terça-feira, 23 de março de 2010

“QUEM QUISER SER JORNALISTA, NÃO PODES FAZÊ-LO SEM CONHECER VLADIMIR HERZOG”

Assim disse minha professora de Introdução ao Jornalismo na manhã de hoje. Como sempre, fiquei pensando, fiquei contente com a fecundidade da aula, no sentido de que a professora em pauta, Messiluce Hansen, que se autodefine como “rígida” e “exigente”, é uma de minhas musas institucionais. Gosto do estilo dela, da firmeza, da determinação, das esperanças alimentadas... Porém, não sou dominante em minha opinião: a professora é rachada de “Messilúcifer” pelos corredores do Departamento de Comunicação Social. Quanto ao Vladimir Herzog (1937-1975), ele é um dos grandes mártires do Jornalismo mundial, assassinado pela Ditadura Militar quando trabalhava na TV Cultura e mantinha ligações com o Partido Comunista Brasileiro. Outros tempos... E olha que, em sua certidão de morte, a ‘causa mortis’ é auto-enforcamento.

Recentemente, apareceu um estudante de faculdade particular em meu local de trabalho, solicitando Transferência Externa para um curso da UFS. Seu sobrenome era justamente Herzog e eu pensei que ele tivesse algo a ver com o cineasta alemão Werner Herzog, um dos mais geniais defensores do élan super-humano de cunho nietzschiano. Não contive a interrogação e perguntei se ele conhecia o diretor, ao que ele respondeu: “não, não. Eu sou descendente do jornalista falecido Vlado Herzog. Sabes quem é?”. Sabia...

Wesley PC>

Um comentário:

Ana Isabel disse...

Gostei muito deste post. Quando 'conheci' Vladimir Herzog foi num documentário na relevisão. Estou a fazer um trabalho sobre a censura aos jornais durante o Estado Novo (sou portuguesa, em Porugal houve uma ditadura entre 1926-1974) e tem sido muito interessante!

Gostei muito deste blog!

Ceijinhos