quinta-feira, 3 de março de 2011

COR-DE-ROSA ME DÁ NOS NERVOS! (COMPLEMENTANDO A POSTAGEM ANTERIOR):

Ainda atormentado pelo pesadelo de ontem, sentei-me no sofá com o intento de escolher um filme leve para assistir. Optei pelo longa-metragem animado germânico “Princesa Lillifee” (2009, de Ansgar Niebuhr, Alan Simpson & Xu Zhi-Jian), sobre uma fadinha cuja maior diversão e alegria é colorir tudo de cor-de-rosa por onde passa, ao lado de seu porquinho voador Pupsi. Até o leite que ela toma é cor-de-rosa! E eu, que nunca gostei muito desta cor, me vi gradualmente convencido pelo otimismo da película, cujo enredo tem a ver com a necessidade de cooperação entre as diversas espécies que compartilham um mesmo reino. Ou seja, por detrás de toda aquela felicidade desejada e conquistada, a amargura cara ao ótimo cinema alemão de outrora perpassava a fita. E isto me fez recordar uma fantástica passagem do árduo livro de Johann Wolfgang Goethe que leio no momento: “Pois, se a esmeralda com sua cor magnífica faz bem à vista e até exerce um poder curativo neste precioso sentido, a beleza humana, por sua vez, atua com intensidade bem maior sobre nossos sentidos externo e interno. Quem a contempla não é tocado por nenhum mal: sente-se em harmonia consigo mesmo e com o mundo” (“As Afinidades Eletivas” – 1809 – Primeira Parte, capítulo 6). E, oh, meu Deus, como eu sinto que concordo com esta passagem!

Wesley PC>

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