sábado, 19 de setembro de 2009

Menino eu prometi um dia desses que eu não lembro mais qual foi postar um tópico sobre a música húgara. Pois então aqui pra escrever o que eu sei sobre a música desse país que eu acho muito simpático, não sei por que especialmente(eu admiro muito os paises do leste europeu, mas lembro que eu tive uma impressão muito boa da revolução de 56), mas que certamente tem uma música que meresse não só um tópico, mas sim um blog inteiro(deve ter algum) .
pelo que ouvi falar a música húgara só se reconheceu como música húgara a partir do século XIX, quando o pianista Franz Lizt(1811-1881)(a quem Nietzsche cita em seus livros como um grande mulherengo) anunciou nacionalismo húgaro(um fato interessante é que Lizt mesmo sendo húngaro e morando muito tempo em Budapeste não falava sua lingua materna). Sei que esse nacionalismo é baseado na escolha de temas nacionais como inspiração de algumas composições, e um uso muito modesto da música popular. Desse compositor são muito famosas as Rapsódias Húngaras, que teve interpretação até do gato Tom em um episódio-concerto muito bonito.
Mas o século XX é esse sim o século da música húngara. E isso se deve primeiramente à Béla Bartók(1881-1945). Bartok é um dos grandes nomes da música moderna, e se enquadra numa segunda geração de nacionalistas que vão esplorar de forma mais intensiva a música tradicional de seus povos. O Béla foi pioneiro em registro de música folclórica, quando no começo do século saiu com sua radiola gravando muitos exeplos da música de toda europa oriental chegando até a Turquia. Mas sua música não é apenas um arranjo da música popular, ela é exemplar também pela sua bem sucedida experimentação rítmica e fusão de uma linguagem moderna com estruturas composicionais masi tradicionais.
Menino sei que depois que Bartok morreu solitário em Nova York, pois ele se exilou pra fugir do Nazismo, quem assumiu o status de estrela da música húgara foi György Ligeti. Antenado com todas as tendencias da vanguarda foi figura central no panorama europeu, e sua obra influencia muitos compositores atuais. Sua música pode ser escutada no 2001 Uma Odisseia no Espaço. É aquele coro muito angustiante que toca quando o pessoal encontra com aquela pedra assustadora. Pois aquela música se ultiliza de uma de suas tecnicas de composição chamada micropolifonia, que torna a música assustadora não só pra quem ouve mas também pra quem canta(ou toca).
Outro grande nome da mesma geração do Ligeti é o seu chará Gyögy Kurtag, que também tem uma obra muito respeitada, mas que pessoalmente eu não conheço.
Pra quem pretende conhecer a obra desse pessoal da Gloriosa Hungria vai aí alguns link:
Do Lizt: http://pqpbach.opensadorselvagem.org/category/liszt/
Do Béla: http://ilcantosospeso.blogspot.com/search/label/B%C3%A9la%20Bart%C3%B3k
Do Ligeti: http://ilcantosospeso.blogspot.com/search/label/Gy%C3%B6rgy%20Ligeti
E do Kurtag: http://ilcantosospeso.blogspot.com/search/label/Gy%C3%B6rgy%20Kurtag
Espero que isso interesse a alguém e por favor me digam o que acharam caso escutem, pois se tem uma coisa que me fascina na música é que ela tem uma capacidade muito grande de me deixar confuso, daí meu interesse pela impressão de vocês.
Um abração e tudo de bom sempre!!!!
Fagote da Batalha Lopes

CHEGA DE HORÓCOPO BONZINHO!

CHEGA DE HORÓSCOPO BONZINHO!

ÁRIES (23 mar a 23 abr)
Você se acha muito honesto, íntegro, independente e poderoso.Bom, é o que você acha. Você adora mandar e botar tudo pra ferver, desde que seja do seu jeito, mesmo que seja na porrada. E no fundo... bem no fundo... é um coração-de-manteiga (embora d-e-t-e-s-t- e admitir).Você não consegue influenciar ninguém, apesar de ficar o tempo todo tentando exibir seu poder. Gosta de parecer muito liberal, mas fica desesperado se as coisas fogem do seu controle. Aliás, o que vc queria mesmo é dominar o mundo! Os arianos são ótimos juízes, sogras, lutadores de jiu-jitsu e professores de educação física.



TOURO (23 abr a 22 mai)
Você tem uma determinação canina e trabalha como um condenado. A maioria das pessoas pensa que você é um pão-duro e cabeça-dura e estão certas. Sua persistência faz você um puta de um chato. Você é guloso, adora a natureza,o belo e ser amado. Taurinos são bons tri-
atletas, vendedores de enciclopédia e decoradores.

GÊMEOS (23 mai a 22 jun)
Você é comunicativo, curioso, bem humorado, inteligente e tem duas caras. Sua inconstância e preguiça fazem de você um manipulador
de primeira. Você não liga pro que os outros sentem e adoram distribuir chifres por aí.Geminianos costumam fazer muito sucesso na política, no circo, na novela das 8 e pulando a cerca.



CÂNCER (23 jun a 22 jul)
Você é solidário, defensivo e compreensivo com os problemas das outras pessoas, o que faz de você um xarope. Você se acha pé frio e mal amado. Sua Compaixão, sensibilidade e emotividade fazem do homem de Câncer uma tremenda de uma bichona. Os cancerianos são ótimos cabeleireiros, melhores amigas e leitores de romance.



