quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O SEXO NUM FILME LÉSBICO (OU UMA DESCRIÇÃO ELÍPTICA DO SEXO):

Ao meio-dia de hoje, uma heterossexual feminina e um suposto heterossexual masculino (prenhe de afetação homossexual) me acompanharam na sessão do filme “Um Quarto em Roma” (2010, de Julio Medem), em que duas mulheres encontram-se casualmente na capital italiana e passam os minutos restantes da duração do filme abraçando-se, lambendo-se, fazendo sexo e brigando. É a regravação de um filme chileno que eu ainda não vi e lembra bastante o brasileiro “Entre Lençóis” (2008, de Gustavo Nieto Roa – já comentado neste ‘blog’), por sua vez, regravação de um filme colombiano também não-visto. Duas pessoas descobrindo o amor em meio a um cotidiano de futilidades hodiernas e muito falatório. Eu não gostei, apesar do renome do conceituado diretor espanhol. Os meus dois companheiros de sessão reclamavam durante toda a projeção: ai, que nojo, mulher com mulher!”.

Vendo este filme, diversas experiências de vida competiram por espaço em minha mente: recentemente, as cenas iniciais de embate erótico entre as duas protagonistas serviram de pretexto involuntário para uma cena de sexo oral entre eu e um espectador igualmente frustrado com o filme, verborrágico e exibicionista ao extremo. Como me chatearam as conversas inócuas entre duas moças que se diziam tão cultas! O roteiro pareceu-me tão banal, a ponto de eu quase não ter me emocionado na belíssima cena mostrada em foto, quando uma das raparigas crê-se atingida por uma flecha de Cupido. Mas, ao final, eu não resisto: emocionei-me, visto que este filme estará eternamente atrelado a uma das mais demoradas experiências com felação que vivenciei neste ano de 2011, quando me vi obrigado a agradecer a Deus pela grandiosidade do contato erotógeno que eu travava com outro ser vivo do sexo masculino. Sexo é uma prece, digo sempre!

Wesley PC>

Um comentário:

tatiana hora disse...

duas mulheres - acho muito bonito.