sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PRIMEIRO E ÚNICO ÁLBUM DA BANDA DE MESMO NOME:

Eu deveria aspear esta antonomásia situacional, visto que é assim que a Wikipédia se refere ao disco “Canto dos Malditos na Terra do Nunca” (2006), disco que venho ouvindo antes de vir para o trabalho nos últimos três dias. Relutei um pouco em assumir que gostei dele por dois motivos principais: a) o irrelevante: parte da crítica e do público tacha o álbum de fútil, em razão da combinação entre chororô e guitarras que marcam as 12 canções; e b) o subjetivamente importante: conforme anunciado em várias situações anteriores (vide exemplos 1, 2 e 3), tenho um problema tangente à apreciação musical no que se refere ao potencial de identificação entre o que o eu-lírico do artista canta e o que eu, enquanto espectador sonoro, reproduzo ao cantarolar. No caso em pauta, a vocalista Andréa Martins repete em várias canções, com sua voz de dopada contagiosa, que comporta de maneira desdenhosa em relação aos sentimentos de alguém que ela reluta em confessar que ainda ama (“olha a minha cara de quem gosta de você/ Cuspo na tua foto, faço cena de TV, pra ver/ Que você ainda gosta de mim”), mas que não consegue tirar do pensamento. Não sei se eu conseguirei agir desta forma algum dia (ou seja, a identificação é tênue), mas o disco grudou no meu subconsciente. Fofinho mesmo!

“Olha em mim procura o que te faz voltar
E eu não preciso nunca mais me preocupar
É que a esperança já não dança mais sem você aqui
Eu aceito esse teu defeito de esquecer que gosta de mim
Eu tenho pressa que a dor pode voltar
Vem depressa sem essa pro teu lugar”
(faixa 05- “O Que Te Faz Voltar”)

Quem me viu, quem me vê...

Wesley PC>

2 comentários:

Americo disse...

os conheci a uns três anos atrás, sumiram mesmo!

Gomorra disse...

Mas são fofos - Logo, imortais em minha mente e em meus ouvidos!

WPC>