LEÃO (23 jul a 22 ago)
Você se considera um líder natural. Os outros acham você um idiota
completo. Você é vaidoso, arrogante e impaciente, como se fosse a última Coca-Cola gelada do deserto e costuma lidar com críticas na base da porrada. Os leoninos são ótimos guardas de trânsito, ditadores e emergentes.

VIRGEM (23 ago a 22 set)
Você é do tipo lógico, trabalhador, analítico, tímido e odeia desordem. Sua atitude detalhista e organizada é enojante para seus amigos e colegas de trabalho. Você é frio, não tem emoções e freqüentemente dorme enquanto está trepando. Virginianos dão bom cobradores de ônibus, costureiras e montadores de quebra-cabeça
s.

LIBRA (23 set a 22 out)
Você é do tipo artístico, discreto, equilibrado e idealista, com muito gosto pelo harmonioso e esteticamente belo. Se você for
homem,provavelmente é viado. Você sente necessidade de proteger os outros e lutar contra as injustiças, mas esperando algo em troca. E embora não goste de admitir, é um puta teimoso irritante até o último! Os librianos são perfeitos na advocacia, arquitetura e gerenciando causas de tolerância.



ESCORPIÃO (23 out a 22 nov)
Você é o pior de todos: desconfiado, vingativo, obsessivo, rancoroso, frio, orgulhoso, pessimista, malicioso, cínico, fofoqueiro e traiçoeiro nos negócios. Você é o perfeito filho da puta, só ama sua mãe e a si mesmo.Aliás, alguns de vcs não amam nem a mãe! O escorpiano leva jeito para terrorista, nazista, dentista, fiscal da receita e juizde futebol.



SAGITÁRIO (23 nov a 22 dez)
Você é otimista, aventureiro, entusiástico e tem uma forte tendência a confiar na sorte. O que é necessário para quem é imprudente, exagerado,indisciplinado, irresponsável, infantil, sem concentração e limitado. Isso explica porque a maioria dos sagitarianos são bêbados. São ótimos garçons,jornalistas e bicheiros.



CAPRICÓRNIO (23 dez a 22 jan)
Você é conservador, sério, frio e inflexível como uma baixela de inox. Suafidelidade e paciência não encobrem seu lado materialista e ambicioso, mas quem se importa? Se a grana está entrando... Os capricornianos são um sucesso com bancários, banqueiros, agiotas ou mesmo contando dinheiro em casa.

AQUÁRIO (23 jan a 22 fev)
Você tem uma mente inventiva e dirigida para o progresso. Você mente ecomete os mesmos erros repetidamente porque é imbecil e
teimoso. Adora novelas, se reunir em grupos e ser fashion. Se você é homem, cuidado! Os aquarianos são ótimos sindicalistas e estilistas, às vezes, ambos ao mesmo tempo.



PEIXES (23 fev a 22 mar)
Você é do tipo sonhador, místico, sensível e costuma se doar muito. Se você é homem, as suas chances de ser viado são muito grandes. Você é cheio de Conselhos fúteis e não faz nada além de encher o saco detodos que se aproximam de você. As piscianas dão boas apresentadoras de programa infantil e atrizes pornô.


ANNE

Confusão de elementos

musiquinha que fiz nessa semana.


Confusão de elementos


Frutos colhidos em sebo
Peixes em computador
Antigo vinho que bebo
Quanto custa um aspirador?
Limpa a poeira do tempo
Liga o amplificador
Transam-se fragmentos
Residual inovador

Embriagou-se um rapaz
Num futurismo retrô
Soltou um verbo voraz
Ao som de um disco-voador
Limpa a poeira do tempo
Liga o amplificador
Transam-se fragmentos
Residual inovador

Na confusão de elementos
Algo se libertou
Da cela do silêncio
Com seu martelo encantador
O que ainda pega fogo
E abastece um novo motor
E arde o meu corpo em chama
Na gana de sedutor
E gosta de tirar do sério
O que o tédio sentenciou

Limpa a poeira do tempo
Liga o amplificador
Transam-se fragmentos
Residual inovador


Leno de Andrade

GOMORRA DOS NOSSOS ENCANTOS E PECADOS...


Que fique o não-dito pelo dito!
Saudades,


Wesley PC> (em nome de outrem)

UMA FORCINHA PRO TOM ZÉ...

Ontem à noite, eu e Rafael Torres passamos em Gomorra. As luzes estavam apagadas, a porta trancada e uma música do Tom Zé (“Peixe Viva”, para ser mais preciso) era altissonantemente executada. “Estão fazendo sexo aqui dentro”, deduzimos com razão, eu e meu amigo. Visitamos outro Rafael (o Maurício, aquele “Perfeito”), mas este tinha sono. Conversamos por algum tempo e eu perguntei se ele acreditava que fazer sexo ouvindo música era interessante. Eu confessei que não. Ele preferiu não me responder para não realimentar o amor doentio que sinto por ele. Direito dele, fazer o quê?

Ao me perceber acordado em casa, na manhã de hoje, resolvi escutar um disco do Tom Zé que eu não tinha ouvido até então: “Correio da Estação do Brás” (1978). Fiquei encantado pela primeira canção, “Menina Jesus”: linda, linda!

