segunda-feira, 28 de maio de 2012

DESAFIO SEMANAL DOS 11 FILMES: INTRÓITO

Um dos meus colegas de pesquisa, um rapaz que está se graduando em Jornalismo este ano, escolheu como tema de monografia a criação do Facebook e a subsunção dos dados pessoais de seus usuários a uma lógica comercial atrelada ao capital especulativo. Na verdade, seu tema é muito mais complexo do que tentei reduzir nesta simples relação, mas é isto o que me interessa como ponto de partida para explicar o porquê da série de 11 postagens que descarregarei neste ‘blog’ com o título “Desafio Semanal dos 11 Filmes”: quem me tem adicionado como “amigo” nesta rede social pôde verificar uma drástica redução de minhas intervenções virtuais recentes, no sentido de que, não obstante meus comentários por lá estarem comumente atrelados a um contexto intelectual em permanente crise pessoal, a perenidade desta alegada crise estava desencadeando uma manutenção contínua de minhas carências sociais. Quanto mais eu publico algo no Facebook e sou “curtido”, mais eu desejo ficar por lá e obliterar alguns afazeres de minha dita “vida real”. Um destes efeitos colaterais é uma espécie de desorganização temporal na conciliação diária de minhas diversas atividades de consumo cultural. Por isso, precisei me servir da foto que emoldura esta postagem para propor a mim mesmo algo que batizei como “Desafio Semanal dos 11 Filmes”. O texto abaixo, que foi justamente o que publiquei no Facebook, explica muito bem os meus intentos com este Desafio:

“Da série 'quem (não) tem o que fazer, inventa!', uma tática defensiva: quanto mais eu leio este guia, mais eu reitero a minha necessidade de pesquisar filmes que eu não conhecia. Estou descobrindo tesouros subestimados, cânones hiperestimados e filmes que não estão nessa tal lista, mas que merecem o rótulo avassalador de obras-primas. Depois que eu descobri a quantidade acachapante de filmes inteiros disponibilizados no YouTube, gasto horas a fio baixando filmes que não tenho tempo de ver. Na última sexta-feira, tentei guardar um DVD num armário reservado apenas para os filmes em DVIX e não havia mais espaço. São seis compartimentos e já estão todos cheios. Se brincar, não vi nem 40% dos filmes que estão lá. Chegou a hora de tomar uma medida drástica, portanto! Assim sendo, decretei que só voltarei a pesquisar longas-metragens integrais no YouTube depois que tiver visto pelo menos 60% do meu acervo já adquirido. Fiz um acordo esquivo com meu subconsciente e, na manhã de hoje, baixei 11 filmes. Onze, em apenas uma manhã! Assim sendo, como punição, preciso assistir a estes filmes até a meia-noite de sexta-feira, devendo comentá-los individualmente, atribuir uma cotação estelar (sou da velha guarda, gente) e relacionar pelo menos três amigos a cada título. Quem sabe assim eu não controle esta minha sanha cinefílica que tende a se confundir com acumulação primitiva de capital? Afinal de contas, amor ao cinema é uma coisa e transformação deste amor em possessividade é algo muito diferente. E, de coração, eu vos digo: não faço tanta questão assim do segundo aspecto, humpf! (WPC>)” 

Reiterando o que disse anteriormente, estejam preparados para pelo menos onze postagens mais detalhadas sobre os filmes que estarei vendo até sexta-feira, aqui mesmo, neste ‘blog’. Que venha o tal Desafio!

Wesley PC>

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