sexta-feira, 13 de agosto de 2010

TENTANDO FALAR SOBRE OUTROS ASSUNTOS – I: “O COELHO DE SEVILHA” (1950), de Chuck Jones.

Entre meus 15 e 17 anos de idade, era comum tomar banho depois de assistir ao curta-metragem supracitado, exibido pela TV Atalaia (antigamente, repassadora do sinal sergipano do SBT) sempre que algum desvio temporal fazia com que a programação nacional entrasse em descompasso com os tempos livres da publicidade local. Para minha sorte espectatorial, isso acontecia com freqüência, de maneira que perdi as contas de quantas e quantas vezes eu revi o clássico “O Coelho de Sevilha” (1950), quiçá a obra-prima do genial animador Chuck Jones. Maravilhoso!

Tive a bênção de ter acesso a este curta-metragem precioso em extensão .avi no mesmo dia em que um amigo de trabalho confessou-me satisfeito que fora convidado por uma companhia nacional para participar como tenor numa montagem local da ópera “O Barbeiro de Sevilha” (1816), de Gioachino Rossini, brilhantemente parodiada no filme em pauta, em que Pernalonga foge de Hortelino Troca-Letras e encena uma versão ainda mais bufa do libreto original, que não hesita sequer em utilizar acordes orientais para satirizar a proposta enredística da peça. Não somente gargalho muito sempre que revejo o filminho aqui comentado, como engrandeço-me enquanto pessoa ao consumir acordes tão belos e tão suscetíveis a interpretações variadas. No final do episódio, por exemplo, há um chiste de casamento homossexual. Por este motivo, o DVD foi lançado com restrições paternas nos EUA, quando o crime maior é impedir que as crianças tenham acesso a esta verdadeira obra-prima multi-artística. E, enquanto isso, eu tento mudar de assunto. Numa madrugada destas, eu consigo...

Wesley PC>

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