sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

E, PARA FINALIZAR A SÉRIE “QUEM DIRIA?!”, UMA QUASE OBRA-PRIMA INESPERADA!

“Genial, genial, genial! O diretor sueco Johannes Nyholm colocou sua filha de 1 ano de idade para interpretar uma senhora de meia-idade enchendo a cara durante suas férias em Las Palmas, na Espanha, e contracenando com graciosas marionetes. O resultado é um curta metragem muito fofo, criativo e hilariante (é impossível não rir), ainda que a idéia de manipular um bebê indefeso fazendo-o passar por uma situação vexame e repugnante dos adultos pareça perturbadora”: foi assim que um grande amigo virtual (e também real) sintetizou “Las Palmas” (2011), curta-metragem recém-visto por mim enquanto almoçava, quando aventava a hipótese de talvez desgostar do filme, em razão do desagrado de um grande amigo meu diante dele. Qual não foi a minha surpresa em, como antecipa o resumo acima, literalmente gargalhar durante a audiência deste simpático, original e inusitado filme, que, para ficar ainda mais arrasador, me agradou pessoalmente por causa da identificação estupefata com os fantoches que interpretam os garçons do restaurante que a personagem da senhora bêbada simplesmente estraçalha no enredo. Por pouco, não foi uma obra-prima!

Para falar a verdade, achei um tanto dispensável a associação final entre cigarro, motocicleta potente e liberdade destrutiva e desrespeitosa, mas, fora isso, o filme é digno de nota máxima, principalmente por causa de sua extrema criatividade conceitual, formal,roteirística e executiva: impressionante o trabalho do diretor, que conseguiu tornar todas as situações denuncistas de sua obra críveis para além da graça suprema exalada pela menininha Helmi Hellrand Nyholm. Mal terminou a sessão e eu já estava vendo o filme novamente, ao lado de uma colega de trabalho e de minha chefa e, obviamente, nós três gargalhamos: “Las Palmas” é absolutamente pertinente, além de ser incrível e positivo enquanto obra de arte!

Wesley PC>

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