sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DIZEM OS MEUS PROFESSORES: “COMPRAR LIVROS É SEMPRE UM ÓTIMO INVESTIMENTO”!

Isso parece um consenso, eu sei, mas para um consumista compulsivo como eu (que coisa, olha só, descobri que sou consumista!), um perigo se estabelece: quando parar? Como parar? Quando saber que eu já possuo o que quero ou supostamente preciso, quando ainda disponho de qualquer quantia monetária em meu bolso? Pior: se eu estiver a comprar algum livro para alguém que gosto, não meço esforços ou limites no que tange à aquisição, mas quando é algo para mim, fico cheio de “dedos”, como se diz por aí...

Na noite de ontem, porém, tive que resolver um problema no ‘shopping center’ e não resisti quando vi uma edição de bolso do clássico “À Sombra do Vulcão”, publicado em 1947 pelo britânico Malcolm Lowry, em exibição numa prateleira. Larguei uma interjeição de gozo, dei um pulinho e segurei o livro com as duas mãos. “Um tesouro por R$ 23,00!”, pensei. Não sei quando começarei a lê-lo, mas estou empolgado desde já. A versão fílmica que John Huston realizou em 1984 mexeu comigo, me arrasou até. Aquele homem bêbado até as tampas, caindo de amor e de desejo e de fracasso e de bizarrice e de dor e de tudo o que estiver relacionado a anãs prostitutas mexicanas no Dia de Finados, era como se fosse uma representação invertida e absolutamente similar do que eu costumo sentir quando me apaixono e/ou analiso as condições naufragadas do mundo ao redor. Ansioso e temente para começar a leitura. Fiz um bom investimento em mim mesmo, tenho certeza!

Wesley PC>

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