quarta-feira, 18 de agosto de 2010

AGNÈS VARDA ANTES, DURANTE E/OU DEPOIS DO ALMOÇO!

Quando fui lavar as mãos antes de almoçar, ouvir o garoto que entrega as marmotas dos funcionários reclamar que estava preocupado em ir para casa pois fora flagrado por sua tia, fazendo sexo com uma jovem de mesma idade na cama de sua prima. Segundo ele, sua mãe é muito conservadora e, como tal, iria lhe passar o maior sermão, pois ele entrou sem permissão na residência em que estava. Ok, saí da sala, lavei as mãos e voltei para comer.

Tencionava rever “Prazer Amoroso no Irã” (1976), da cineasta belga Agnès Varda, durante o almoço, mas uma colega de trabalho puxou assunto comigo e eu não quis deixá-la conversando sozinha. Entretanto, rever 1 minuto do curta-metragem em pauta já me foi suficiente para ser novamente alvejado pelas belas imagens e palavras do filme. Agnès Varda não é somente uma cineasta com muito estilo e militância feminista. Ela é uma esteta, uma apaixonada, uma “companheira de percurso”... No filme, um homem e uma mulher, impregnados de paixão e magnetismo erótico, comparam a arquitetura dos seus corpos à arquitetura hipnótica dos prédios iranianos. Amam através de gestos, sons e palavras. Como espectador deslumbrado, podia eu fazer diferente? Por isso, como!

Wesley PC>

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