sexta-feira, 2 de julho de 2010

QUEM AMA O FEIO, BONITO LHE PARECE – PARTE I

Às nove horas da manhã, eu mijei – e meu mijo estava com cheiro de mofo. Fiquei preocupado, transmiti a minha angústia a algumas colegas de trabalho e elas limitaram-se a sentir nojo, ou brincar: “deve ser a cueca que tu estás a usar que estava guardada muito tempo”. Às 11h, mijei de novo e senti cheiro de urina. Ufa!

Às 21h, mijei no banheiro da biblioteca da Universidade. Quando li o que estava escrito na porta da cabine sanitária em que entrei, fui tomado por um pouco de inveja da concisão pornográfica de um texto que ali li: “chupo e pago. Número de telefone tal”. Eis o recado de banheiro que eu sempre quis deixar...

Às 23h, eu lia um capítulo de um livro chamado “Jornalismo e Cinema”. Minha mãe perguntava por que eu estava esquisito. “Tu saíste de casa bem. Por que estás triste agora? Brigaste com alguém no trabalho?” Incapaz de responder, sorri para ela e dei uma saidinha. Em alguns minutos, estava causando uma ereção num vizinho, que preparava-se para dormir e recusava que eu o masturbasse, mesmo por cima do lençol...

2h30’ da madrugada de quinta para sexta-feira. Vi os dois primeiros episódios do seriado televisivo “House” (2004) pela primeira vez e escutava repetidamnete o ótimo disco “Mezzanine” (1998), do grupo eletrônico/’trip hop’ britânico Massive Attack, do qual faz parte “Teardrop”, belíssima canção triste e bem-humorada que serve de abertura ao referido seriado, cujo DVD com os três primeiros episódios foi-me emprestado por um menino lindo e bruto, lindo e bruto, lindo e bruto, lindo e bruto...

E, às vezes, eu engancho numa frase: o que não pode ser dito – mas precisa ser dito – causa estragos. Tumores cerebrais nasceram por menos do que isso. E o protagonista do seriado não mente. Salve, Hugh Laurie!

Wesley PC>

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