quarta-feira, 16 de março de 2011

O BARULHINHO DAS ÁGUAS-VIVAS PELA MANHÃ...


Fazia tempo que eu não ouvia “Medúlla” (2004), da cantora Björk, em volume alto. Fiz isto pela manhã e rodopiei pela casa ao dom de “Oceania”, faixa 09 do referido álbum, enquanto intuía que as vizinhas reclamavam que eu estava novamente a ouvir “músicas de agouro”, conforme elas mesmas falam. De vez em quando, até mesmo minha mãe reclama, diz que a cantora islandesa grita muito. Eu explico a ela que estes gritos ajudam a curar minha dor de cabeça, seguindo os ensinamentos de um personagem de Krzysztof Kieslowski: somente uma dor maior e auto-infligida pode atenuar uma dor previamente sentida. Ela entende quando eu explico isto. Ou, se não entende, permite que eu me iluda. E funciona...

No videoclipe, Björk interage com várias águas-vivas e repete diversas vezes consigo mesmo: "I am why”. Eu sou o porquê e, oficialmente, planejo gastar algumas horas da madrugada vindoura numa praia, onde pode ou não existir águas-vivas, que fazem nossa pele arder quando entra em contato com a delas. Por outro lado, tanto trabalho, tanta gente para atender, tanto cansaço em potência... Meu suor é salgado!

Wesley PC>

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