quarta-feira, 2 de março de 2011

EXISTE MESMO MÚSICA IDEAL PARA FODER?

Existem determinadas bandas que, à simples menção nomenclatural, levam os interlocutores de uma determinada conversação a concluírem que as mesmas são ideais para se ouvir enquanto se faz sexo. Portishead e Sugur Rós costumam ser mencionadas como este tipo de banda, mas, num diálogo travado com participantes de um congresso sobre diversidade sexual em Belo Horizonte, eu fiquei do lado daqueles que disseram que sexo em silêncio (ao menos, no que tange a interferências midiáticas) é mais interessante. Com isso, eu quis dizer que, se eu estiver ouvindo boa música enquanto dedilho alguém, caio no risco de prestar mais atenção à sonoridade musical que aos detalhes mutuamente encantatórios de um ser humano entregue à nossa libido. Como minhas experiências propriamente sexuais e dialógicas são exíguas, fica a hipótese...

Assistindo a um documentário [“Passage” (2010, de Brenno Castro], na noite de ontem, sobre a influência predominante da sonoridade francesa em alguns segmentos da MPB contemporânea – em especial, nalgumas canções suaves e melancólicas compostas por artistas paulistanos – entrei em contato com a elogiada banda francesa Nouvelle Vague, cuja cadência hipnótica que emula das vocalistas brasileiras costuma ser designada justamente como sendo ideal para se ouvir enquanto se faz sexo. Nunca tive a oportunidade, até então, de ouvir atenciosamente as canções desta banda tão conceituada pelos ‘pimbas’, especializada justamente em regravações melodiosas de clássicos da ‘new wave’ em língua inglesa, mas, se tudo der certo, até este final de semana, estarei ouvindo (e resenhando) a preciosa coletânea “Nouvelle Vague - Best of”, lançada no ano passado. Desde já, estou deveras ansioso, inclusive para ouvi-lo enquanto acaricio alguém... Ai, ai, quem dera!

Wesley PC>

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