quinta-feira, 17 de março de 2011

“É MUITO CEDO PARA TU RABISCARES MEU NOME EM TUA AGENDA”!

Na manhã de hoje, vi uma agradabilíssima comédia romântica hollywoodiana em que uma mulher que mora na mesma casa que seu namorado há mais de sete anos briga com ele quando este se recusa a casar com ela. O motivo não poderia ser menos óbvio: “para que casar, se já vivemos tão bem?”. Ela finge que entendeu, ele consente em casar-se, ao final. Daí, eu ligo o computador para enviar um recado de Orkut a alguém e percebo que uma parcela considerável de meus amigos virtuais expõe fotos de seus respectivos cônjuges nas fotografias de seus perfis cibernéticos, acompanhadas de declarações de amor incondicional. É como se o ser amado fosse um complemento voluntariamente indissociável das pessoas em pauta. E, no mesmo filme que vi, uma jovem solitária e atirada ouve os conselhos de um rapaz namorador e viciado em trabalho que logo se torna seu amigo. Ela pensa que ele está disfarçadamente apaixonado por ela. Ele acrescenta que, se um homem não liga de imediato para uma mulher, ele não está a fim dela. Ela telefona repetidas vezes a fio para seus supostos pretendentes, deixando explícito que é carente. Ele tem tanta pena dela quanto de um cachorro ‘basset’. Ela se apaixona por ele e tenta beijá-lo à força numa madrugada. Ele a repreende. Ela não toma jeito. Ele confessa ‘a posteriori’ que, de fato, apaixonou-se por ela. Ela diz que o ama. Ele diz que a ama. Eles se amam. E eu me contento com a pressuposição de que “até mesmo sexo ruim é bom”! Dois meses depois, meu fornecedor de sêmen finalmente provou que não me odeia por completo. E, do meu jeito, eu admito que ele é mais um daqueles que amo...

Wesley PC>

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