sábado, 8 de maio de 2010

O QUE ACONTECE EM GOMORRA, FICA EM GOMORRA!

Longe de querer defender a obliteração mnemônica, mas... Madruguei em Gomorra depois de quase 3 meses longe do local e percebi que o ambiente é extremamente coeso em relação ao que nos faz sentir, mesmo que fiquemos longe ou que deixemos de ver aquelas pessoas encantadoras por algum tempo...

Encontramo-nos ontem em razão da passagem aracajuana de nossa mais nova e adorada baiana, Débora Cruz. Dançou-se, bebeu-se, comeu-se (muito, visto que a visitante é agora um gastrônoma em ascensão), abraçou-se, fumou-se, fez-se tudo o que tornou Gomorra notável. Rafael Coelho concebeu, num de seus vários momentos de lombra, a metáfora que considero perfeita para a liberdade no contexto hodierno (“liberdade equipara-se a um passarinho que voa carregando consigo a gaiola em que está preso”) e Max Vieira permitiu que eu entrasse em contato mais do que nostálgico com o magnífico seriado televiso “O Fantástico Jaspion” (datado de 1985), ao qual eu não assistia desde que tinha 11 anos de idade! Ouvimos músicas brega e pimba, contemplamos os efeitos psicodélicos de uma lâmpada roxa no meio da sala, e ficamos mostrando uns para os outros que tipo de situação artística nos fazia chorar. Foi lindo!

Em dado momento, percebi que, apesar de estar com a câmera fotográfica na bolsa, não queria fotografar o que estava acontecendo ali. Era uma revivificação passional tão intensiva que precisava guardar aquelas lembranças no cérebro, apenas no cérebro, tal qual os diversos maridos norte-americanos que, antes de cederem às tentações matrimoniais impositivas pela sociedade ‘yuppie’, promovem despedidas de solteiro para-criminais em Las Vegas. E esta imagem não é à toa: não somente descobri que já tinha ouvido “Poker Face”, canção da diva Lady Gaga, em mais de uma situação e que a mesma não me punge como acontece com seus admiradores contumazes (alguns deles, presentes no reencontro) como também aconteceu de eu retirar a carta de 4 de ouros num tufo de cartas de baralho que estava sobre a mesa. Seria um sinal de algo? Eu e Rafael Torres não soubemos responder, mas foi encantador passar uma madrugada ao redor de tantos amigos – no sentido mais concomitantemente quanti/qualitativo do termo!

Wesley PC>

2 comentários:

Américo disse...

'...,e ficamos mostrando uns para os outros que tipo de situação artística nos fazia chorar.'

'...,mas foi encantador passar uma madrugada ao redor de tantos amigos – no sentido mais concomitantemente quanti/qualitativo do termo.'

Posso perceber como foi só de ler estes trechos, oh que pena que não fui! mas com certeza estava lá em espírito! ^^


ps.: nesse dia faltei aula pra comprar 'bonequinha de luxo' e 'laranja mecânica'! fiquei muito feliz com essas novas possessões!

Mas como dizem... Deus dá, Deus tira... hehehehehe



até!

Debs Cruz disse...

kkkkkkk
Dei risada com o título.
Amei o texto
Amei a sexta
Amei as conversas, as presenças,
as lembranças.
É bom e egoísta pensar que tá tudo guardado na nossa memória kkkkk
Eu descobri que ainda amo Gomorra