Horas depois, enquanto alguns dormiam, eu dançava freneticamente uma canção 'pop' marcante de minha pós-adolescência, cuja letra descrevia sintomaticamente tudo aquilo que eu temia (ou torcia) estar associado à perda de minha correntinha. Depois que me ajudaram a constatar que, mesmo após o amanhecer, há dias em que a Lua permanece no céu, eu adormeci. E, tão logo acordei e me dispus a arrumar a cama, achei a correntinha sob a mobília, como se fosse tudo uma mera tramóia do destino (ou qualquer outra coisa, por falta de melhor nome), advertindo-me de que ainda tenho muito a aprender - ao lado justamente destes maravilhosos seres vivos que me acompanham na foto e de outros que estiveram ao nosso lado na madrugada anunciada. Era a contingência que faltava: eu me rendo!
"A vida está tão vazia,
Não me envergonho de pensar
Posso até achar companhia
E nunca vá me tocar"...
Assim sendo, agradeço à enfermeira que radiografou o meu espírito nesta fotografia tão magistralmente captada a partir de uma máquina sem visor. E, a quem quer que tenha se atrevido a ler este texto até o final, deixo mais um testemunho sincero e entupido de efeitos colaterais: não tenho o menor receio de amar com todo o coração os meus amigos. Não, eu não tenho! Deus do céu, como é bom, digno e importante errar e sofrer!
Wesley PC>
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