terça-feira, 6 de julho de 2010

CIÚME NÃO! O TEMA NÃO É ESTE!

Nos últimos dias, “Rid of Me” (faixa inicial e disco homônimo da PJ Harvey) tornou-se minha companheira musical dominante. Vários de meus dias começaram e se encerraram ao som desta canção, que oscila entre o sussurro e o grito, entre a revolta e a lamentação, entre a ameaça e a automutilação. Fabulosa!

“I beg you my darling
Don't leave me
I'm hurting”


Ora a compositora ameaça torcer a cabeça de seu amado, ora ela suplica que alguém lamba as suas pernas, pois ela está em chama. No geral, ela grita que está sofrendo, que etsá angustiada e que o homem que ama não conseguirá se livrar dela, generalidades estas que tornam a canção tao genial na forma quanto no conteúdo. Obra-prima!

Para meu desconforto, porém, estou com um leve entojo anglofílico, que me impede de consumir com mais vigor o restante do disco, mas é uma obra essencial do ‘rock’ contemporâneo e está servindo muito bem como trilha sonora de meus dias hodiernos, marcados pelo sobejo de trabalho, pelas exigências universitárias de final de semestre, pelas dificuldades de obtenção espermática decorrentes dos avanços de uma vizinha espevitada e pela vontade – sempre ela, vontade que jamais se afasta de mim!

De resto, “Rid of Me” é um disco que ainda contém petardos soberbos como “Man-Size Sextet” e “Dry”. Recomendo, portanto!

Wesley PC>

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