“Vai, viaja, foge daqui, que a felicidade vai atacar pela televisão
E vai felicitar, felicitarfelicitar, felicitar, felicitar até ninguém maisrespirar.
Acode, minha menina Jesus, minha menina Jesus, minha menina Jesus, acode!”

E faziam sexo...

Wesley PC>

A OBVIEDADE DE QUEM SE ENTREGA, A SUBMISSÃO DE QUEM AMA...


Ao realizar “Angel” (2007), o diretor francês François Ozon foi criticado por parte de seus fãs fundamentalistas e superficiais. Seja porque a trama é aparentemente heterossexual, seja porque o filme é falado em inglês, seja porque ele realizou um insuspeito trabalho de época. Confesso que eu me deixei levar por alguns destes comentários preconceituosos e, à época, hesitei em ver o tal filme, quando ele foi exibido nos cinemas de meu Estado. No domingo passado, porém, acordei com as exclamações de minha mãe, diante da sessão, quando ele estava sendo exibido na TV. Gravei-o e o assisti na manhã de hoje, enquanto preparava uma sobremesa de morangos com leite condensado. Precisarei do doce rosado: o filme é lindo, pseudo-(ir)realista e triste!

Basicamente, sobre o que é o filme: a protagonista Angel (vivida pela iluminada e surpreendentemente vulgarizada Romola Garai) é uma moça pobre, que vive com a mãe, no pavilhão superior de uma mercearia. É destratada na escola em que estuda, por sonhar em demasia com a vida aristocrática. Escreve sem parar, de maneira que consegue um editor, que se espanta com a sua pouca idade no que diz respeito à descrição acurada e ousada dos “fatos da vida”. Torna-se famosa, ganha muitos fãs, desperta a paixão de uma tímida aprendiza de poetisa, que se torna sua secretária, e fica encantada pelo irmão pintor desta última, mas ele é severo, ele é amargurado, ele é um suicida em potencial, ele não consegue amá-la, ele a fará feliz e a fará sofrer... Basta para recomendá-lo!

Sem querer estragar a surpresa de ninguém, queria descrever aqui duas cenas que me tocaram particularmente: na primeira, o marido de uma mulher abraça-a na cama e esta reclama que há um cachorro no quarto, sugerindo que ele o retire do ambiente. A resposta: “cachorros estão mais do que acostumados aos fatos da vida”. Anos depois, numa era pós-bélica, este mesmo homem estupra a sua própria esposa. Ela está desencantada com a (falta de) sucesso e ele está bêbado, sem uma das pernas e amando outra pessoa. Agarra-a com força, aos prantos, até que uma mulher apaixonada salva a sua amada graças à bengala dele. Vi-me nesta cena, em mais de um personagem...

Acho que é hora de parar de escrever, sob pena de forçar mais a similaridade identitária com a protagonista do filme, mas, suplico-vos: vejam este filme – e saibam que eu existo!

Wesley PC>

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

DESTRANQUEI A PORTA DO MEU PEITO...

Alguma coisa me fez lembrar da letra de “Fio de Cabelo” enquanto estava no trabalho, hoje à tarde. Por um capricho daqueles que eu não nego, comecei a ouvir as canções de Chitãozinho & Xororó numa rádio virtual qualquer. Qual não foi a minha surpresa ao ver as 4 pessoas que estavam presentes no local cantando bem alto a letra de “Evidências”! As lágrimas quase chegaram aos meus olhos, a letra é linda. Segue trecho emocionado:

“E nessa loucura de dizer que não te quero
Vou negando as aparências, disfarçando as evidências
Mas para que viver fingindo
Se eu não posso enganar meu coração?
Eu sei que te amo,chega de mentiras
De negar meu desejo
Eu te quero mais do que tudo, eu preciso do teus beijos
Eu entrego a minha vida para você fazer o que quiser de mim
Só quero ouvir você dizer que sim”!

Apesar de também estar cantando, uma das minhas companheiras de trabalho insistia em perguntar se eu realmente gostava daquele tipo de música. Não consegui encontrar uma resposta óbvia: tenho raiva das tradições midiáticas relacionadas às canções, mas as letras são tão cativantes... Fiquei emocionado, juro! Jamais esquecerei desta noite trabalhista com as emoções expostas! Ave, Chitãozinho & Xororó! (risos)

“Diz que é verdade, que tem saudade
Que ainda você pensa muito em mim
Diz que é verdade, que tem saudade,
Que ainda você quer viver pra mim”

Wesley PC>

MADONNA NA DÉCADA DE 1980


Hoje pela manhã, eu vi o clipe de “Like a Virgin”, lançado em 1985. Pode parecer chocante, mas eu não lembro de tê-lo visto até então. Na referida obra de arte videográfica, a cantora passeia por canais europeus e realiza um jogo erótico com um leão e, logo após, com um homem mascarado como o referido felino. Achei as imagens bobas (clichês ‘kitsch’ talvez) e a voz da diva um tanto esganiçada (os gritinhos dela no refrão me causava risos), mas, puxa, que canção divina, que música perfeita, que letra inspirada, que interpretação tarantiana (posterior) curativa! Com todos os defeitos, uma obra-prima!

