segunda-feira, 26 de abril de 2010

“IMAGEM (NÃO) É TUDO?”

Na noite de ontem, ainda traumatizado com a péssima versão belicosa para um livro de Lewis Carroll que vi no cinema, estive a conversar com uma vizinha de 18 anos sobre alguns comerciais de TV que ela jamais chegou a ver. Exemplos: a campanha do refrigerante de limão Sprite, que usava justamente como jargão “imagem não é nada, sede é tudo!”; a campanha do Ruffles, um de meus produtos de consumo favoritos, que dizia algo como “faça barulho”, em menção ao aspecto crocante do alimento irradiado; e as famigeradas campanhas comerciais de cigarro, em que algumas marcas se destacam pela inovação discursivo-associativa: o Malboro, associado à macheza do Velho Oeste; o Carlton, associado a um público mais ‘cult’; o Free, forçosamente atrelado a um público juvenil ‘cool’; e o notório Hollywood, que se servia de canções do U2 e do Simple Minds para incutir senso aventureiro radical em seus supostos consumidores.

Pois bem, na tarde do mesmo dia de ontem, um amigo segurou-me pelo braço, com cara de espantado, e pediu que eu identificasse, através dos signos contidos nesta fotografia de capa de CD, o gênero musical da banda por ele vendida, sendo que ele escondeu o nome da mesma com os dedos, a fim de garantir o choque que eu teria ao descobri-lo. Dito e feito: algo nesta imagem associa o conteúdo do álbum à banda de pagode Sorriso Maroto, cujos títulos de canções são “Ainda Existe Amor em Nós”, “Deixa Fluir” e “Não Valeu de Nada”? Enquanto comunicólogo viciado, eu que não me atrevo a responder. Mas adianto que não ouvirei o CD conscientemente, mas a capa quase me levou a querer fazer isso (risos). Imagem funciona enquanto componente vendável!

Wesley PC>

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