segunda-feira, 13 de agosto de 2012

“QUANDO SE COMEÇA A TRÊS, TERMINA-SE SOZINHO”, ASSEVERA O PAI BURGUÊS IRRITADO!

Toda a publicidade regada a ‘ménages a trois’ do filme chileno “Drama” (2010, de Matías Lira) não apenas me empolgaram deveras acerca de sua audiência iminente como, ao saber que sua sinopse evocava técnicas teatrais do genial Antonin Artaud, antecipava-me em crer que me identificaria bastante com a suposta liberdade sexual ali emulada. Triste e lamentável engodo: o filme é execrável em forma e conteúdo, pusilânime até dizer “chega!”, irritante, aburguesado, conservador, insuportável, em suma!

Assisti a este filme na noite de ontem e, salvo pelo talento legítimo da desperdiçada intérprete Isidora Urrejola e pela beleza física do loiro Eusebio Arenas, pouquíssimo há a ser aproveitado nos enfadonhos 80 minutos de projeção. Não sei se isso contribuiu mais para o meu desagrado ou para a frustração de expectativas, mas, pouco antes de ver o filme, conversei com uma grande amiga sobre as limitações de minhas crenças e julgamentos amorosos. Depois de ter confessado que aprendeu a gostar de mim, ela ofereceu as carícias virtuais de suas mãos como afago decisivo para que eu pudesse, enfim, adormecer tranqüilo e amparado por quem ama, após esta sessão que reafirmou a angústia que eu sentia nesta noite de domingo. Oficialmente, foi comprovado o estado da arte outrora sintetizado por um desagradável encenador teatral radicado em Sergipe: “nas narrativas artísticas, tudo se resume a apenas dois temas, o encontro e o desencontro”. Se não me engano, era uma citação. Fez sentido!

Wesley PC> 

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