“I made it through the wilderness

Somehow I made it through
Didn't know how lost I was
Until I found you

I was beat incomplete
I'd been had, I was sad and blue
But you made me feel
Yeah, you made me feel
Shiny and new

Like a virgin
Touched for the very first time
Like a virgin
When your heart beats next to mine”

Wesley PC>

A ABERTURA PELA MORAL


“Não sou nem um animal, nem um homem. Sou uma espécie completamente nova” (Dexter Morgan, ao final do 4º episódio da primeira temporada)

Finalmente comecei a ver o polêmico seriado “Dexter”, graças aos auspícios de nosso amigo Fábio Barros. Muitos foram as opiniões válidas que me elogiaram este seriado e comprovei que sim, o mesmo é digno de repetidos panegíricos. A trama básica do mesmo varia em torno do personagem-título, interpretado pelo carismático e muito bonito Michael C. Hall. Sentindo compulsões assassinas desde a sua infância, ele é encaminhado por seu pai (adotivo) policial a “matar somente aquelas pessoas que não merecem viver, contribuindo assim para a eliminação da sujeira do mundo”. Ponto de partida número 1.

Além de Dexter, são personagens recorrentes no seriado sua irmã também policial e de boca suja, a ranzinza chefa dela, que sente atração por ele, um policial rabujento, um assistente latino de autópsias e a namorada de Dexter, que fora estuprada diversas vezes, além de ser espancada e roubada por seu ex-marido. Por causa de toda a violência sofrida, esta mulher desgosta de sexo, o que é conveniente para Dexter Morgan, que, sociopata por excelência, não entende o porquê de as pessoas gostarem tanto de foder. No episódio acima citado, sua namorada pratica sexo oral nele. Que inveja! (risos)

Para surpresa minha e do personagem, a felação foi deveras agradável. Momentos depois, ele é tentado por outro ‘serial killer’ a assassinar um homem amarrado a uma cama e já parcialmente decapitado. Mas Dexter resiste. Sua tara mortífera é bastante específica: ele é apenas um ‘serial killer’ de ‘serial killers’!

Por mais que eu discorde de vários aspectos morais do seriado (exemplo maior: a sugestão do pai do adolescente Morgan em atenuar seus anseios homicidas esfaqueando um veado semimorto), estou crescentemente encantado pela construção do protagonista: as tramas investigativas e os personagens secundários são triviais ou já encontraram paralelos noutros programas, mas a narração constantemente amargurada do protagonista, suas memórias, suas reflexões, suas invejas, seus fracassos, seus medos, seus temores, sua decepções de ser “apenas um monstro marinho” de vez em quando... Como me são curativos! Estou encantado com o seriado. Recomendo-o!

Na fotografia, trechos da extraordinária seqüência de abertura, no qual banais reproduções do dia-a-dia (raspar a barba, moer café, fazer suco de laranja, fritar ovo, amarrar os cadarços do sapato) são investidas das mais vigorosas pulsões libidinais em relação aos desejos mortíferos do protagonista. Brilhante! Repito, portanto, a recomendação: assistam ao surpreendente seriado televisivo norte-americano “Dexter”!

Wesley PC>

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

SERÁ QUE EU SEI QUAL A ETIQUETA DA CAMISETA QUE AGORA VISTO?

Talvez saiba, mas tenho certeza de que não é Le Tigre. Nem sabia da existência desta marca até poucos segundos, quando pesquisava sobre o álbum “This Island” (2004), da banda eletrônico-punk-feminista norte-americana Le Tigre, que foi ouvido por mim na manhã de hoje, enquanto os integrantes de minha família se desentendiam, minha cadela mais nova triturava as correias de minha sandália e eu lembrava de Américo Nascimento, garotinho que tornou-se fã da banda, quando a ouviu num momento de tristeza praiana. Veio-me à mente todas as vezes em que ouvi aquelas canções frenéticas no trabalho, quando era repreendido por minha chefa aniversariante, em virtude da “zoadeira” das canções. A faixa mais famosa do disco, inclusive, chama-se “I’m So Excited”, que não somente é dinâmica e maravilhosa como também parte incidental da trilha sonora de um ótimo filme do Mike Leigh sobre a alegria de viver... Viver é bom!

“I'm so excited (Look what you do to me)
I just can't hide it,(You've got me burning up)
I'm about to lose control and I think I like it,
I'm so excited,(Look what you do to me)
I just can't hide it(Why wont you give it up?)
And I know, I know, I know, I want you,
I WANT YOU!”

E minha camiseta de hoje é da marca StoneBonker.

Wesley PC>

E POR FALAR EM MARRETADA...

Nas últimas postagens, tentei evitar o chororô que tanto me caracteriza, mas, ao rever “Louca Obsessão” (1990, de Rob Reiner), na madrugada de hoje, meus planos vão por água abaixo: é impossível compartilhar de minhas patologias psicopassionais e ficar inane diante deste filme forte, adaptado de um romance de Stephen King, muitíssimo recomendado por um engenheiro civil que trabalhou comigo no DAA. É impressionante o quanto este escritor entende a solidão de personagens atormentados. Foi assim naquele filme em que uma moça que não sabia o que é menstruação é vilipendiada em sua formatura, foi assim naquele filme do ‘nerd’ que fica tão obcecado por seu carro que mata as pessoas ao seu redor, é quase sempre assim...

