segunda-feira, 7 de novembro de 2011

NÃO SERÁ HOJE QUE EU ESGOTAREI MINHAS OBSERVAÇÕES PESSOAIS E PONTUAIS SOBRE ESTE FILME...


Já redigi a minha crítica, mas, mesmo assim, o impacto não atenua. Talvez porque, no meu afã por dizer algo sobre o filme, escrevi de destacar a importância da personagem de Blanca Suárez, que canta em português e, numa cena-chave, desmaia durante o que poderia ser um ato sexual, enquanto diversas pessoas endinheiradas fazem sexo grupal num jardim... Pelo que deu para vislumbrar, a personagem dela era virgem e sociofóbica e, se tivesse levado a cabo o ato sexual, talvez se decepcionasse com o responsável por seu defloramento erótico. Estaria viva? Como prever os rumos tramáticos numa película de Pedro Almodóvar? Como? Tudo bem que eu intuía que “A Pele que Habito” (2011) seria um ótimo filme, mas ele me impressionou acima de seus próprios parâmetros contemporâneos: é um filme-tese, um filme que explica o porquê da mudança na exposição do sexo desenfreado nos filmes recentes do diretor. Vivemos tempos hipócritas e de controle rígido sobre os orifícios mais íntimos do ser humano. O diretor de “Kika” (1993) não ficaria sem se posicionar por tanto tempo: dito e feito. Estou impressionado ainda! E, por mais que eu fale, escreva, pensa, ainda haverá algo não esgotado em “A Pele que Habito”...

Wesley PC>

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