sexta-feira, 30 de março de 2012

DA ARTE DE SER HIPERATIVO (E REAPRENDER A TER SEGREDO):

Estava aqui me remexendo na cadeira e uma jovem simpática perguntou se eu estava agoniado. Disse-lhe que eu era hiperativo e que este meu comportamento agitado é normal. Hoje talvez não seja. Estou impaciente. Oficialmente, hoje é o último dia útil de minha primeira semana de reabilitação não-daática. Se tudo der certo, uma pulsão onírica recorrente será saciada na noite de hoje. Fiz questão de anotar em minha agenda pessoal: “talvez hoje seja o dia...”. Não gosto muito de Charles Baudelaire, mas admito que “As Flores do Mal” é um livro que me enche de curiosidade. E nem sempre há feijão em minha marmita, mas gosto de feijão, feijão faz bem. Ver gente nua também faz bem, quando consensual. Cumprir promessas em que se acredita, idem. Amar ao próximo como a si mesmo é a motivação pertinente ao ela do primeiro parágrafo: estou me remexendo nesta cadeira porque queria estar abraçando alguém. Mesmo que fosse um baudelaireano contumaz!

Wesley PC>

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