terça-feira, 31 de janeiro de 2012

UMA PEQUENA VITÓRIA, UM GRANDE MERGULHO: “OS MENORES PRECISAM SER MEDIDOS”!

Nesta tarde de terça-feira, recebi uma notícia maravilhosa: estive entre os 15 selecionados para a fase seguinte de um processo seletivo para Mestrado que muito me interessa. Faltam ainda duas etapas e há a possibilidade de eu não ser exitoso, mas estou satisfeitíssimo por ter galgado este primeiro degrau. Foi como se eu tivesse sido bem-pago pela tentativa. Desde já, portanto, agradeço!

Imbuído deste sentimento mútuo de contenteza por ter sido aprovado na primeira de três etapas e, ao mesmo tempo, apreensão pelas exigências vindouras, assisti a um belo filme mexicano que metonimizava bem o que eu estava a sentir: “Ao Mar” (2009, de Pedro González-Rubio). Não conhecia nada, absolutamente nada sobre este filme. Sequer sabia que o mesmo seria exibido. Liguei a TV no primeiro canal e lá estava ele, sinalizando para mim. Não me arrependi nem um pouco de ter reagido positivamente a este sinal: o filme é absolutamente encantador!

Na trama do filme, um pescador mostra a seu filho de cinco anos, que vive com a mãe italiana, a rotina de seu trabalho diário. Mergulha com ele num local entulhado daquilo que chamamos natureza: corais, caranguejos, garças, crocodilos, seres humanos, lagostas, peixes de todas as espécies. Tudo interage com pai e filho, que também respondem com interação. O pai, entretanto, é pescador: mata peixes e os descama, mas o faz de forma tão deferente e respeitosa que as leis que regem a cadeia alimentar (refogada pelo capitalismo infelizmente circundante) parecem compreender, justificar, defender e validar as suas necessidades sobrevivenciais. E o filho aprende, aprende muito. Aprende porque deve selecionar as lagostas maiores antes das menores e como se faz para atrair a atenção de uma garça sem assustá-la. Aprende a amar um pai que não vê há algum tempo. Aprende que homem e meio ambiente não se anulam, como fazem pensar alguns esbanjadores alegadamente progressistas. E faz questão de compartilhar tudo conosco, que penetramos no filme através de uma câmera magistralmente documental. Fiquei apaixonado pelo filme: era como eu me sentia!

Wesley PC>

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