No filme citado, Anne Wilkes (Kathy Bates) é uma enfermeira amargurada, viúva (quiçá assassina do marido) que foi culpada da morte dos bebês do hospital em que trabalhava e que se consola com a leitura incondicional dos livros do escritor Paul Sheldon (James Caan), que, por sua vez, está cansado de folhetins baratos, de viver à mercê dos gostos do público. Quando ele sofre um acidente de carro em virtude de uma nevasca e é acolhido pela enfermeira amargurada, é aprisionado, torturado, estropiada, quando esta descobre que a personagem central do livro é morta no parto. Vendo o filme, e transportando algumas situações para minha realidade pessoal (não preciso nem dizer em que sentidos), fiquei atordoado: Deus meu, será que cometerei os mesmos crimes em nome de amores assimétricos? Acho melhor afastar as marretas de minha casa...

Wesley PC>

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

“A NATUREZA (HUMANA) É A IGREJA DE SATANÁS” - LARS VON TRIER


Em breve, comentário sobre “Anticristo” (2009), o filme da foto, em que uma mulher sofrida mutila a sua própria vagina com uma lamina enferrujada, depois de espatifar o pênis de seu marido com um martelo. Enquanto isso, espero...

Wesley PC>

“I BELIEVE IN LOVE” (ou QUANDO TEM QUE SER, TEM QUE SER!)


“I believe in love
I believe it every time I see you
Walking by my side
It's something I can't hide”

Quem não se lembra da pequenina Domenica Costa cantando esta solene musiquinha, lá pelos seus 8 ou 10 anos de idade? Pois bem, ao amadurecer e ser relegada ao ostracismo pela população estadunidense que a consagrou na infância, Nikka Costa lançou em 2001, aos 29 anos de idade, o álbum “Everybody Got Their Something”, cujo título responde muito bem ao que ela própria enfrentava ao não mais ser reverenciada pelo sucesso de público de outrora. Apesar de ser muito elogiado pela crítica, este disco de ‘rythm & blues’, muito diferente dos estilos a que a cantora estava acostumada,não vendeu tanto quanto merecia. Pena. Estive a reouvir este disco na manhã de hoje e gostei muito, em especial da faixa 11 (“Push and Pull”), que compareceu na trilha sonora do bom filme biográfico “Profissão de Risco” (2001, de Ted Demme), sobre um dos traficantes de cocaína mais carismáticos e influentes da América, George Jung (muitíssimo bem interpretado pelo versátil Johnny Depp).

“You push and you pull and struggle with the knot
It's tying you up while you're fadin'
You give and you take and take what you got
'Round and round 'till it breaks and
You push and you pull and struggle with the knot
It's tying you up while you're fadin' into your lie”

Os gritinhos femininos em falsete das primeiras faixas me trouxerem à mente a célebre “Lady Marmalade”, na versão da diva ‘disco’ Patti LaBelle, mas Nikka Costa se sobressai ao introduzir benvidos elementos ‘rockers’ em seu disco, aliados a letras bem-trabalhadas no plano lingüístico e emotivo. Merecia maior receptividade do público, mas, como diz o próprio título do álbum, “cada um recebe o seu algo”. Fica o recado. Sobre o amor que ela cantava na infância? Ah, sim, ainda acredito!

Wesley PC>

terça-feira, 15 de setembro de 2009

SOCIOLOGIA DO MEDO (OU UM POUCO MENOS)


Li pouca coisa (escrita) do “mestre do terror” Stephen King. Gostei muito da amargura contida em “The Body” (chamado “Conta Comigo” no Brasil) e gosto bastante de “As Crianças do Milharal” (transformado em “Colheita Maldita” no meu País natal). Porém, gosto muito das versões em filme para seus escritos. Por mais que tachem-no de escritor oportunista, não há como se negar que suas matérias-primas de terror engendram belíssimos filmes. Parte da crítica cinematográfica, inclusive, elogia o bom trabalho de adaptação que o diretor Frank Darabont (especialista em roteirizar obras dramáticas do escritor) realizou em “O Nevoeiro” (2007). Vi este filme na noite do último sábado e não gostei tanto quanto os demais exegetas, mas tenho que admitir: que belíssimo final! Que aula póstuma de sociologia!

Não posso revelar aqui os detalhes deste final, mas a primeira imagem que me veio á cabeça foi o suicídio do filósofo Walter Benjamin, que provocou sua própria morte às vésperas da salvação do nazismo. São situações diferentes, mas ambas me fizeram pensar no porquê de algumas pessoas se desesperarem em situações-limite. Vivo me preparando para elas, de maneira que o que me apavora são as situações triviais...

Sobre o que é o filme: logo na primeira cena, acompanhamos o pavor da família de um artista de cidadela, cuja residência é invadida por diversos galhos de árvores caídas durante uma tempestade. Quando ele e seu filho pequeno entram num supermercado para fazerem compras, o nevoeiro do título cerca a cidade, trazendo consigo estranhas e letais criaturas mutantes (insetos gigantes, seres com tentáculos dentados, aranhas assassinas, etc.), que, se são desacreditadas por alguns (que logo morrem, em seu ímpeto de espúrio destemor), são tomadas como o anúncio de pragas apocalípticas por uma demente religiosa, que instaura o pavor no interior do recinto, a tal ponto que um militar é ostensivamente esfaqueado pelo “bem comum”. Como se vê, o ponto de partida do filme é promissor, mas, infelizmente, alguns exageros interpretativos prejudicaram a minha recepção. Como eu gostaria de ler o romance original neste caso...

