domingo, 13 de junho de 2010

PELO JEITO, EU VOU TER MESMO QUE FALAR MAL DESTA COPA DO MUNDO...

E, pelo visto, o gancho vai ser mesmo a história real do jogador de pólo aquático Ervin Zádor, espancado em plena piscina de final de campeonato, no derradeiro mês de 1956, enquanto bombas e mais bombas explodiam em sua terra natal. Não conhecia a referida estória (resumida pessoalmente aqui) até ter acesso fortuito ao filme húngaro ‘pop’ “Filhos da Revolução/ Sangue nas Águas” (2006, de Krisztina Goda), que chama bem mais atenção pela seminudez subaquaticamente valorizada do astro magiar Ivan Fenyö do que pelo melodrama bélico revolucionário em si (vide foto), mas, com toda a miséria, este é um filme que me deixou pensando: “como é fácil confundir instinto competitivo com fervor nacionalista”!

Em época de Copa do Mundo, não tem como não se irritar com as aberrações tipicamente noticiadas (e defendidas) pelos repórteres, como o caso de uma sertaneja que caminha mais de 5km para assistir aos jogos ou a “benevolência” da ex-colombiana Shakira em ensinar a pobres crianças sul-africanas as coreografias dos espetáculos que serão proibidos para a maioria avassaladora dos habitantes das cidades-natal dos jogos. Qual é o truque de alguns governos para alimentar esta confusão? Decretar feriado nos horários dos jogos. E foi isso que o Governo Brasileiro fez e continuará a fazer: terça-feira à tarde será feriado, mas, ai de mim se quiser assistir a algum filme ou fazer algo que não assistir a um jogo maldito. Onde? Com quem?

É isso: temo que esta postagem é apenas uma advertência conflituosa. Não queria falar sobre isso (ignorar é um truque bem mais efetivo do que falar mal, sempre senti isso na pele), mas acho que serei moralmente obrigado. Pelo socorro neste intuito, portanto!

Wesley PC>

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