etc.. Quase tudo no filme é pensado minuciosamente para manter o espectador absorto, assombrado e rindo no limiar da histeria. Talvez somente uma cena em cemitério seja desnecessária por sua inverossimilhança convencional, mas, de resto, o filme é fabuloso! Tenho que parar de escrever sobre ele, a fim de não prejudicar alguns detalhes tramáticos absolutamente surpreendentes (não, não é o final – risos), mas suplico-vos, gomorrenses e afins: VEJAM ESTE FILME!

Wesley PC>

“VOCÊ PODE IR NA JANELA” (GRAM)


“Se não vai
Não desvie a minha estrela
Não desloque a linha reta

Você só me fez mudar
Mas depois mudou de mim
Você quer me biografar
Mas não quer saber do fim

Mas se vai
Você pode ir na janela
Pra se amorenar no sol
Que não quer anoitecer
E ao chegar no meu jardim
Mostro as flores que falei”

Ai, Deus, quem resiste a esta música, a este videoclipe? Por mais que o restante do CD seja interessante, não tem como não ficar repetindo e repetindo esta canção. Minha mãe não agüenta mais o suplício, coitada!

“Você só me fez mudar
Mas depois mudou de mim”!

Wesley PC>

QUE TAL LUIZ GONZAGA LOGO NO INÍCIO?


Alguém aí se opõe que sexta-feira, em Gomorra, seja a “Noite de Luiz Gonzaga”?


Interessados ou detratores, comentem aqui!


Wesley PC>

EU AMO ODIAR FRANK CAPRA! (OU SERIA O INVERSO?)


Era um domingo como qualquer outro: minha mãe se preparava para dar banho nos cachorros, meu irmão lavava um automóvel alheio para ganhar alguns trocados, eu escutava com atenção a um CD do Gram, ao qual comentarei em seguida, meu vizinho “fornecedor” jogava no computador, etc., etc.. Aí eu inventei de tornar o domingo ainda mais típico: “que tal ver um filme do Frank Capra, Wesley?”. Taquei “Loura e Sedutora” (1931) no reprodutor de DVDs e senti aquela raiva gostosa que me acomete sempre que vejo algo do Frank Capra. Falsário, nojento, com todo aquele discurso contra o pedantismo dos ricos, mas ganhando rios e rios de dinheiro com estes filmes ideológicos até a medula! Mas que domínio do ritmo narrativo, que direção de atores, que uso das convenções clássicas hollywoodianas! Frank Capra consegue calar a minha boca!

Por mais que eu estivesse abominando a trama (um jornalista vai cobrir um escândalo romântico envolvendo uma família influente norte-americana e termina se casando com a personagem-título, mas se sente “um pássaro preso numa gaiola dourada”), a maravilhosa seqüência em que marido e mulher parodiam uma famosa canção de ninar estadunidense com uma letra sobre se deveria ou não “comer espinafre e lavar atrás das orelhas por amor” me fez ficar caidinho pelo filme, imaginar-me no lugar do personagem principal... É isso o que o filme queria: manipular as ilusões de seu público! E ninguém faz isso tão bem quanto estes mestres narrativos surgidos na década de 1930! Terminada a sessão, a raiva volta, mas quem garante que eu consiga expressá-la adequadamente? Ai, ai, domingo...

Wesley PC>

ARDILOSOS SÃO OS HOLANDESES!


Caralho, velho, caralho!

Eis as primeiras palavras que me saíram da boca do pensamento no finalzinho de “O Quarto Homem” (1983), petardo surrealista e atroz do gênio perverso Paul Verhoeven. Seria pecaminoso tentar resumir a trama deste filme bizarro e fascinante, mas as similitudes católicas e androfílicas entre minha pessoa e o protagonista me obrigam a tal gesto, dado que, tal como ele, excitei-me deveras na cena mostrada em fotograma, quando o personagem principal (Jeroen Krabbé) masturba um ícone religioso, ao imaginar esta estátua de Jesus Cristo como um homem jovem e musculoso de sunga vermelha removível. Na trama, ele é um escritor alcoólatra, que finge se apaixonar pela rica herdeira de um salão de beleza chique, viúva três vezes, apenas para conquistar o encanador alemão, gostoso e rústico, com quem ela tem um caso. O pretexto: ajudá-lo a não ejacular tão rápido quando transam. O desfecho: glupt!

Se alguns de meus amigos tendem a me achar ardiloso (dado que consigo transformar em dotada de erotismo ou sacralidade religiosa qualquer situação), recomendo-os que estes vejam este belo exemplar de Cinema com C maiúsculo, em que as referências à sexualidade pulsante e à mitomania crente me fizeram pensar seriamente em organizar alguns de meus pensamentos biográficos num romance ficcional. Pareceu-me tão fácil. Acho que não custa tentar... De resto, eis mais um filme que está reservado para o hipotético retorno de meus amigos Rafaéis Coelhinho e Torres. Este filme eles precisam ver comigo!

Wesley PC>