segunda-feira, 31 de maio de 2010

EDY STAR ARRASA, BABY!

Não tenho a mínima idéia de como o disco “Sweet Edy” (1974) veio parar em meu computador, mas ouvi-lo hoje me propiciou gratas surpresas. Primeiro, porque a qualidade surrealista/psicodélica das canções é muito boa, o que não era de se estranhar considerando-se a filiação do mesmo com gênios vocabulares do calibre de Raul Seixas e Sérgio Sampaio; Segundo, porque eu não sabia de seu pioneirismo enquanto ‘glam’, sempre pondo em voga a sua assunção como pederasta festivo, o que fez com que ele recebesse o papel do cientista transexual Frank N. Furter na montagem teatral brasileira de “Rock Horror Picture Show”, em 1975. Como é que eu posso ter vivido tantos anos fronteiriços ao universo ‘glitter’ sem nunca ter ouvido falar deste homem, deste baiano cognominado Edy Star?!

Tratei logo de remediar o atraso e descobri que o afetado artista vivinho da silva, é mestre-de-cerimônias em um cabaré madrilenho e possui um ‘blog’ nostálgico muito interessante em sua auto-complacência militante. Em verdade, o ‘blog’ é escrito num portunhol justificado e, tal qual o conterrâneo cinematográfico de Edy Star defendia, este linguajar próprio ajuda a promover uma linha de pensamento individual concomitante farrista e melancólico em relação às contradições ideológicas do mundo que nos cerca. Quem duvidar, que se atreva a ouvir o disco, em que estão contidas 13 faixas, compostas por celebridades alternativas tão dispares e competentes como Lupicínio Rodrigues, Caetano Veloso, Roberto & Erasmo Carlos, Jorge Mautner, Moraes Moreira, Leno, Gilbert Gil e o próprio Edy Star. Eu recomendo!

Wesley PC>

Um comentário:

Unknown disse...

"Ainda hei de ser famoso um dia
Meu nome nos jornais você vai ler
Vou ganhar mais de um milhão
Comprar o meu carrão
Cantando na tv "

Rockão. Edy é legal!