Lembrei de comentar sobre este bom filme (acima de tudo, um bom e impactante filme) porque a moça que me emprestou o DVD em que ele está contido veio buscá-lo no local em que trabalho agora há pouco. Ela ficou tão empolgada quando eu disse que fiquei chocado com o final que não hesitou em lançar um convidativo “precisamos conversar” antes de ir embora. Fiquei com vergonha de admitir de supetão que não gostei tanto do filme quanto ela, estudante de Ciências Sociais, mas concordo: precisamos conversar! Se alguém mais tiver visto o filme, por favor, manifeste-se.

Wesley PC>

“NÃO É QUE O SÁBIO DESGOSTE DE TER AMIGOS, MAS ELE DEVE ESTAR PREPARADO PARA NÃO TÊ-LOS”

Conforme anunciado anteriormente, hoje eu apresentei a obra mitômana de Hayao Miyazaki como sendo uma resposta discursiva à amorfia contra-historicizante dos tempos pós-modernos. Empolguei-me e terminei excedendo o tempo-limite estabelecido para a apresentação (25 minutos!). Depois de mim, um licenciado em Filosofia utilizou a frase acima para justificar o seu trabalho sobre a noção de dever em Epíteto. Depois dele, um professor da UFS advertiu-me que, da próxima vez que eu apresentar algum trabalho cultural, deveria concentrar-me em apenas uma obra de arte. Para além da observação justificada, eu fiquei muito contente com a apresentação, ao tempo em que tive certeza que os vícios da Academia não me atingem por completo. E, infelizmente, só existem três livros sobre História do Japão na Biblioteca Central da UFS, nenhum deles em português. Tive que ler sobre o hermetismo nipônico em inglês mesmo. Haja pós-modernismo!

Wesley PC>

FOTOGRAFIAS SERVEM TAMBÉM PARA NÃO MOSTRAR O QUE É VISTO, SABIDO E SENTIDO...


No quintal de minha casa, existe um galo e uma galinha. Ambos procriaram e deram origem a sete pintinhos pretos, que passam o dia inteiro juntos e dormem debaixo da mesa da cozinha. Não pretendo explicar como se dá este tipo de instinto, mas dedico um bom tempo à investigação dos porquês de dois pintinhos não serem vistos nesta foto. Eu sei onde eles estavam quando a mesma foi captada. Beneficio-me de um contexto. E quem não sabe disso? Lá se foram as últimas esperanças gregárias... Ponto de interrogação.

Wesley PC>

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

“E O NOME DO TERCEIRO FILHO DE EVA FOI SET, PORQUE ELE COMPENSOU A MORTE DE ABEL POR SEU IRMÃO CAIM”....


Há pouco, estive defendendo o filme “Genesis” (1994, de Ermanno Olmi) diante de uma platéia, de maneira que o inteligente e divertido professor que estava sentado à mesa aproveitou uma válida discussão etimológica sobre as origens da Bíblia para contar uma anedota que me encheu de encanto:

O menino chega em casa, todo nervoso, e pergunta à sua mãe:
- Por que tu não gostas de mim, mamãe?
- Por que tu estás a me perguntar isso, filhinho? Eu gosto muito de ti.
- Porque meu nome é Maurício, mamãe. Se tu alegas gostar tanto de mim quanto dizes, porque eu não fui batizado Bom-rício?


Bastou-me para sorrir e me sentir contemplado.

Wesley PC>

“A BRUMA LEVE DAS PAIXÕES QUE VÊM DE DENTRO”...

Um dos maiores choques que sofri ao participar de um evento nacional sobre Diversidade Sexual foi perceber a existência de um racha intenso (sem qualquer trocadilho) no Movimento Gay, dado que, pelo que tive a infelicidade de perceber, homossexuais masculinos e femininos lutam por variantes pragmáticos diferentes. Melhor dizendo, enquanto as lésbicas eram vistas cedendo a necessidades burocráticas freqüentes, reunindo-se para discutir o que quer que fosse sempre que tinham oportunidade, os pederastas pouco mais faziam que procurar oportunidades para “super se catar”, como disse-me um deles, conscientizado. A infelicidade de perceber tal racha (que, no início, parecia uma nãos-simples paranóia de um amigo inteligente) manifestou-se de outras formas ao longo da viagem, de maneira que poucas foram as vezes em que viados e sapatões concordaram em algo. Um desses casos foi quando, voltando para Sergipe, consentiram em ouvir uma magnífica coletânea de canções interpretadas por Alceu Valença. Lindo momento!

