terça-feira, 7 de agosto de 2012

O PROBLEMA MAIOR: TALVEZ EU NÃO SAIBA DISSOCIAR!

Vários amigos queridos derreteram-se em elogios pelo documentário “Vou Rifar Meu Coração” (2011, de Ana Rieper), atualmente em exibição nos cinemas sergipanos. Resolvi conferi-lo nesta noite de segunda-feira (vide crítica defeituosa aqui), suspeitando que talvez não gostasse tanto, mas completamente disposto a “ralar os cotovelos no chão” de tamanha identificação com os personagens reais apaixonados. Isso também não aconteceu, visto que, ao invés de privilegiar os românticos incuráveis, a diretora, formada em Antropologia, se deixou levar pelo machismo vingativo de algumas das canções estudadas (a cargo de artistas como Wando e Amado Batista, por exemplo) e perdeu tempo demais analisando o fenômeno de “ser corno”. Por causa disso, os espectadores da sessão em que eu estava gargalhavam e exclamavam as mais diversas bizarrices durante a exibição do filme, enquanto eu quedava em silêncio respeitoso na maior parte do tempo, de tanto que me identificava com aquilo tudo...

Para a minha extrema surpresa positiva, há, no filme, uma cena belíssima em que dois homens dançam juntos e se beijam num bar interiorano. Pouco antes de entrar na sala, deparei-me com um homem que se masturbava no corredor de um banheiro. Entrei numa das cabines para urinar e me deparei com seu pênis enorme estendido para fora. Infelizmente, apesar de o pênis ser imponente, o seu portador era muito feio, de modo que a exposição fálica não me excitou, mas, pelo contrário, me imbuiu de certo nojo moral: fiquei tentando imaginar que tipo de pessoas aquele homem desejava fisgar com aquele assédio peniano exacerbado. Comigo não funciona, entretanto. Eu sou daqueles que se apaixonam, que amam até o fim. Por isso, o filme ficou muito aquém de minhas expectativas. Mas, ainda assim, valeu os quatro Reais promocionais que paguei pelo ingresso!

Wesley PC>

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