domingo, 31 de julho de 2011

NO ÔNIBUS DE IDA, BRIGAS; NO ÔNIBUS DE VOLTA, UM LOIRO BONITO E MUITO JOVEM ESFREGA A BUNDA EM MINHA MÃO...

Até a tarde do último domingo de julho, nunca havia visto nada do diretor Jean Delannoy. Na noite do mesmo dia, depois de ter sido apresentado ao genial e emocionante “As Amizades Particulares” (1964), descubro não apenas que ele foi prolífico e que viveu até os 100 anos de idade, como também que é um dos artistas mais difamados pela geração de críticos do Cahiers Du Cinéma, que criticava seu academicismo atroz. Definitivamente, não foi o que eu detectei no filme em pauta: academicismo é um termo que passa longa daquela estória emocionante de amor incondicional entre um adolescente e uma criança, um trágico filme sobre homossexualismo primevo, infelizmente pouco conhecido pelos cinéfilos (e/ou) homossexuais em geral. Extraordinário, aliás, me deixou com as lágrimas beirando os olhos...

Antes de ter acesso a este belo filme, porém, tive vontade de desistir da sessão. Fiquei com medo, medo efetivo de permanecer nos ônibus. Nos dois primeiros, os passageiros brigavam com os respectivos motoristas pelos motivos mais idiotas. Mutuemos idiotas mas que renderam discussões que quase descambaram para a agressão física. Sorte que um amigo querido me telefonou e pediu que eu o esperasse no terminal rodoviário. Aliás, eu supliquei para que ele pedisse que eu o esperasse. Ele o fez e eu esperei. E, no ônibus de volta, depois de uma noite agradável entre pessoas que amo, um rapaz loiro e muito jovem esfregou a sua bunda volumosa e bonita sobre meu corpo. Eu fiquei excitado, emocionado, agradecido, feliz. Quis dividir esta felicidade e excitação com um rapaz a quem eu me habituei a alisar a genitália, mas ele reclamava de uma infecção em seu pênis. Fiquei com dó. Mudamos o rumo da prosa, ele adormeceu e eu vim para casa, escrever esse texto. Amei ter sido apresentado ao Jean Delannoy!

Wesley PC>

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