domingo, 13 de junho de 2010

ESTOU COM VONTADE DE CHUPAR UMA BOCETA AGORA!

“Acredito ser necessário ter a sensibilidade de uma pedra para não admirar esta obra genial”: esta frase não é minha, mas serve bem para iniciar como me sinto agora, minutos após a sessão de “Gelo Negro” (2007), filme do finlandês Petri Kotwica que estava gravado em minha casa faz tempo, apenas aguardando a oportunidade ideal para me fisgar e provar a minha ginecofilia bradante. Se eu tivesse como, bem que eu lamberia uma vagina agora!

A trama do filme me fisgou pela originalidade tendenciosa: uma obstetra faz sexo com seu marido engenheiro na primeira cena. Trilha sonora composta por Eicca Toppinen, um dos fundadores da banda de violoncelistas Apocalyptica. Na cena seguinte, a obstetra encontra um pacote de camisinhas entre os pertences de seu marido. Havia três na embalagem, que continha originalmente cinco. “Onde estariam as outras duas?”. Num movimento quase inverossímil, mas totalmente passível de acontecimento, a obstetra matricula-se na classe de ‘aikido’ ministrada pala amante de seu marido. Sob um nome e profissão falsos, elas tornam-se melhores amigas. A obstetra faz sexo com um belo alemão de 22 anos. A treinadora de ‘aikido’ confidencia os detalhes de seu relacionamento proibido à suposta psicóloga que conversa com ela. Onde será que isso vai dar?

Numa das mais brilhantes cenas do filme, a obstetra tenta verificar se a amante de seu marido está grávida. Convence-a a fazer um teste barato de gravidez, mas ela deixa o material necessário para tal cair na privada, de tão bêbada que estava. A obstetra, então, como recurso extremo, Poe sonífero na bebida de sua rival emocionalmente entregue e, quando esta adormece, enfia a mãe em sua vagina para verificar o inchaço do colo do útero. Ela acorda na hora H. Assustada e hábil, a obstetra taca um beijo na amante de seu marido. O desenrolar desta situação não tem como não ser trágico!

Por incrível que pareça, muito ainda acontece no filme, que, para além de suas imperfeições, deixou-me impressionado por abordar tensões tão cálidas entre indivíduos apaixonados numa região com clima gélido. Quem estava acostumado com os filmes melancólicos e taciturnos do Aki Kaurismäki, por exemplo, vai ser pego de calças curtas. E, quando mais eu pensava que o filme estava acabando, havia chegado ao ápice de seus conflitos, vem mais e mais e mais!

Não sei se é estragar a surpresa de alguém dizer que há um parto no filme. Há um parto. E há uma maravilhosa canção ‘pop’ nos créditos finais cantada pela estrela finlandesa Hanna Pakarinen. Tenciono baixar um CD dela amanhã mesmo. Enquanto não faço isso, curto o meu frio com músicas tipicamente islandesas. Quem me dera um xibiu agora...

“O que ela faz de diferente contigo? Penetração retal? Se tu quiseres, eu busco um vaso de lubrificante no hospital e a gente pode conversar sobre os seus desejos”...

Wesley PC>

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