sábado, 9 de julho de 2011

“NÃO EXISTE HUMANIDADE SEM MUNDO, NEM MUNDO SEM HUMANIDADE”!

A quem interessar possa, um dos filmes mais justificadamente avacalhados de toda a História do Cinema encontra-se integralmente disponível aqui. Trata-se de “O Homem que Salvou o Mundo/ Star Wars Turco” (1982, de Çetin Inanç), filme que surrupia descaradamente elementos do clássico-mor de George Lucas, numa trama em que o planeta Terra fora destruído por um malévolo imperador galáctico, de maneira que os humanos sobreviventes construíram um escudo feito a partir moléculas cerebrais para protegê-los de mais destruição. Dois pilotos terrestres caem num planeta desconhecido e lutam contra o vilão, não antes de encontrarem vestígios humanos que demonstram que o Alcorão é o livro sagrado e que os seres só estarão salvos quando admitirem que há apenas um Deus. Hã?!

Não esperem que o filme seja mais compreensível depois de visto (risos). “O Homem que Salvou o Mundo/ Star Wars Turco” é tão absurdo que eu juro que pensei que a cópia a que tive acesso estava adulterada. Cenas de outros filmes estadunidenses e trechos de trilhas sonoras de John Williams e Miklós Rózsa são toscamente inseridos entre as ridículas cenas desta produção, cujos diálogos contêm barbaridades como menções a um assobio capaz de atrair mulheres (mas que, na verdade, atraem esqueletos mortíferos que cavalgam), a suposição de que o planeta desconhecido e ermo seria dominado justamente por fêmeas interessadas em testar a coragem dos machos, e referências bizarras a Jesus Cristo e às civilizações maia e asteca. Apesar de ser um filme obviamente péssimo, admito que gostei muito da mixórdia entre religiosidade muçulmana e filme de ação de quinta categoria. Só por isso, o filme quase merece duas estrelas. Deixo-o aqui disponível para o escárnio público e aguardo comentários: será que esta anti-obra-prima merece um debate estético? (risos) Pelo sim, pelo não, eu me disponho a tal: como diz o povo, isto aqui é uma ‘pélora’!

Wesley PC>

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