A referida coletânea chama-se “Pelas Ruas que Andei – O Melhor de Alceu Valença” e é datada de 1996. A faixa inicial, “Anunciação” é perfeita e me causou uma verdadeira epifania quando executada no Festival de Artes de São Cristóvão, há alguns anos. Gemia pessoalmente com aquele refrão: “tu vens, tu vens/ eu já escuto os teus sinais”. Aliás, fiquei impressionado com a quantidade de vezes que a palavra SOLIDÃO aparece no álbum, até que recebe uma canção própria, quando é acusada de fazer “os nossos relógios caminharem lentos”. Digamos que eu nunca tinha dado a atenção que o compositor pernambucano merecia, mas, depois que visitei Recife por duas vezes e tive a honra de escutar uma amiga local cantarolando emocionada os nomes das ruas citados por Alceu Valença, hoje eu posso me assumir como fã do artista, a ponto de suportar o fato de a extraordinária canção “La Belle de Jour” não constar da referida coletânea. Quanto às brigas desnecessárias entre pederastas e lésbicas, fica o recado do compositor:

“Coração-bôbo, Coração-bola
Coração-balão, Coração-São-João
A gente se ilude, dizendo:
'Já não há mais coração!'"

Wesley PC>

domingo, 13 de setembro de 2009

ESSE TEXTO, É SOBRE UM PROCESSO


(Texto escrito na comunidade do BNegão)

Pois bem Broders dos seletores, estou retornando pra trocar umas idéias do que está desenrolando comigo na minha viagem que citei na outra postagem.Caras, ainda não me foi dado o prazer de conhecer vcs, no entanto ter conhecido a magnífica obra E.G., vejo que no caso de me bater com vcs terei muito pra aprender.
Porra man, quando escrevi a outra idéia tava pra fazer 2 meses na estrada com meu outro broder, mas a vida tinha me guardado surpresas e quando ainda em Brasília, conheci 4 aventureiros cearenses que estavam rasgando o Brasil de bike. Me juntei aos caras e aí passei a aprender o que é a vida na estrada.Eles tinham apenas 2 meses de viagem mas havia um grande diferencial em relação ao tempo que passei caronando.
Os caras tem muito sangue no olho como legítios nordestinos e além de tudo possuiam a chava, a base para uma vida na estrada: paciência.
Na viagem produzimos alguns sons que falam das maravilhas que é ser um operário sem horário.
Atualmente estamos em Rancharia, inteior paulista, vamos passar uns meses até partimos pra nosso próximo destino que é a Bolíviva e depois a América Latina.
No percurso até nossa atual localidade sofri um acidente e tivemos que nos separar. No entanto, esse momento onde passei internado em um hospital, revolucionou todo uma história de vida. Não tenho como escrever tudo o que vem se passando nesse breve texto, mas tenho um blog (http://rcoelhosan.blogspot.com/) onde estou escrevendo sobre as percepções que estou desenvolvendo do micro e do macrocosmo nesses 3 meses de chão.
Hoje, depois de um bom tempo sem dar um pedal, peguei a bike, conectei uns fios na urêia e rodei pelas ruas da mediana cidade em uma traquila tarde de domingo analisando o E.G.
Man... DO CARALHO!
Não sabia qual verso pegar pra desenrolar uma idéia.
Como disse, ainda não nos conhecemos (ao menos pessoalmente), mas pode ter a certeza que vcs já são mais uns dos anjos Charles que conheci em minha vida.
Há um perfil do grupo que se chama VAGALUZ (Vagabundos Iluminadaos)... se for possível, dê um saque, ia ser massa.
Coelho
FLWS
Lua Minguante de Setembro/09

O VAZIO DO FETICHE DO EXOTISMO FALACIOSO


Tudo bem, havia capital de uma república ex-iugoslava nos créditos, a trama era estilosa em suas imbricações suspensivas, a fotografia é pós-moderna ao extremo, mas... venhamos e convenhamos, no geral, “Film Noir” (2007, de D. Jud Jones & Risto Topaloski) só ensina que o mal é tentador, deixa as mães de família preocupadas com a ascensão apologética da heroína, pincela belos quadros sadomasoquistas e chafurda no vazio cíclico pós-Francis Fukuyama (onde é que eu leio algo deste homem? Na BICEN não tem!). Que me sirva de lição pós-moderna. Ave Hollywood!

Wesley PC>

O SER E O TEMPO (VESÃO LIBERDADE)




