terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ÓCULOS MELADOS DE GALA (COM DUPLO SENTIDO E TUDO!)

A fotografia acima foi um presente. Sob qualquer âmbito lingüístico que se possa analisar qualquer um dos componentes da frase anterior, a fotografia acima foi um presente. Foi captada numa tarde de sábado, quando eu, um amigo heterossexual e sua filha pequena brincávamos na praça de uma igreja de bairro. No momento em pauta, meu amigo perguntava: “o céu é bonito, né?”. Eu lhe respondia, crente e sem pestanejar: “sim, é!”.

Pois bem, quando vi a fotografia publicada num dado local, trouxe à tona o diálogo sobre beleza que antecedeu a sua captura, ao que meu amigo, de forma muito lisonjeira, acrescentou: “o céu ficou ainda mais bonito porque tu estavas nele”. E, no mesmo dia em que li uma preciosidade elogiosa como esta, eu dormi durante a sessão de um filme do Alfredo Sternheim em que uma freira branca se apaixona por um pescador negro. Como eu pude?

Enquanto o filme era exibido – e eu cochilava – esforçava-me para limpar as lentes de meus óculos, que teimavam em permanecer sujas. Estava encantado com a beleza natural da fotografia do filme que estava sendo exibido, queria prestar atenção em todos os seus detalhes, mas eu teimava em jazer, tanto quanto eu entupo esse texto de pronomes utilizados de forma equivocada. Faz parte do processo: eu sinto falta de quem me circunda! Por isso é tão fácil compreender o que o título dessa postagem quer dizer...

Wesley PC>

2 comentários:

Jadson Teles disse...

Depois de Douglas Sirk, meu querido irmão, tudo ganha uma intensidade que nem o LSD é capaz de suplantar! lindo filme lindo lindo lindo lindo lindo lindo....

Gomorra disse...

Lindo, lindo, lindo!

Meu corpo inteiro estava estalando depois da sessão de ontem...

WPC>