quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A MINHA CARA É DE SEXO OU É O TELEFONE QUE TE DEIXA FANHO?

Um comentário recente e relativamente unânime acerca dos produtos culturais norte-americanos indica que a qualidade dos seriados televisivos está consideravelmente superior aos filmes produzidos por Hollywood, cada vez menos originais em ser afã por conquistar um público cada vez mais adolescentizado. Por isso, cada vez mais e mais espectadores rendem-se a séries de qualidade, como “House”, “Nip/Tuck”, “Dexter” e “Glee”, para ficar apenas em meu caso.

Pois bem, na manhã de ontem, comentei com um homossexual gripado, filho de outro homossexual, uma pessoa desagradabilíssima, que estava a me interessar pelo seriado “True Blood”, que estreou em 2008 e conquistou uma legião de cultuadores por causa de sua sensualidade inequívoca. Eu, por meu lado, relutava em admitir que gostaria desta série, mas vendo um quinteto de episódios iniciais nos últimos dois dias, fui seduzido. O rapaz homossexual não titubeou: “é obvio que tu gostarias, Wesley. Este seriado é a tua cara: tem sexo o tempo todo!”. Pensei comigo mesmo: “minha cara é de sexo o tempo inteiro?”. Meus pensamentos foram interrompidos pelo telefone que tocava: “atenda aí, Wesley, que minha voz está fanha”, disse-me ele. E eu atendi...

Mas não gostei do seriado porque ele é sexual. Não apenas, pelo menos. Gostei porque ele é coerente em sua evolução tramática. Novelesco mesmo. A protagonista é a frígida Anna Paquin, que interpreta Sookie, uma garçonete psicologicamente lancinada por ter o dom de ler os pensamentos alheios. Seu patrão é apaixonado por ela, mas ela não retribui. Ao invés disso, ela apaixona-se por um vampiro que aparece em seu bar e é quase morto por traficantes de sangue de sugadores de sangue, desejado por suas propriedades afrodisíacas. Na TV, uma reivindicante dos direitos vampirescos entra em conflito com um pároco que diz que “Deus detesta os caninos”. E um dos personagens é o irmão abobalhado da protagonista (Ryan Kwanten, este visto nu nas fotos), que ingere o tal sangue de vampiro depois que broxa durante um ato sexual e tem uma crise aguda de priapismo. Segundo o médico, seu pênis estava que nem uma berinjela, roxo e intumescido. E, penso, tem mais do que sexo neste resumo. Ou menos do que sexo em minha cara. De resto, é tudo culpa da dormência do muso!

E enquanto eu não me decido que filme ver, assistirei a mais um episódio desta série. Estou ainda no sexto episódio, a metade exata da primeira temporada. A avó da protagonista acaba de ser assassinada, um personagem se assume como traficante de sangue de vampiro, o namorado vampiro da personagem principal narra suas desventuras como imortal sobrevivente de uma guerra no púlpito de uma igreja e o dono do bar em que Sookie trabalha invade a casa dela e deita-se em sua cama, usando seus dons caninos para farejar uma masturbação interrompida. Excita-se ali mesmo, enquanto eu beiro os 30 anos de idade. É amanhã!

Wesley PC>

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