Ainda estou nas páginas iniciais do doloroso “Mrs. Dalloway” (1925), de Virginia Woolf, mas ler a seguinte passagem depois de ter visto o arrebatador “Sukiyaki Western Django” (2007, de Takashi Miike) é algo que dá medo, medo:
“Rosas, ela pensou sardonicamente. Tudo lixo, meu querido! Na verdade, quando se há de comer, beber e se acasalar, nos bons e nos maus dias, a vida não é uma mera questão de rosas. (...) Piedade, pela perda das rosas. Piedade”…
Não sei com esta passagem foi traduzida no Brasil, visto que estou lendo o romance em sua difícil língua original, mas creio que a passagem queria dizer algo semelhante ao que está contido em minha tradução livre. É como se todos os personagens desejassem morrer... É vida. Por isso, o medo!
Wesley PC>
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4 comentários:
Eu quero ler esse livro da Virgínia. Confesso que tenho certo preconceito em relação a autorAs. Os motivos? Não sei - e olhe que não sou dos mais misóginos. Mas confesso - veja que piegas! - que gostei bastante d'O morro dos ventos uivantes, da Emily Bronte. Quanto à tradução, embora não tenha visto esse trecho no original, ficou, senão coerente, absurdamente poética e linda.
abrs,
João Paulo dos Santos
Outra coisa: não achei, no seu blog, nenhuma referência ao singular The Wall, seja ao disco ou ao filme. Isso é um absurdo, Wesley! rsrs. Né não, tô falando isso pois revi essa obra-prima hoje e, contrariando esses meus olhos secos, ao ouvir The thin ice, em conjunto com aquelas cenas bélicas, marejei lágrimas - incrível! Só choro diante da perfeição artística... haha.
esse livro é liindo!
um dos meus livros favoritos é dela, Orlando.
Vou rever o disco e reouvir o filme (assim mesmo, sinestesicamente) e te garanto que vai ter menção, sim, ao Pink Floy aqui (risos)
Quanto à Virginia Wooolf, dói! Este livro é bem mais complexo e sofrido que ORLANDO, também um dos meus favoritos de sempre, Tatiana.
E ler este trecho depois de ver a cena do Takashi Miike que acrescentei foi um golpe. Pesquisem sobre SUKIYAKI WESTERN DJANGO e tudo fará sentido, juro!
WPC>
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