quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EM BUSCA DAS MISTERIOSAS RAZÕES QUE ME FIZERAM ESCOLHER ESTE FILME EM DETRIMENTO DE OUTROS DOIS...

“Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” (Mateus, 5: 43-48)

Um filme do George Cukor estava para ser exibido num dado canal e eu tinha agendado comigo mesmo ver um filme menos conhecido do Martin Scorsese hoje à tarde. Não sei que estranhos mecanismos me levaram a desistir das tentadoras opções anteriores e optar pelo desconhecido filme italiano “Em Minha Memória” (2007, de Saverio Costanzo), mas torno justificado este mistério. Afinal de contas, pelo que prediz o hermético enredo do filme, é muito mais o mistério que o amor que alguns padres buscam. Por mais que o próprio amor em si seja um mistério premente, o “mistério de um Deus fraco” é aquilo que move o filme, aquilo que eu ainda não entendo... Conclusão exordial: não entendi e nem gostei muito do filme, mas ele me causou fortes impressões mnemônicas sobre minhas crenças cotidianas na aplicação do suposto entendimento da Bíblia...

Na noite de ontem, um ex-amigo (não porque desgostemo-nos hoje, mas porque não nos vemos mais) visitou-me no trabalho, pedindo que eu o ajudasse a firmar a decisão de abandonar o curso universitário que lhe desagrada e no qual matricula-se sem vontade há alguns anos. Fiz o que ele me pediu e, quando ele partiu, a garota que presenciou nossa conversa perguntou sobre um rapaz que mencionamos, o qual foi identificado por mim como “um dos 5 arquiinimigos de minha vida”. Disse-lhe eu que não sentia raiva dele, mas, pelo contrário, ele que se recusa a me perdoar pelo quer que eu tenha feito. Fiquei um tanto taciturno ao lembrar que existem ainda cinco pessoas importantes com as quais não consigo fazer as pazes. Eu tento, mas elas recusam a minha atenção, o meu afeto para-cristão, os meus gestos de perdão e de humilhação que conduzem à humildade. E, por emular este diálogo e esta pendência religiosa, o filme fez sentido para mim. Mesmo que eu não tenha entendido o que ele quis me passar...

Wesley PC>

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