sábado, 4 de fevereiro de 2012

“NÃO ERA ASSIM QUE ESTAVA: NÃO ERA MOLE E, POR DENTRO, HAVIA UM PÊNIS!”


(risos)

Acabei de assistir aos dois primeiros episódios da primeira temporada da cultuada série da HBO “Segura a Onda” (tradução nacional para “Curb Your Enthusiasm”), lançada em 2000. Não é uma série que me agradou em particular, em razão de suas tramas serem protagonizadas por pessoas rocas e influentes que se dedicam sobremaneira à aquisição de bens materiais, mas, por outro lado, bem que eu podia gostar bastante dela, em razão da identificação faceira com muitos dos mal-entendidos que justificam os episódios.

O protagonista da série é Larry David, co-criador do famoso ‘sitcom’ “Seinfeld”. Velhaco e um tanto insuportável, este ator/personagem tem uma capacidade singular de se meter em confusões idiotas por onde passa. No primeiro episódio, por exemplo, uma elevação de tecido na calça que Larry utiliza cria um desnecessário mas engraçado constrangimento com a amiga de sua esposa que o acompanha numa sessão de cinema e alisa o seu braço depois que ele discute com uma mulher atrevida que não o deixa atravessar uma fileira de cadeiras por insinuar que ele estaria olhando para os seus seios. Quando chega em casa, Larry conta à sua esposa que sua amiga creu que ele tivera uma ereção por causa dele e acrescenta que brigara com a namorada de Jerry Seinfeld, mas esquece de dizer que fora obrigado a pedir desculpas aos pais judeus de seu agente por apelidar a própria esposa de Hitler e desencavar a memória traumática de um primo ‘gay’ que fora obrigado a escapar da Alemanha nazista durante a década de 1940. Como se vê, é um amontoado de besteiras, mas é engraçado assim mesmo. Esse tipo de mal-entendido vive acontecendo comigo lá no trabalho (risos)...

Não me tornarei um seguidor fiel da série, reexibida desde a primeira temporada no canal fechado HBO Signature, mas confesso que me identifiquei deveras com alguns pantins difíceis de resolver. A quantidade de vezes em que o protagonista precisou se desculpar nos dois episódios recém-vistos tem muito a ver com as situações em que eu me envolvo por “falar demais”. Na pior das hipóteses, verei um ou outro episódio de “Segura a Onda” sempre que precisar de um tantinho de terapia pós-burocrática (risos). Se eu não alimentar muitas expectativas espectatoriais, pode ser até que funcione!

Wesley PC>

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