"Oh, maravilha!
Como há aqui seres encatadores!
Como é bela a humanidade!
Oh, admirável mundo novo que encerra criaturas tais!"
Em fim ponho estes maravilhosos vesos da obra " A Tempestade" em seu devido lugar. Em outra carta escrita para as enfermeiras já os tinha usados além de uma outra curta citação; mas agora eles estão a primordiar as idéias que estão a se seguir; idéias que desenvolvi em uma simples conversa com um garoto de 10 anos de idade.
Na última quinta feira, logo depois de despertar, me coloquei a escrever a idéia sobre as cidades, já devidmente posta no blog. Li para o amigo David(Davi) e depois convidei o então garoto que se cahama Luan, para me acompanhar no café da manhã.
Para quebrar o silêncio perguntei ao pivete sobr a escola, sua série, sua matéria preferida e nesta última pergunta ele me responde que História era a aula que ele mais curtia. Porra, na hora questionei sobre qual assunto ele tinha mais interesse e ele me diz ser Pré-História. Porra duas vezes. Lembro que quando tabém estava na 5ª série esse foi um assunto que curtir muito; mas logo que entro na univesidade e encaro as soníferas aulas de Verônica; porra... que coito interrompido man!
Mas bem, comecei a jogar umas idéias sobre pré-história e eis que me pego ministrando a melhor aula que já dei nos meus vinte anos.
Quando estava na estrada eu e meus broder tinhamos o costume de conversar sobre oque liamos, o que viamos, em fim, tudo que rolava durante nossa perigrinação.
Numa das primeiras conversas, isso ainda em Brasília, falei sobre umas idéias que Braba tinha pensado sobre o nomandismo.
Na história, enquanto o homem se organizou em grupos nômades natualmente havia um controle populaional como também um ligação plena com a natureza.
Aí, conversando com o guri fui desenvolvendo a seguite idéia, misturando os ensinamentos dos livros e também das conversas da estrada. Foram mais de 3 horas viajando sobre pré-história, sobre povos da atualidade como os Beduinos, chagando na discursão sobre TV, propaganda, cidades, política e tantos outros assuntos. Mas quando os ponteiros marcaram juntos o enorme número branco 12 do relógio tivemos que cessar a conversa pois as formalidades do dia obrigavam a presença da então criança.
Quando da chagada de Luan este veio até a mim e falou que sua aula havia sido sobre Atenas e Esparta. Falei de algumas coisas que lembrava mas disse que em outra oportuidade conversariamos mais.
Passou a sexta e no sábado pela manhã o pivete colou para trocarmos a então idéia.
Falei que sabia pouco sobre o assunto, porém concentrei a conversa no uso que se faz na atualidade das duas cidades.
Começei explicando as origens do socialismo, passei pela 1ª Guerra Mundial, expliquei sobre a URSS e toda a sua hitória, até concluir no uso feito por HollyWood das imagens de Esparta no filme 300, que faz oposição a apropriação da mesma cidade durante os anos da Guarra Fria.
Ele então me perguntou o motivo das constantes utilizações do corpo do homem mostrado de forma esbelta mas sempre com um pequeno pinto.
Lhe explico que naqules tempos os filósofos, os matemáticos e todos os estudiosos construiam seus ensinamentos buscando um único ideal: O Belo (salve Prfª Maria).
Se hoje os matemáticos fazem cáculos apenas para se chegar a um resultado e em sequência sua utilização em coisas diversas; no tempo de Platão, Sócrates, Pitágoras e mais ainda Leonado da Vinci, Rafael Sanzio, Michellangelo; esses caras conseguiam abarcar diversas funções e pô-las em prática de maneira magnífica por focarem em suas obras o ideal do belo.
Essa busca e esse mar de conhecimentos resultava consequetemente em uma relação diferente com o tempo.
Não era o bater dos ponteiros que controlavam suas funções, mas suas inspirações emanadas de sua natureza que articulavam as divesas ocupaçõs ao lono de suas vidas.
Imediatamente relacionei esta reflexão com os meus últimos meses.
Se hoje me ponho a escrever por horas; se consigo ter atenção em tudo que faço; se somente agora me sinto seguro para dar um espécie de aula que não passou de uma conversa com uma criança; é justamente por ter mudado minha relação com o tempo.
Quando estava em Uberlândia , escrevi um tipo de carta/diário de viagem onde sem querer fiz uma interpretação da obra de Salvador Dalí (ao menos a interpretação me serviu).
"Por mais difícil que seja se poder pensar ou se sentir a pimasia de se estar livre; encarar as sequências do bater dos ponteiros como que derretidos sob a paralisia de uma mesa, é uma glória permitia à poucos".
Estar livre de obrigações me liberta do tempo material e me leva a respeitar as vontades de meu corpo me permitindo descobir as maravilhas que agora me regem.
Talvez agora compreenda o que Tim Maia sentiu quando em seus anos divulgando a ideologia Racional.
Lembo que em uma aula de América II, o Prof° Pina falou sobre a construção das igrejas barrocas, onde se dedicava anos para pintura, para se escupir, pra construir o altar, em fim... tudo aquilo que resulta nos monumentais exemplares da fé espalhados pelo Brasil.
Mas esse exemplo pode se dar a diversas construções e mesmo a outros esquemas.
Antes de começar a vigem de bike, tanto eu como Barba provamos do maravilhoso Baião-de-dois cearense, que leva uma cara pra ficar proto. Tanto que Caetano Veloso em uma de suas canções fala: "...não se avexe não; baião-de-dois, deixe de manhã...". Quase todos os rangos da estrada levam um tempão pra ficar pronto, mas o esquema sempre é o do velho Tim: numa rilax, numa traquila, numa boa.
Quando falei ao meu amigo Otávio sobre a idéia desse texto ele me lançou uns outros pensamentos teóricos muito massa, mas estes acho mais interessante serem feitos em uma mesa de bar. Assim sendo, caso retorne para Aracaju, quero ouvir o que vocês pensam sobre as palavras aqui deixadas.
No mais esta percepção é fundamental para que eu possa me relacionar com estes novos tempos. Na mesma manhã ouvir o cd "Chora Agora", dos Rcionais e tinha um verso assim:"...eu tinha que escolher: ou sonhar ou sobreviver."
Estou sonhando e digo até, que para além de vivo.

Coelho
FLWS
Lua Minguante de Setembro/09