sábado, 16 de julho de 2011

REFLEXÕES A PARTIR DO DUCENTÉSIMO SEPTUAGÉSIMO OITAVO PARÁGRAFO D’ “O CÓDIGO DE HAMMURABI”:

§278 - Se um awïlum comprou um escravo ou uma escrava e antes de completar o seu mês foi acometido de epilepsia: ele (o) reconduzirá ao seu vendedor e o comprador levará consigo a prata que tiver pesado.”

Redigido no século XVII a.C., pelo mais célebre monarca babilônico, este conjunto de leis sobre punições por lesões corporais, direitos e obrigações de classes especiais (leia-se: profissionais) e regulamentos acerca da posse de escravos, entre outras sanções, foi a minha leitura matinal de sábado: havia acordado com dor de cabeça...

Antes de dormir, vi um filme de terror zoológico na casa de um vizinho. Ambos odiamos o filme, que une a imoralidade de um rapaz de 17 anos com a sobrevivência e a descoberta do verdadeiro amor. “Ah, se na vida real também fosse assim...”, brinquei com meu companheiro de sessão, que repetiu o chiste antes de nos despedirmos. Eu estava com sono. Capotei de cansaço quando cheguei em casa. Pelo menos, deu tempo de escovar os dentes e acenar para o cachorro preso na varanda, em razão do cio de minha cadela ‘poodle’.

Por voltas das 19h15’ de ontem, um flato discreto e ruidoso foi emitido por meu esfíncter anal enquanto eu atendia simultaneamente a dois alunos da Universidade Federal de Sergipe. Não sei se eles ouviram o peido, mas continuei o meu trabalho informativo como se nada de biologicamente constrangedor tivesse acontecido, ao passo em que eles agiram comigo da mesma forma. Era como se um código tácito de conduta pública e burocrática fosse previamente estabelecido. Todos nós sorrimos ao final das perguntas e respostas que compartilhamos. E meus colegas de trabalho nada falaram sobre o ‘pum’.

Sábado novamente: o último filme dirigido por Joseph L. Mankiewicz estava sendo exibido na TV. Achei que fosse de bom tom aproveitar esta oportunidade, apesar da dor de cabeça que sentia. Minha mãe saíra para comprar maçãs. Numa dada cena, o personagem de Michael Caine se veste de palhaço e finge que é um assaltante. Eu achei a trama geral um tanto pueril, mas o modo como a mesma é conduzida é magistral. A direção é ótima, o elenco idem (dois atores em cena, praticamente). “Sexo é o jogo, casamento é a penalidade”: algo me deixou com dor de barriga. É comum peidar durante o ato de micção. Pelo menos, é comum entre homens. Gosto de homens: dá nisso!

Wesley PC>

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