sábado, 24 de setembro de 2011

LADO B: A SUSPENSÃO DO ESPETÁCULO DA TRAGÉDIA ALHEIA

Minha cadela Sembene de Castro foi atropelada ontem. Não morreu ainda e, crente que eu sou, acredito na possibilidade de que ela sobreviva, não obstante ela gemer de dor algumas vezes por dia, de tão forte que deve ter sido a pancada. Não apresenta nem fraturas nem hemorragias externas, mas está em estado de choque, não quer se mover. Abana o rabinho e arreganha as pernas sempre que vê alguém que ama, mas está com os dentes trincados, não tem forças para comer. Estou ao lado dela, mas ainda não consegui chorar. E, por querer que ela sobreviva – ou se não for possível, que parta deste mundo sem muita dor – respeitarei a sua agonia e não a fotografarei sentindo dor. Mostrarei ela contente, me lambendo, como ela adora fazer. Amo minha cadelinha Sembene, que fique registrado aqui, de antemão!

Wesley PC>

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