quinta-feira, 5 de abril de 2012

“AQUELES GAROTOS NEM SUSPEITAVAM, MAS ALGUÉM OS ESTAVA OBSERVANDO”...

Anteontem eu assisti ao curta-metragem advertente e sumamente moralista “Boys Beware” (1961, de Sid Davis), sobre estupros levados a cabo por homossexuais mais velhos em relação a jovens desprotegidos das cidades estadunidenses. Era imperioso que eu comentasse algo sobre ele aqui por alguns aspectos: 1- em mais de uma situação, eu me flagrei potencialmente identificado com os agressores denunciados pelo narrador policialesco do filme; 2- tecnicamente, o filme é muitíssimo bem-realizado e merecedor de meus estendidos elogios formais; e 3 – o direcionamento moral do filme é tão canhestro e deletério que as assertivas 1 e 2 são quase anuladas. Quase. Afinal de contas, o que é bom continua bom, mesmo quando mal-intencionado (observação: estou adicionando um ponto de interrogação gigantesco a esta última indagação). Será que é o meu destino me flagrar identificado às pulsões desejosas deste tipo de criminoso? Será que o que é mostrado na tela é realmente um crime, uma doença grave ou uma perversão como classifica o narrador? Pelo sim, pelo não, deixo o grito: assistam a “Boys Beware” e, se possível, comentem algo aqui, em minha defesa ou acusação à apreciação deveras elogiosa a alguns aspectos deste filem perigosíssimo. Obrigado!

Wesley PC>

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