quarta-feira, 14 de setembro de 2011

E, AO FINAL, HAVIA SÊMEN NO MIJO E VONTADE DE VER O PRIMEIRO CURTA-METRAGEM DE ALEJANDRO JODOROWSKY O QUANTO ANTES!

Na manhã de hoje, cinco amigos permitiram que eu compartilhasse com ele todas as agruras e diversões que eu experimentava numa clínica de exames de sangue, fezes e urina. Enquanto aguardava a minha vez de ser atendido (senha 116), uma mulher histérica perguntava de 10 em 10 segundos se já haviam chamado o seu nome, ao passo em que eu não conseguia tirar os olhos do menino que recebia os potinhos de merda. Tão bonito ele, será que ele gosta mesmo de seu trabalho?

Passei mais ou menos duas horas na fila da clínica e sentia fome, muita fome, pois estava em jejum desde ontem à noite. E, quando dois velhinhos ao meu lado começaram a analisar os detalhes de sombreamento num quadro para-impressionista pendurado na parede, eu disse para mim mesmo: “quero ver um filme do Alejandro Jodorowsky hoje, sem falta!”. O escolhido foi “A Gravata” (1957). Demorarei um tantinho para me acostumar com seu ritmo genialmente circense, mas, depois do acontecido, que filme lindo, que estória linda de amor!

Na trama do filme, supostamente baseada em Thomas Mann, um homem que não consegue conquistar a mulher por quem se sente atraído submete-se a uma espécie de cirurgia cefálica que permite que ele troque de cabeça várias e várias vezes. Sem perceber, entretanto, a pessoa que o amava estava pertinho dele, e ele desdenhava... Numa das cenas mais belas do filme, a mulher apaixonada e a cabeça jogam xadrez, num tabuleiro com pêras e maçãs. Emocionei-me no ato. Filme lindo! É melhor até parar de escrever sobre ele para não estragar a surpresa de quem ainda não viu...

Wesley PC>

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