quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A CONFISSÃO QUE EU NÃO DEVERIA TER FEITO?

Em verdade, não estou confessando, mas talvez apenas pensando na confissão: é uma confissão para mim mesmo, um desvio egocêntrico, um consolo invertido, um tapa de pelica em minha própria cara. Tudo começou há alguns anos, quando eu fui a uma boate ‘gay’ pela primeira vez. Ou poderia ter recomeçado ontem, quando um grui que me fez perceber que tenho problemas com beijos até mesmo quando estou apaixonado me visitou no trabalho, perguntando-me questões de trabalho. Há alguns meses, ele recusava-se terminantemente a falar comigo. Quando precisou de meus serviços profissionais, entretanto, o subterfúgio utilizado era o de que ele achava que era eu quem não queria falar com ele. Por que eu ousaria recusar falar com alguém de quem eu gostei tanto? Por mais ou menos três semanas, inclusive, digamos que ele foi um arremedo de proto-pseudo-semi-namorado. E, agora vem a confissão: ontem, ao revê-lo, achei-o quase feinho. Deve ser de tanto beber, de tanto faltar aula, de tanto se dopar, sei lá... Ele me reclamou que reprovou em todas as matérias em que esteve matriculado no período passado, pois não tinha ânimo para comparecer às aulas. Eu entreguei-lhe meu número de telefone, um tanto esperançosamente, como se meus julgamentos atualizados e decepcionados sobre a sua beleza física atual fossem o que de menos importasse em nosso resquício tardio e desgastado de relacionamento. Acho que sou mesmo muito besta. E quando eu gosto, não tem volta. E, se eu fosse enumerar os cinco rapazes de quem eu mais gostei, será que ele estaria nela? Uma nova confissão futura responderá...

Wesley PC>

Um comentário:

tatiana hora disse...

não foram poucos os homens com quem me relacionei que eu achava incrivelmente belos e hoje acho ou meramente bonitinhos ou mesmo feios!