terça-feira, 23 de novembro de 2010

“SE VOCÊ ENTENDE O QUEEN/ ENTÃO ENTENDE O TOTALITARISMO” (Milan Frez, vocalista)

Não sou um especialista em música industrial eslovena, mas considero a banda Laibach uma das melhores, se não a melhor, banda de ‘rock’ protestante do país. Dediquei o dia de hoje ao ouvir repetidas vezes ao ótimo e estranho álbum “Opus Dei” (1987), o mais conhecido da banda, e, de coração, fazia tempo que eu não percebia um uso tão político da pletora de idiomas. Sabe aquilo que o Quentin Tarantino quis transmitir através do extraordinário protagonista vilanesco de seu equivocado “Bastardos Inglórios” (2009), no que tange à autoridade sobressalente de um poliglota? Pois bem, os petardos em alemão e em inglês deste disco confirmam as impressões bem-sucedidas que este filme deixou em nós, para além de seu declínio roteirístico vingativo: se a faixa de abertura “Leben heißt Leben” (que volta reconvertida em inglês na faixa 05, homônima do disco) é mui pungente em seu arrebatamento wagneriano, como bem disse um crítico, as execuções de “Geburt einer Nation” (regravação de um sucesso da banda inglesa Queen, faixa 02 do disco), do hino gutural “Trans-National” (faixa 06) e do mantra enérgico “"Jägerspiel" (faixa 10, relançamento ampliado) faz com que eu reitere meu voto: Laibach como melhor banda de ‘rock’ eslovena já!

“Wann immer wir Kraft geben
geben wir das Beste
all unser Koennen, unser Streben
und denken nicht an Feste

Und die Kraft bekommen alle
wir bekommen nur das Beste
wenn jedermann auch alles gibt
dann wird auch jeder alles kriegen
Leben heisst Leben!”


Wesley PC>

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