terça-feira, 26 de outubro de 2010

“ICH LIEBE DICH. ALSO ICH BIN EIN IDIOT!” OU AS COINCIDÊNCIAS INTELECTUAIS DO MEU DIA-A-DIA GLOBALIZADO:

Apesar de já ter estudado bastante sobre o cineasta teutônico Fritz Lang – “cineasta da vingança”, um daqueles que fugiu da Alemanha para Hollywood, a fim de não ser convertido em colaborador nazista, tal qual aconteceu com sua ex-esposa e longeva colaboradora Thea von Harbou – somente recentemente descobri (e tive acesso a) sua versão da estória da japonesa apaixonada que se entrega a um oficial fugidio do exército e, desonrada pela culpa, se mata num ritual típico de sua cultura nacional. Dizendo de outra forma, “Harakiri” (1919) é um filme alemão sobre uma tragédia japonesa envolvendo a penetração e disrupção por estrangeiros de aspectos milenares da cultura japonesa, conforme fora amplamente divulgada através de uma ópera italiana que conta estória semelhante e que se tornara conhecida no Brasil graças a um inspirado seriado mexicano de TV que realizou uma versão cômica da mesma. Eis a globalização!

Por meras coincidências, estou a ler alguns livros demasiado “acessíveis” (e isto é uma crítica negativa) sobre globalização, deslumbro-me segundo a segundo com a leitura em primeira pessoa de “Confissões de uma Máscara” (1948), obra-prima de Yukio Mishima sobre a descoberta da sexualidade pederástica e fortemente sadomasoquista de seu autor, e disponho de vários filmes em que o suicídio ritual nipônico é convocado como solução para determinante para se preservar a honra corroída de alguém. Tentei, inclusive, ver o filme de Fritz Lang que engendrou esta postagem na noite de ontem, mas a lentidão muda do filme incomodou as pessoas que transitavam pela sala. Tive que protelar. Penso em fazê-lo agora. Penso em aprender alemão através de um curso por correspondência que uma amiga emprestou-me faz tempo. Tenho que manter minha mente ocupada! Gotta halten meiner Meinung nach auf Trab!
Wesley PC>

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