segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

COMO DISSE ALGUÉM CERTA VEZ: “NA PRÁTICA, A TEORIA É OUTRA!”

O jargão acima foi utilizado numa famosa campanha política difamatória aqui de Sergipe. Mas a corruptela do mesmo se aplica bem à resenha do disco “Teenage Dream” (2010), da incensada artista ‘pop’ Katy Perry. Não é surpresa para ninguém que eu não apreciaria o disco, aliás, mas os videoclipes da cantora são tão bem-feitos, tão atraentes, tão sondados para aplacar as nossas carências homoafetivas, que canções como “Firework” (já elogiada aqui), “E.T.” e a recente “The One That Got Away”, todas acompanhadas por imagens acachapantes de amores incompreendidos, pareciam que funcionariam comigo enquanto público-alvo estendido. Não foi o caso: ouvi mais da metade do disco na manhã de hoje e o achei francamente decepcionante. Simpático, admito, mas ranhoso e assumidamente efêmero. No máximo: regular.

Um detalhe pitoresco durante a audição foi perceber o quanto cada uma daquelas faixas já era conhecida e/ou assobiada por mim. Seja porque praticamente todas as canções do disco tornaram sucessos imediatos e tocam direto nas rádios, seja porque meus amigos ‘gays’ vivem cantando aqueles refrões grudentos e adolescentes. Pode ser um disco chato e sumamente vendável, mas é tão funcional quanto uma masturbação paga. Só não possui o brilho frágil que eu pensara ter detectado anteriormente...

Wesley PC>

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