domingo, 22 de julho de 2012

E, NO FINAL, O MAIOR DOENTE SOU EU MESMO...

Podem chamar de (auto)censura ou de segredo médico, mas o fato é que desisti de um compromisso coletivo com o intuito de ajudar uma pessoa necessitada, quando quem também necessitava de muita ajuda era eu. Dirigi-me a um interlocutor que estuda Medicina, desculpando-me por minha ausência, despedindo-me com um abraço sincero, proveniente de um coração repleto de patologias. Era verdade: sentia-me animicamente doente, atingido por uma chaga, uma ferida duradoura, que não cicatrizará jamais, mas que aceita bandagens no processo de atenuação da dor. Mas até mesmo a bandagem me foi negada hoje...

Que seja! É hora de comer, hora de enfrentar a chaga por outro viés, hora de lavar pratos, hora de conter o leve rancor que ameaça me tomar de assalto. Acabo de rever “Fim de Caso” (1999, de Neil Jordan), pela infinitésima vez. É sempre muito forte o baque oriundo do filme: sou um religioso, sinto dor, amo e preciso ver gente nua de vez em quando – em qualquer ordem!

Wesley PC> 

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