terça-feira, 26 de abril de 2011

ACEITO SUGESTÕES PARA MINHA NOITE DE FOLGA:

Empolguei-me, mais cedo, ao ler um convite para uma palestra sobre homofobia com o ativista ‘gay’ baiano Luiz Mott, um dos mais influentes (em sentido inverso) depoentes homossexuais de minha infância, do qual eu discordo discursivamente, em razão de o mesmo adotar uma perspectiva sobre o assunto que, de fato, conforme acusam seus inúmeros detratores, me parece paranóica. Cria que a tal palestra seria amanhã, mas depois soube que não, era hoje. Pior: não somente perdi a palestra, como agora não sei como aproveitar, de imediato, a tarde e a noite de folga que reservei para esta quarta-feira. Alguma sugestão?

A fim de contextualizar o meu pedido, uma referência contextual: quando eu saí da Universidade, por volta das 21h, percebi um amontoado de pessoas na entrada do bairro Rosa Elze. Precisava ir para casa e atravessei o amontoado populoso apreensivo e minimamente curioso, ao mesmo tempo. Retirei o fone de ouvido, a fim de ouvir o que alguém comentava sobre o ocorrido: “parece que foi uma criança, balearam ele na perna também. Vá lá ver!”, exclamou alguém ao meu lado. Dei de ombros e segui em frente. Duas quadras depois, ouço uma nova exclamação: “mataram um lá na esquina do galego. Veja lá!”. Ou seja: os habitantes do local já pareciam tão habituados a este tipo de assassinato que encaravam o fato como mero pretexto entretenedor. Ver o cadáver era mais importante do que saber quem era, quais foram as motivações do criminoso, como se pode evitar que crimes semelhantes ocorram... E o pior (ou melhor?) é que eu estou de folga amanhã!

Wesley PC>

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